quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

BOAS FESTAS

Estes são os votos de toda a equipa do Jornal da Região para os seus leitores, anunciantes e amigos. Aproveitando a quadra festiva, efectuamos uma pausa na nossa publicação e prometemos regressar a 12 de Janeiro, prontos para um novo ano cheio de grandes notícias.

Antigo submarino vai abrir ao público

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Barracuda ganha nova vida para atrair turismo. Autarquia e Marinha reforçam relação com o mar A cidade de Almada vai ser o centro das comemorações do Dia da Marinha em 2012. O anúncio foi feito pela presidente da Câmara de Almada no mesmo dia (7 de Dezembro) em que a vereação aprovou, por unanimidade, a instalação do antigo submarino Barracuda na doca 1 dos ex-estaleiros navais Parry & Son, junto à Fragata D. Fernando II e Glória. “Conjuntamente com o Farol de Cacilhas, estas duas peças são importantes motivos de atracção para o futuro núcleo museológico da Marinha”, afirma Maria Emília de Sousa. Um pólo que a presidente vê como um“forte” contributo para a projecção cultural do concelho. O ex-NRP Barracuda, entretanto abatido ao activo, deverá estar pronto para exposição ao público em Janeiro de 2013, mantendo todo o equipamento como se estivesse pronto para missões de navegação, recreado assim o mais fielmente possível a atmosfera que se vivia a bordo. Será uma oportunidade para os visitantes sentirem e conhecerem, em poucas horas, a diferença entre duas épocas da história naval portuguesa, uma vez que o antigo submarino, lançado à água em 1967, vai ficar ao lado daquela que foi a última nau do “Caminho da Índia” construída em 1843, actualmente fundeada na doca 2. Com o Barracuda disponível para musealização desde Agosto de 2011, diz a presidente da Câmara de Almada que houve um fácil entendimento entre a Marinha Portuguesa e a autarquia. Para a Marinha fica assegurada a presença e manutenção de um elemento da sua história e para o município, particularmente Cacilhas, ganha um importante motivo que vai ao encontro da “promoção turística do concelho”. Por outro lado, reforça a estratégia prevista para o futuro desta freguesia. Aliás, a curiosidade do público por submarinos “é reconhecida”, aponta Maria Emília de Sousa que, na apresentação da proposta à vereação, lembrou o exemplo da base naval de Keroman, França, onde foi carenado o submarino “Flore”, da classe do Barracuda, que “após 18 meses de exposição foi visitado por 100 mil pessoas”. Entretanto a carenagem do Barracuda obriga a obras de reparação na doca 1 que depois de vários anos sem uso “apresenta evidentes sinais de degradação”, uma operação da responsabilidade da autarquia com o apoio da Marinha. Vai ainda ser necessário diligenciar com a Transtejo a remoção de sucata no passadiço pedonal existente sobre a referida doca. O protocolo para que o Barracuda seja carenado em Cacilhas será assinado entre a Câmara de Almada e a Marinha Portuguesa, representada pelo chefe de Estado-Maior da Armada, almirante José Carlos Torrado Saldanha Lopes, no próximo dia 19 de Dezembro, às 12h30, no gabinete do chefe de Estado-Maior da Armada, no Terreiro do Paço, Lisboa. Humberto Lameiras

