quinta-feira, 29 de julho de 2010

VAMOS DE FÉRIAS

Este é o tradicional período de férias em Portugal e também nós vamos aproveitar para recuperar energias. Até ao nosso regresso, a 26 de Agosto, aproveite bem as sugestões que aqui lhe deixamos

Aproveite as nossas sugestões nas suas férias

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sexta-feira, 23 de julho de 2010

COSTA DA CAPARICA - Praga de cães abandonados

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Autoridades já receberam várias queixas e há quem fale em matilhas O abandono de cães junto à área florestal da Costa da Caparica está a comprometer a segurança de banhistas e já há nota de algumas queixas às autoridades locais. O Jornal da Região sabe que a Delegação Marítima da Trafaria já foi alertada para casos entre a praia da Saúde e Fonte da Telha em que os animais agiram em matilha e, quando as pessoas os tentaram afastar, foram atacadas e mordidas. Caso consigam dominar os cães, as autoridades tentam identificar se têm dono e participam à Câmara de Almada. Também o presidente da Junta de Freguesia da Costa da Caparica afirma já ter participado à Câmara de Almada da presença destes cães. “Este não é um problema de agora, e no Inverno ainda é pior”. Diz António Neves que “durante o Verão os animais sempre conseguem encontrar comida, mas no Inverno andam com fome e tornam-se mais perigosos”.De facto, o presidente da Associação de Concessionários da Costa da Caparica e Fonte da Telha afirma que “não temos tido queixas sobre ataques de cães vadios”, contudo João Carreira reconhece que “há muitos cães abandonados nas matas junto às praias”. A solução, infere António Neves, “é a Câmara de Almada e o Porto de Lisboa estabelecerem um acordo para resolverem este problema”. E de facto a edilidade “já enviou um ofício para o Porto de Lisboa para reunir esforços e resolver a situação”. Segundo nota da autarquia, que conhece a existência destas matilhas, têm sido tomadas medidas para as controlar, mas é preciso uma acção concertada com o Porto de Lisboa, entidade que tutela a zona de costa. A questão é que os funcionários da autarquia do serviço de veterinária “quando detectam esses cães vadios disparam um tranquilizante sobre eles, mas até que faça efeito os cães desaparecem na mata”. Mas para “Os Amigos dos Animais de Almada” esta acção por si só não é suficiente sendo necessário agir a montante. “É preciso ser severo a agir criminalmente sobre quem abandona animais”, afirma Maria Helena, presidente desta associação, que reconhece existirem “imensos cães abandonados nas matas”. E para controlar estas matilhas está pronta para colaborar com a autarquia. Para Maria Helena não é solução apanhar os animais, levá-los para o canil e abatê-los. Defende que é preciso apanhar as fêmeas e “esterilizá-las”, mas como a associação não tem meios para as capturar “é preciso a colaboração da Câmara”. Aliás, conta que na Trafaria há tês cadelas que a associação quer apanhar para esterilizar, mas “não temos conseguido a colaboração da autarquia”. A esterilização das fêmeas pode inclusivamente controlar a agressividade das matilhas uma vez que “os cães tornam-se mais agressivos nessas alturas”. Quando surgem nas praias “as pessoas assustam, reagem e podem ser atacadas”, infere Maria Helena que mais uma vez reafirma a disposição da associação para trabalhar ao lado das autoridades. “Temos feito esse trabalho apenas com voluntários. Esterilizar um animal custa 70 euros, mas estamos dispostos a colaborar com a Câmara”.

