Novo equipamento vai receber 18 crianças em risco
A Associação Mimar inaugurou, no passado dia 25 de Outubro, na Amoreira (Estoril), a sua casa de acolhimento temporário que tem capacidade para acolher 18 crianças, até aos seis anos de idade (com a possibilidade de ir até aos 12 anos para evitar a separação de irmãos). O novo equipamento, construído de raiz, teve um custo global de mais de um milhão de euros e contou com o apoio financeiro da Câmara Municipal de Cascais não só para a sua construção, mas também para os três primeiros meses de funcionamento. Em declarações ao JR, Maria João Lois, vice-presidente da Mimar (Instituição Particular de Solidariedade Social desde Janeiro de 2004), explicou que “este é um centro de acolhimento temporário de crianças em perigo, que recebemos por ordem do Tribunal. Funciona como uma casa que as acolhe e trabalha com a família, visando a reintegração da criança na família biológica, a sua inserção numa família de adopção ou a colocação numa instituição adequada. As crianças vão à escola e fazem uma vida normal. O período normal é de seis meses, mas há situações que podem ficar até um ano”. A Casa Mimar vai acolher 18 crianças e, para isso, dispõe de 15 vagas para crianças dos zero aos 6 anos e três vagas para crianças dos 6 aos 12 (estas, apenas para irmãos de alguma criança do grupo dos zero aos seis). Maria João Lois descreveu que “a casa de acolhimento é composta por um salão de actividades, cinco quartos duplos, dois berçários e uma copa e conta ainda com um jardim com baloiços”. Na inauguração, Sofia Pombo e Costa, presidente da Mimar, sublinhou que este momento “é o início de um percurso em que esperamos cumprir com todas as expectativas das famílias e dos parceiros”. A placa de inauguração foi descerrada pelo ex-presidente da Câmara de Cascais, António Capucho, e pela ex-vereadora da Acção Social,Mariana Ribeiro Ferreira, por terem acompanhado o projecto desde o seu início. O actual edil, Carlos Carreiras, lembrou as dificuldades que a Associação Mimar teve para erguer a Casa de Acolhimento e disse que “mesmo em tempos menos fáceis, temos de fazer tudo para não deixar nenhum dos nossos para trás”. “Estes momentos fazem-nos acreditar que somos capazes de mudar qualquer coisa”, frisou, salientando ainda o “grande património” que Cascais tem com “a Mimar e outras instituições que colocam o eu e o nós no sentido de comunidade”. Neste âmbito, a autarquia pretende reforçar a capacidade de resposta, já que das 31 crianças a quem a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens aplicou a medida de acolhimento institucional em 2010, apenas 26% foram colocadas no próprio concelho de Cascais.
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