Crise cancela evento de referência da Associação Empresarial de Sintra
Agendado para a próxima sexta- feira, dia 4 de Novembro, o Sintra Moda/2011 foi cancelado pela Associação Empresarial do Concelho de Sintra (AESintra). Em causa está a falta de adesão dos empresários do sector do vestuário e acessórios a um evento que, nos últimos anos, constituía um pólo de promoção do comércio tradicional do concelho de Sintra. Fruto da crise, a AESintra não conseguiu angariar estabelecimentos que quisessem ver desfilar as suas peças no Centro Cultural Olga Cadaval, através de um naipe de manequins de primeira linha. Embora contasse com apoio financeiro do Ministério da Economia, no âmbito do MODCOM (Sistema de Incentivos à Modernização do Comércio), a participação implicava um pagamento de cada estabelecimento na ordem dos 200 euros. "Foram efectuadas várias consultas aos empresários do sector e poucos se mostraram disponíveis para participar no evento", frisa Manuel do Cabo. Segundo o presidente da direcção da AESintra, a comparticipação governamental atingia entre 30 a 40% do custo do evento, que ascende a um investimento na ordem dos 25 a 30 mil euros, dada a aposta na qualidade dos modelos a desfilar, que em 2010 juntou nomes como Sofia Ribeiro, Oceana Basílio, Joana Santos, Rui Santos, Rúben Rua e David Carreira. A falta de adesão dos empresários do sector do vestuário é, naturalmente, "resultado da crise que estamos a enfrentar. As lojas não estão a vender e há uma grande desmotivação por parte dos empresários locais". Manuel do Cabo lamenta o cancelamento da iniciativa, "porque já fazia parte de um programa de promoção do comércio de Sintra", mas invoca "as circunstâncias em que o país se encontra e a falta de liquidez de algumas lojas". O presidente da direcção da AESintra não se compromete, desde já, com a realização do evento em 2012, até porque "toda a gente diz que, para o ano, a situação de crise vai acentuar-se". Perante este cenário, a AESintra manifesta a sua preocupação face ao constante encerramento de estabelecimentos comerciais. "Todos os dias, fecham várias lojas. Até meio de 2010, tínhamos uma média de 13 lojas a encerrar as suas portas", frisa Manuel do Cabo,com a abertura de estabelecimentos a não compensar os encerramentos. "Há lojas de referência no concelho de Sintra, em vários sectores, que desaparecem de um momento para o outro", lamenta o responsável da direcção da AESintra, que sente a crise até na falta de pagamento das quotas dos associados que, consequentemente, vêem suspensos os benefícios assegurados pela associação, seja de apoio jurídico, médico ou de outra índole.
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
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