quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Cheias exigem acção global

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Solução “tem de ser consensualizada” com Cascais e Sintra A Protecção Civil de Oeiras está a ultimar um relatório sobre todos os pontos do concelho que foram afectados pelas cheias ocorridas nas últimas semanas, incluindo a avaliação dos prejuízos, informou o vice-presidente da Câmara, Paulo Vistas, na reunião da Assembleia Municipal de Oeiras (AMO) realizada na passada segunda- feira. “Logo que esteja concluído será submetido às diversas forças políticas e o município irá actuar em conformidade e tentar assegurar, dentro das suas competências e possibilidades, o apoio a todos os munícipes, organizações e instituições afectadas”, adiantou aquele mesmo responsável. As inundações verificadas na passada sexta-feira – que se sucederam a outro pico de precipitação registado apenas duas semanas antes – causaram sérios problemas em diversos pontos do concelho, entre os quais Tercena (junto ao Mercado local e no Lugar do Bico), centro histórico de Oeiras (Palácio dos Marqueses) e Bairro da Lage (Porto Salvo). Sobre as obras em curso para a reparação dos danos causados pelas intempéries, a vereadora Madalena Castro adiantou, na mesma reunião da AMO, que a autarquia já estava, então, a intervir na rotunda das selecções e sua envolvente, em Tercena. Quanto ao Lugar do Bico “também já estamos em vias de reconstruir o muro”, acrescentou. Já o jardim do Palácio dos Marqueses de Pombal, “onde foram imensos os estragos no jardim e ruiu um dos muros”, está fechado toda esta semana, segundo informação da vereadora, para recuperar o espaço verde da “desolação” em que se encontrava. Pela mesma altura, a Câmara estava “a iniciar procedimento com vista à reconstrução” do muro do século XVIII que ruíra. “Temos ainda uma intervenção a ser preparada no Bairro da Lage, onde os estragos foram enormes também”, finalizou Madalena Castro, realçando, numa análise global do problema das cheias, que “a origem da grande maioria destas situações localiza-se a montante do concelho, nuns casos vindos de Cascais, noutros de Sintra”. O que aponta para que sejam “necessárias intervenções que é preciso programar e consensualizar” com esses dois concelhos. Sobre o mesmo assunto, o deputado comunista Daniel Branco considerou ser “necessário fazer bacias de retenção a norte, no concelho de Sintra, questão que tem de ser vista conjuntamente porque um dia pode acontecer uma ocorrência de uma enorme gravidade”. A prontidão da resposta da autarquia de Oeiras foi destacada pelo vice-presidente Paulo Vistas. “A Câmara prontamente se disponibilizou a arranjar habitação às cinco famílias afectadas nas primeiras cheias, das quais, no entanto, apenas uma solicitou alojamento temporário, de imediato satisfeito. Ainda bem que esta Câmara tem uma política que permite dispor de fogos disponíveis para estes casos”, sublinhou, concordando, também, com a apreciação geral de que “o assunto não se resolve de forma isolada pelo município de Oeiras”. O vice-presidente enalteceu, ainda, “todo o trabalho feito a nível da limpeza das linhas de água, em acções efectuadas, de forma regular e mesmo constantemente, por diversas brigadas de funcionários da autarquia” e sem o qual o balanço dos estragos “poderia ser bem pior”. Jorge A. Ferreira

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