ESCOLA DE PÊRA - Populares contestam fecho

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Medida da tutela pode ser adiada por um ano A Escola Básica do 1.º Ciclo de Costas de Cão,em Pêra, está entre aquelas que o Ministério da Educação pretende encerrar já este ano, mas a medida está a merecer forte contestação da população daquela localidade da freguesia da Trafaria. Na lista do Ministério das 500 escolas a encerrarem já este ano, mas os encarregados de educação não concordam com a medida. “Decidiram que a escola deve continuar porque proporciona qualidade educativa e é segura”, resumiu o vereador da Educação, António Matos, após uma reunião onde estiveram encarregados da educação, população em geral, técnicos da autarquia e eleitos locais. Agora cabe à Câmara de Almada dar conhecimento desta decisão à Direcção Regional de Educação de Lisboa e Vale do Tejo e esperar que a “primária” de Pêra continue a funcionar durante, pelo menos, mais um ano lectivo. “É obrigação da Câmara auscultar a população sobre esta matéria, mas a decisão de manter, ou não, a escola a funcionar cabe ao Ministério da Educação”, esclarece António Matos. Segundo resolução do Conselho de Ministros de Junho, os estabelecimentos de ensino com menos de 21 alunos deverão encerrar, se possível, já no ano lectivo de 2010/2011. No entanto, o mesmo documento prevê que as autarquias ouçam as comunidades locais e acertem com a respectiva direcção regional o calendário de encerramento das escolas. Na lista do Ministério da Educação, a nível nacional, estão cerca de 500 escolas, entre elas a única no concelho de Almada é a de Pêra, que no último ano lectivo teve apenas nove alunos. Caso a tutela da Educação decida pelo encerramento desta escola, os alunos passam a frequentar a Escola Básica da Corvina, unidade que António Matos diz ser uma das melhores do país. No entanto, “é necessário atender à vontade da população” que acentuou o “muito bom relacionamento” entre a actual escola e a comunidade. Acrescenta ainda o vereador que a população “elogiou o elevado grau de aproveitamento ali conseguido”, e “será tudo isto que vamos transmitir ao Ministério da Educação”. Para além de deliberar que a primária de Costas de Cão deve permanecer aberta, a população acentuou a necessidade da mesma “ter obras de beneficiação”, refere a presidente da Junta de Freguesia da Trafaria. Tais obras serão feitas pela Câmara de Almada. Só que, a escola em causa é a única do concelho em pré-fabricado, sendo política da autarquia construir novas escolas em vez de reparar as antigas construídas neste material. “A Carta Educativa do concelho prevê uma nova escola em Costas de Cão, com quatro salas, mas não é nem a curto, nem médio prazo”, afirma Francisca Parreira. Assim sendo, mesmo que o Ministério decida manter esta escola por mais um ano para “dar tempo às famílias a reorganizarem-se”, tal como defende a presidente da Junta, é questionável se a Câmara de Almada irá investir em obras de recuperação, tal como exigem os encarregados de educação das doze crianças já inscritas neste estabelecimento de ensino.

O outro lado de quem ama a arte

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Para evitar a emigração, o pintor Telmo Vaz Pereira é há algum tempo recepcionista num edifício empresarial Não, não é engano! Sim, é verdade... já viu esta cara em algum sítio. Telmo Vaz Pereira é controlador das entradas e saídas dos edifícios Arquiparque, parque empresarial em Miraflores, emprego que encontrou há alguns meses para fazer face às despesas, sem nunca deixar o seu verdadeiro trabalho: artista plástico. Natural de Luanda, Angola, Telmo é acima de tudo um cidadão do mundo. Já viveu em Londres e em Paris, por exemplo, e todos os anos viaja para os mais variados pontos do Globo. Na bagagem traz com ele sempre parte do território que pisa e não é só na mente. “Tenho uma ligação especial com a terra e trago sempre areia das viagens que vou fazendo”, conta-nos o pintor, ao mesmo tempo que nos deixa sentir a textura de uma das suas últimas obras em que aplicou areia trazida de um destino longínquo. Com um currículo vasto, de onde sobressai o Curso livre de Pintura, Gravura e Litografia, no Sir George Wallace School of Fine Arts, em Londres, ou o estágio no Atelier Michel Vallois, em Paris, ou ainda a participação na colecção de arte pública do New Museum of African Contemporary Art, em Nova Iorque, nos Estados Unidos, Telmo Vaz Pereira há muito que já não expõe os seus trabalhos em Portugal. “As exposições aqui só servem para embelezar as paredes das galerias, porque ninguém compra peças”, desabafa, revelando estar a preparar para Setembro uma exposição em Barcelona, cidade onde encontra “muitos coleccionadores de arte”. O próprio mercado angolano é muito mais forte que o actual em Portugal, mas a guerra de outrora obrigou-o a sair da sua terra natal. “Dei por mim a beber uma garrafa do ‘whisky’ todas as noites para suportar o barulho dos tiros, até que percebi que assim estava a tornar-me alcoólico. Tive que sair de lá e vim para Portugal onde tenho um filho”, justifica. Para além da pintura, onde os tons quentes da terra estão sempre em especial evidência, Telmo Vaz Pereira também se dedica à escultura, apesar de isso requerer um espaço muito maior para trabalhar, e à fotografia. Actualmente, o artista está num ateliê em Benfica, sempre que o trabalho em Miraflores o permite. “Quando procurei emprego pensei logo numa função assim do género para poder ter tempo para continuar com os meus trabalhos”, explica, referindo- se aos turnos onde enfrenta 12 horas seguidas, de modo a ter folgas a cada dois dias de trabalho. Enfatizando que “a lei da sobrevivência” é a ditadura dos novos horários que abraça, Telmo Vaz Pereira mostra-se tudo menos desgastado e encontra nestas “dificuldades” alento, e até inspiração, para empregar na sua arte.