NATAL E ANO NOVO EM ALMADA Festa, mas com menos dinheiro

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Autarquia corta despesa, mas mantém actividades Este Natal é comemorado em Almada sobre a égide da contenção de custos e o mesmo vai acontecer com os festejos de Ano Novo. “Cortámos muito no que é mais caro”, afirma António Matos. Mas o vereador da Cultura garante que “não vão faltar oportunidades” para as famílias aproveitarem esta época para se divertirem. “Apostámos muito na divulgação da cultura local e regional, o que até pode permitir às pessoas optarem por prendas alternativas”. O vereador refere-se ao Mercado de Natal Amigo da Terra, que decorre até 18 de Dezembro, na Oficina da Cultura. Neste espaço no centro da cidade, os visitantes vão ter oportunidade de criar as suas próprias prendas a partir da reutilização de materiais e usando a imaginação. Outra hipótese é adquirirem presentes solidários construídos sobre regras de sustentabilidade ambiental. Para além dos produtos “Comércio Justo”, as opções podem passar por peças de roupa em pura lã, calçado ecológico, brinquedos artesanais e até cosmética. Uma iniciativa que conta com artesãos vindos de todo o país. Esta iniciativa tem também a intenção de assinalar o “Ano Internacional da Energia Sustentável para todos”, que decorre em 2012. “O objectivo é sensibilizar as pessoas para a poupança e eficácia energética”, refere António Matos. Aliás, a questão dos custos esteve já presente na decisão da Câmara de Almada que cortou significativamente na iluminação de Natal. “A cidade continua a festejar esta época, mas sem perder a consciência do período crítico da economia”, comenta. Mesmo assim a autarquia manteve a Festa de Natal para as crianças do pré-escolar e 1.º ciclo da rede pública, que decorre até hoje, dia 15, no Complexo Municipal dos Desportos. A 17 de Dezembro a Biblioteca Municipal de Almada e a Biblioteca Municipal José Saramago, entre as 16h00 e as 17h30, abrem para a “Hora do Conto”. Uma iniciativa dirigida às crianças dos 5 aos 10 anos com Diana Dias a contar a lenda que deu origem ao sapatinho na chaminé na véspera de Natal. O livro será ainda motivo de destaque até 20 de Dezembro, na Praça S. João Baptista, no centro da cidade, com a Feira do Livro de Natal. Será uma oportunidade para encontrar óptimas sugestões para ofertas, com obras a preços mais acessíveis, de todos os géneros literários, para todas as idades e para todos os gostos. Uma iniciativa organizada pela Página a Página Divulgação do Livro, com o apoio da Câmara de Almada em colaboração com dezenas de editores. Enquanto até 7 de Janeiro na Biblioteca Municipal José Saramago decorre a exposição de presépios construídos pelos alunos das escolas do 2.º e 3.º ciclos da Alembrança e Escola Comandante Conceição e Silva, até 28 de Dezembro são os cantares “Do Natal aos Reis em Coro” que vão animar várias instituições e igrejas do concelho. Uma iniciativa que reúne centenas de pessoas dos grupos corais e etnográficos locais. O Solar dos Zagallos na Sobreda, pode ser outros dos pontos de passagem, até 18 de Dezembro, com várias iniciativas a decorrerem, desde a música, a exposições e até à arte da cozinha tradicional. A contenção foi também aplicada às comemorações do Ano Novo. 2012 vai entrar em Almada com festa em Cacilhas, mas em vez de grupos musicais a actuarem ao vivo, a passagem de ano vai estar no ar através do colectivo de DJ da Antena 3, que entre os vários sons vão estar na batida de R&B e Hip-Hop de Mónica Mendes e o ritmo House de Rui Estêvão. Começa às 22 horas e prolonga-se até à 01h30. Mas os primeiros segundos do novo ano vão ser anunciados pelo espectáculo piromusical “Noite de Estrelas” que promete iluminar as margens do Tejo, numa performance de 12 minutos de duração. “Apesar de ser obrigatório cortar nas despesas não podemos cair no desânimo. Temos de manter a esperança e fazer com que as coisas mudem”, sublinha António Matos. Humberto Lameiras

