Dezenas de pessoas voltaram a protestar, na semana passada junto ao Centro de Saúde da Damaia contra a transferência de oito mil utentes desta unidade de saúde para a Buraca. A comissão de utentes promete novos protestos até que a situação fique resolvida. "A população da Damaia é obrigada a sair do seu centro de saúde que tem óptimas instalações, para ser assistida na Buraca, num espaço que não tem quaisquer condições, a funcionar num prédio de habitação", contestou José Flores, porta-voz da Comissão de Utentes do Centro de Saúde da Damaia. Os manifestantes voltaram a reunir-se, na quarta-feira, 26 de Outubro, à porta das instalações do Centro de Saúde da Damaia, dado que a data para a integração dos oito mil utentes naquela unidade, “não foi cumprida”. “Esgotou-se a dia 15 de Outubro, o prazo estabelecido em compromisso escrito da directora executiva do Agrupamento dos Centros de Saúde da Amadora, para o regresso à unidade da Damaia dos oito mil processos de utentes da freguesia, enviados sem aviso prévio para o Centro de Saúde da Buraca”, referiu em comunicado a comissão. De um equipamento construído recentemente, os oito mil utentes estão a ser enviados para o “velhinho” Centro de Saúde da Buraca, motivando a acusação por parte da comissão à Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), por esta pretender privatizar as instalações da unidade de saúde da Damaia. A comissão considera que estas medidas visam "uma estratégia governamental de esvaziamento gradual do centro de saúde, de que esta maciça transferência de utentes seria a primeira fase, com vista à cedência a prazo das instalações, as mais modernas do concelho, e das valências de saúde para uma exploração privada", refere ainda o comunicado. Por isso, “a contestação não vai parar”, como assegurou José Flores, acrescentando “vamos fazer de tudo para travar esta mudança”. Para já a comissão de utentes solicitou uma reunião com a directora do Agrupamentode Centros de Saúde da Amadora, em conjunto com o executivo da Câmara Municipal da Amadora. “Pretendemos logo de seguida reunir com a ARSLVT”, adianta ainda José Flores concluindo que “os protestos irão continuar até que seja suspensa a transferência de utentes”.
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