Oeiras debate Estado do Município

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Situação judicial de Isaltino Morais domina Assembleia Municipal Com um parlamento nacional a fervilhar de estratégias partidárias quase laboratoriais e uma câmara com um presidente na ribalta pelos casos que mantém em tribunal, o resultado da última sessão da Assembleia Municipal de Oeiras (AMO), realizada na passada terça-feira e destinada a discutir o ‘Estado do Município’, dificilmente poderia ser outro: muitas tricas políticas e trocas de galhardetes entre as diferentes bancadas (ver caixa), com numerosos pedidos de defesa da honra à mistura, muitos minutos passados em torno da questão judicial que acompanha Isaltino Morais há já longos anos e pouca profundidade, e muito menos assertividade, no debate das possíveis soluções para os problemas que vão ganhando cada vez maior expressão no município. “Ainda tenho vários recursos à minha frente, mas já fui condenado pela senhora deputada... Isso é fascismo!”, disse Isaltino Morais, em tom indignado, na sua primeira intervenção, em resposta à deputada do PP, Isabel Sande e Castro que aludira às condenações sofridas em tribunal pelo edil, considerando que as mesmas “favorecem a descrença na política e nos políticos e a ideia de que neste exercício vale tudo”, para concluir: “Se faltam outros pressupostos, como a seriedade, fica a mancha, por muito virtuosos que tenham sido os mandatos”. Palavras que Isaltino Morais rebateu lembrando que “o último acórdão (do Tribunal da Relação, que diminuiu a pena de prisão de sete para dois anos, anulou a perda de mandato, e considerou não ter ficado devidamente provado o crime de corrupção passiva) já me dá razão em 90%!”. E reiterou: “Sempre disse que não cometi qualquer crime no exercício das minhas funções como presidente de câmara”. Embora em termos menos conflituosos, a questão também foi trazida por Daniel Branco, da CDU. Fazendo uma resenha do caso judicial, o deputado comunista concluiu que “todo este processo tem marcado muito o estado em que o nosso município tem funcionado”. O início do debate até chegou a indiciar que os problemas da autarquia seriam discutidos.Miguel Pinto, do BE, levou a discussão até ao pormenor ao falar dos desvios da ribeira do Alto dos Barronhos ou nas multas que o Tribunal de Contas tem aplicado a vereadores da câmara “devido a irregularidades detectadas”. Mas, não deixou de focar, também, as dificuldades financeiras da Câmara, a propósito das quais criou uma nova unidade monetária: o ‘isaltino’. “Um isaltino vale 76 milhões de dívidas”, explicou o deputado bloquista, que também criticou o fim da recolha porta-a-porta do lixo, os ordenados dos administradores das empresas municipais e o seu funcionamento e as parcerias público-privadas. O deputado comunista Daniel Branco considerou que “Oeiras vive já hoje, e em excesso, num mundo virtual que facilmente pode desaparecer”, lamentando, por isso, a falta de aposta na indústria ligada aos bens transaccionáveis, em contraponto à opção por cada vez mais projectos de “habitação, escritórios, áreas comerciais e hotéis”. Por outro lado, criticou a retirada dos serviços da Câmara da zona histórica e lamentou as causas dos vistos recusados pelo Tribunal de Contas. Marcos Sá, do PS, sublinhou que “Oeiras não pode continuar a conviver com a ausência de estratégia e com a insustentabilidade económica das suas empresas municipais, com especial exemplo no falido SATUO”. Criticando os “rios de dinheiro” alegadamente gastos em publicações e edições, o líder socialista local fez um conjunto de propostas em nome do “rigor, sentido de responsabilidade e transparência”. Deputados do IOMAF e do PSD deram, como seria de esperar, uma imagem positiva do concelho, repetindo as numerosas distinções obtidas por Oeiras em termos de qualidade de vida. Isaltino reconheceu o estado difícil das finanças da autarquia e voltou a admitir que serão reequacionados alguns dos investimentos previstos. “Mas não cortaremos no apoio social, nem no Parque dos Poetas”, assegurou, lembrando, ainda, os equipamentos sociais que estão em construção, bem como a aposta na construção de prédios de habitação municipal e na recuperação de casas no centro histórico, entre outras medidas. E disse, em jeito de conclusão: “Oeiras não é um paraíso; se o fosse eu não seria seu presidente porque a minha energia não combina com a estagnação”.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Criminalidade preocupa farmácias

