Junta quer promover desenvolvimento local
A Freguesia da Caparica, segunda mais antiga do concelho mas também a segunda com mais população jovem, é a que concentra mais pólos de ensino superior e empresas das novas tecnologias. No entanto, ainda é classificada como freguesia rural, o que para a presidente da Junta “é ridículo”. Diz Teresa Coelho que a localidade está em franco desenvolvimento, mas este “planeamento” demora algum tempo a ser reconhecido. O certo é que a freguesia da Caparica abriga instituições como a Faculdade de Ciências e Tecnologia, a Cooperativa de Ensino Superior Egas Moniz e o Instituto de Cardiologia Preventiva de Almada, entre outros espaços como o Madan Parque, considerados de primeira linha à escala europeia. Isto, para além de muitos estudos na área de protecção civil, a nível nacional e internacional, decorrerem neste território. Mesmo assim, “não existe um reconhecimento sobre o desenvolvimento desta freguesia”, lamenta a autarca. “Tem faltado promoção”, considera. O facto é que a freguesia cresceu em demografia passando de 16 mil para cerca de 20 mil e 400 residentes entre os censos de 2001 e 2011, que perceberam as vantagens de residir numa localidade que está próxima do centro do concelho, tem as praias da Costa como vizinhas e está a um passo de Lisboa. De facto, a localidade continua muito associada aos bairros sociais, mas até esta realidade está a ser alterada. Em Abril deverá ser inaugurado o Centro Cívico da Caparica e com este a população local vai dispor de um complexo de piscinas e uma biblioteca. “Estes equipamentos reforçam a nova centralidade da freguesia”, comenta Teresa Coelho que aponta ainda para projectos em andamento como o novo jardim do centro urbano e espaços pedonais na zona histórica da vila. “Tudo nesta freguesia está a ser planeado”. Mesmo assim a autarca considera necessárias mais obras a nível de infra-estruturas, particularmente para apoio à população mais idosa. “Preocupa-me muito a solidão em que muitos vivem”. E diz que muitos encontram amparo nas colectividades locais, mas não dispensa a construção de “um centro de dia no Monte de Caparica”. Outro problema são os “novos pobres”. “Todos os dias surgem- me famílias a pedir auxílio”, afirma. Esta realidade leva Teresa Coelho a considerar a necessidade de ser criado outro tipo de respostas porque “a acção social não está preparada para estas situações”. E mais a preocupa ainda quando está na ordem do dia o “aumento das rendas sociais”. “Vai ser outra luta” diz, e garante não baixar os braços, mais ainda numa freguesia que tem a marca de trabalho solidário, com muitas instituições com este carácter aqui instaladas. “Quando vim para a freguesia, em 1988, nem parques infantis existiam, hoje temos várias instituições de solidariedade aqui a funcionar, como a UMAR e a AMI, para além de várias valências da Santa Casa da Misericórdia de Almada", conclui. Humberto Lameiras
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