Ver edição completa PSP destaca agente para intensificar o policiamento de proximidade junto dos empresários da Parede Os empresários da freguesia de Parede têm agora uma comunicação mais fácil com a PSP: os responsáveis policiais designaram o agente principal Carmona como elo de ligação com o comércio local. Esta decisão foi anunciada no encontro recentemente promovido pela Associação Empresarial do Concelho de Cascais (AECC) e pela Divisão da PSP, que decorreu no Centro Comunitário de Parede, e que contou com a presença de uma dezena de empresários da freguesia. Os empresários ouviram atentamente os conselhos da chefe da PSP, Ana Ribeirinho, sobre a prevenção da criminalidade, num contexto de policiamento de proximidade, com vista à adopção de práticas preventivas para evitar problemas. Todos os presentes revelaram ao JR que já tiveram situações de assaltos nos seus estabelecimentos. Maria Grincho, responsável pela Farmácia Grincho, falou das preocupações em resultado destes estabelecimentos efectuarem serviços permanentes. “A média é a de um assalto por mês no concelho. Andamos sempre preocupados. São assaltos ao fim da tarde, com armas de fogo, facas e ameaças. Até agora não houve nada a lamentar, a não ser danos materiais”, contou. A responsável registou que “também já houve arrombamentos. Foi o que aconteceu de noite na Farmácia Ferreira (Carcavelos) com pessoas lá dentro. Na Brandão (Parede), entraram por uma janela de noite e na Aisir Aragão (Madorna) assaltaram ao fim da tarde”. “Temos feito o que a PSP diz. Fazemos depósitos ao longo do dia e não oferecemos resistência”, disse Maria Grincho. Maria Manuela Martins, da Farmácia Brandão, recordou um assalto: “Um sujeito entrou às dez para a uma da tarde e pediu o dinheiro e eu dei-lhe. Nem foi bem um assalto”, ironizou. “Eu dei-lhe logo. A ordem é dar, não fazer frente a ninguém. Abri automaticamente a gaveta e dei. Não havia nenhum cliente”. Já houve situações em que “os assaltantes até reclamam e dizem que é pouco dinheiro”, relatou ainda esta empresária. Miguel Florentino, responsável pela padaria/pastelaria “A Merenda”, garrafeira “A História” e tabacaria “A Merenda”, revelou que já foi vítima de assaltos “em dois estabelecimentos há um ano, por isso é sempre bom ouvir os conselhos dos agentes de segurança”. Na Parede, constata, “a gente vê poucos agentes da PSP, mas não significa que não haja qualidade porque sempre que precisamos eles vêm e têm sido muito eficientes”. “Fui assaltada muitas vezes antes de pôr grades. Mas, no Natal, distraí-me e roubaram-me o dinheiro da caixa”, conta Nina Couto, da Color Paco. Esta empresária nota que “no Inverno, a partir das 18h00, há mais receio em andar de noite. Mas mesmo agora, a gente já começa a recear e a não estar seguro porque no centro da Parede há muitos pedintes na rua”. Em jeito de resposta às interpelações e a título de balanço, o subcomissário Antunes, comandante da Esquadra da Parede, focou que “uma postura preventiva é melhor do que uma postura reactiva”. Apesar de já estar pensado há muito, só agora foi possível “ter alguém disponível para acompanhar os comerciantes. O nosso agente principal Carmona vai ser o elo de ligação entre a PSP e os comerciantes. Está na esquadra há quatro anos mas já fez este serviço com comerciantes em Loures. Penso que vai ser uma mais- -valia para os comerciantes e para a PSP”.

Parque urbano sem condições

Ver edição completa Em Outeiro de Polima, crianças continuam sem poder brincar Foi inaugurado a 20 de Setembro de 2009, mas o Parque Urbano de Outeiro de Polima ainda não está à disposição das brincadeiras das crianças. Num espaço, com cerca de cinco hectares, integrado entre os bairros de Outeiro de Polima e Torre de Aguilha, onde foi feita uma significativa requalificação paisagística e montado diverso equipamento desportivo e de lazer, as crianças só podem brincar se ‘pularem a cerca’. Passados dez meses, os baloiços e restantes equipamentos de diversão encontra-se ‘presos’ por grades. “É só para inglês ver”, diz quem circula de bicicleta ou passeia com o animal de estimação. O certo é que, algumas das pessoas que aplaudiram a iniciativa da Câmara de Cascais em executar mais um parque urbano, um dos maiores do concelho, contestam agora o seu (anormal) funcionamento. A par do parque infantil ‘entaipado’, encontram-se fechadas também a cafetaria, o mercado, o anfiteatro e o edifício de apoio ao campo multiusos, cuja fechadura já foi arrombada. O mesmo tem acontecido com o equipamento do parque infantil. Para terem acesso, as crianças vão afastando as grades para brincar. “Quase um ano depois dá a sensação que o espaço ainda não foi inaugurado.À entrada do parque ainda estão presentes pilhas de entulho”, denuncia Carlos André. Este munícipe adiantou que “inacreditavelmente, ao fim de quase um ano, ainda não foram retiradas as grades de protecção das áreas para as crianças e os equipamentos são utilizados por jovens que se atrevem a passar além delas, alguns deles já sem idade para os utilizar e apenas com intenção de os vandalizar”. “O facto é que esta obra custou aos cofres da Câmara 1,8 milhões de euros e por isso é inexplicável como é possível, imediatamente a seguir à inauguração, ser dada ao abandono e objecto de vandalismo e frequentada por toxicodependentes”, lamentou este munícipe. Em declarações ao JR, o vice- presidente da Câmara de Cascais, também vereador responsável pelo pelouro do Ambiente, explicou que “para que o Parque Urbano de Outeiro de Polima funcione em pleno, a Câmara está a aguardar que sejam ultrapassados problemas que se registaram com os fornecedores do equipamento”. Ainda sem previsão para o funcionamento em pleno do Parque Urbano de Outeiro de Polima, o autarca crê que “depois do Verão, os problemas estejam resolvidos”, mas ressalva que “a nossa previsão era termos tudo pronto a 5 de Junho, Dia Mundial do Ambiente”.

FALAGUEIRA - Voluntários para ajudar quem precisa

Ver edição completa Co(op)ração cria serviço de apoio domiciliário É numa loja cedida pela Câmara da Amadora (CMA) no bairro social Casal do Silva, na freguesia da Falagueira, que será instalado o Serviço de Apoio Domiciliário (SAD) da Co(op)ração – Cooperativa de Solidariedade Social. Trata-se de uma instituição, criada há dois anos para ajudar a população maior a ter um “envelhecimento activo”, que quer abrir as portas da nova valência com recurso ao apoio das empresas dentro e fora do concelho. As jovens arquitectas, Sílvia Rocio e Mariana Póvoa, vão disponibilizar o seu tempo, de forma gratuita, com o objectivo de desenharem o projecto da loja cedida pela autarquia que irá acolher o SAD da Co(op)ração. Têm um longo percurso pela frente, visto que está tudo por fazer. O espaço ainda está em bruto, nunca foi ocupado. O chão em cimento ainda está por levantar e os tectos por cobrir. Encaixar um vestiário com duche, um átrio, duas casas de banho e gabinetes administrativos em cerca de 100 metros quadrados é a tarefa que as duas jovens têm pela frente. “Queremos transformar a loja num espaço polivalente e com conforto”, explica Sílvia Rocio. Já Mariana Póvoa acrescenta que “o desafio vai ser pensar num espaço com acessibilidades para todos, desde as rampas às casas de banho”. Estas duas jovens, ambas a trabalhar em gabinetes de arquitectura, garantem que todo o tempo livre será para se dedicarem a este projecto. Elas são o primeiro exemplo daquilo que a cooperativa pretende fazer para levar por diante a tarefa de pôr de pé o SAD. “Queremos que este seja um projecto de responsabilidade social. Estamos a tentar obter apoios junto das empresas de materiais de construção. Para já temos um apoio da fundação Galp Energia que através da lei do mecenato irá fornecer o equipamento de escritório”. A carrinha que vai prestar o serviço já foi cedida à instituição. Mas, se já há projecto, transporte e mobiliário, faltam ainda as matérias-primas e a mão-de-obra. “Estamos à procura de mecenas, mas acreditamos que este processo não vai atrasar a obra”, refere Filipe Espinha, responsável pela instituição. Uma obra que está orçada em cerca de 20 mil euros e que Filipe Espinha acredita que será inteiramente financiada através de mecenas. A funcionar ainda este ano Sem avançar datas, Filipe Espinha acredita que o SAD “estará em funcionamento ainda este ano”. Para isso, a Co(op)ração pretende envolver as entidades licenciadoras, como a Segurança Social, durante a fase de obra. “Vamos tentar fazer com que a Segurança Social acompanhe todo o processo para que possamos avançar assim que as obras terminem”, acrescenta o responsável. O SAD terá capacidade, numa primeira fase, para 36 pessoas.Oserviço terá características municipais, pois irá abranger todo o concelho. “Cerca de 80 por cento da população da Amadora necessita de apoio domiciliário, há muita falta de respostas nesta área”, refere Filipe Espinha. O apoio prestado pela instituição será “atípico” porque, para além, da higiene e alimentação, o SAD “vai proporcionar ainda serviços como apoio psicológico, animação cultural, nutrição e acompanhamento a consultas ou leitura de jornais”, acrescenta ainda Filipe Espinha. Voluntários precisam-se Para isso, o responsável conta com a participação de “voluntários, jovens e menos jovens”, cumprindo um dos principais eixos de acção da cooperativa que visa “o envelhecimento activo”, preparando “os adultos a entrarem numa etapa diferente das suas vidas”, através de vários projectos como o Infogerar, que promove cursos de informática para a população maior. A Co(op)ração foi fundada em finais de 2008, estando desde essa altura a desenvolver projectos relacionados com idosos numa loja, situada na Damaia, também cedida pela autarquia. Na loja cedida pela CMA, no bairro social Casal do Silva, Filipe Espinha espera “uma boa integração, queremos que este seja um projecto aberto à comunidade, não queremos que seja desligado desta população”. Fazer tudo “com amor e em que todas as pessoas fazem parte”, é o lema da instituição, que “dois anos depois temos tido bons resultados”, conclui o responsável.

Benfiquistas com alma e chama imensa

Ver edição completa PSP promove visita guiada ao Estádio do Benfica para crianças da Cova da Moura Cerca de 50 crianças do Centro de Actividades de Tempos Livres da Associação Moinho da Juventude, que presta apoio à população do bairro da Cova da Moura, acompanhados por três agentes da PSP, foram, na semana passada, ao Estádio do SL Benfica, em Lisboa. Uma visita que fez as felicidades da maioria adepta do clube das águias. A tarde de quarta-feira, dia 14, foi recheada de emoções para as crianças da Cova da Moura. A visita à catedral benfiquista, que durou cerca de duas horas, deu-lhes a conhecer uma exposição com os principais títulos do clube, assim como os equipamentos que pertenceram a grandes jogadores, como Eusébio. Seguiu-se um passeio pelas bancadas do estádio, uma ida aos balneários e até deu para perceber como funciona o canal de televisão do Benfica, com direito a entrevistas. No final, houve tempo para um pequeno torneio. Os três agentes da PSP que integram o policiamento de proximidade da Cova da Moura, acompanharam as 50 crianças, entre os 5 e os 15 anos. “Visto que temos uma boa relação com os agentes do policiamento de proximidade, levantou-se a questão de vir visitar o estádio do Benfica”, explica Daniel Nascimento, da associação Moinho da Juventude. “A ideia é fazermos actividades que as crianças gostem, mas também trabalhar o conhecimento e a disciplina, assim como terem acesso ao mais variado tipo de actividades”, acrescenta o responsável. A maioria colocou as mãos no ar quando questionada sobre se o clube favorito era o Benfica. Era o caso de Jeisa Fernandes, 12 anos, que chegou mesmo a ser entrevistada pelo repórter da Benfica TV. “Os meus jogadores favoritos são o Di Maria e o Cardoso, porque jogam bem”, disse na entrevista, acrescentado que da visita, o que mais gostou foi “ver as taças que o clube já conquistou”. Já para Taís Martins, 7 anos, o que mais a impressionou foi “ver as bancadas e o relvado”. Esta visita integra-se no projecto policiamento de proximidade da PSP, que visa aproximar os cidadãos da polícia. O trabalho que é feito com as crianças pretende ter efeitos no futuro, tornando-as em adultos com mais respeito pela polícia.