Paço de Arcos assinala 85.º aniversário

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Isaltino Morais garante que nenhuma freguesia está em risco com a Reforma Administrativa Nem Paço de Arcos, nem qualquer outra freguesia de Oeiras, estão em risco por causa da tão falada Reforma Administrativa, deixou claro o presidente da Câmara, Isaltino Morais, no passado dia 7 de Dezembro, durante a sua intervenção na muito concorrida sessão solene comemorativa dos 85 anos passados sobre a elevação a freguesia e vila da localidade que tem fama de ser a mais charmosa do concelho – e também “a mais perfumada”, de acordo com algumas das memórias evocadas na ocasião a propósito da existência de fábricas desse ramo por aquelas paragens. “Talvez seja a freguesia com identidade mais forte”, concedeu o autarca, salientando que a Câmara de Oeiras não tomará qualquer posição sobre as propostas do Governo de alterar o mapa administrativo das freguesias antes de a respectiva lei ser aprovada no Parlamento. “É algo que veio de cima para baixo, sem estudos...”, sempre foi adiantando, em nota negativa. Reconhecendo que “os tempos são difíceis – embora Oeiras, apesar de tudo, esteja um bocadinho melhor do que o país” – Isaltino Morais não se furtou a falar de alguns projectos previstos para aquela freguesia que se encontram parados, tal como outros no concelho. “A Câmara estabeleceu parcerias com privados para construir escolas, equipamentos para a Terceira Idade, o Centro de Congressos e o Centro de Formação Profissional da Outurela... Não são parcerias tipo SCUT, mas sim acordos em que a CMO tem 49% do capital e os privados 51%. Acontece que foram feitas ainda em tempo de uma certa euforia e a entidade bancária que tinha assumido o compromisso de financiar os investimentos, perante o risco de financiamento aos parceiros privados devido à crise, decidiu recuar”, explicou, em traços gerais. “Temos de encontrar solução brevemente, a obra [Centro de Congressos] assim como está é que não vai ficar, até porque vai ter muito impacto, sobretudo a nível da restauração, na vida da freguesia e do próprio concelho”. O troço do Passeio Marítimo, entre a Praia Velha e a Cruz Quebrada, que “está pronto”, e o projecto da Marina de Paço de Arcos, que “já está em fase de execução”, foram outros planos abordados por Isaltino, que elogiou a Junta e a Assembleia de Freguesia de Paço de Arcos “pelo grau de proximidade que têm conseguido desenvolver com os seus fregueses”. Muito mais breve na sua intervenção, o presidente da Junta de Freguesia de Paço de Arcos, Nuno Campilho, disse ser natural que, devido à contenção e austeridade em vigor na Câmara, “a nossa taxa de execução venha a baixar, o que não invalida que continuemos a ter uma das maiores taxas de execução, o que nos orgulha bastante”. O autarca salientou que as juntas “têm um problema de exercício de competências que é notório: não adianta apelar-se a mais competências e depois não ter dinheiro para as levar a cabo”. Sobre a Reforma da Administração Local, considerou tratar-se de uma “discussão extemporânea”, sendo “pena que se fale do assunto apenas por razões economicistas e não por uma questão de boa gestão...”. Esta questão foi abordada por quase todos os partidos representados na Junta de Freguesia, uns mais críticos e pessimistas do que outros quanto ao momento presente da freguesia e condições de vida da sua população. A cerimónia – em que marcaram presença numerosas personalidades de várias áreas da vida da freguesia e do concelho – incluiu, ainda, o lançamento da 2.ª antologia do Clube dos Poetas de Paço de Arcos e a entrega de medalhas aos homenageados deste ano, a saber: Maria Elisa Duarte Aranda, Zeferino Pulga (Restaurante Os Arcos), e Madalena Teixeira Duarte (Ajuda de Mãe). Jorge A. Ferreira

PORTELA DE CARNAXIDE Loja Solidária é fonte de receitas

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Projecto Família Global lança iniciativa na Portela de Carnaxide para compensar perda de financiamento Casacos de pele à venda por 75 euros numa Loja Solidária é uma proposta que causa estranheza, à partida. Mas a situação financeira da Associação Projecto Família Global, responsável por serviços de berçário, creche, ATL, apoio domiciliário, formação, distribuição alimentar, entre outras vertentes de custo reduzido para o utente, não permite “dar de mão beijada o que a seguir poderia ser vendido ao lado sem qualquer benefício comprovado para a comunidade da Portela de Carnaxide", justifica Carlos Ribeiro, presidente da direcção desta IPSS. Com uma gestão “cada vez mais difícil” devido à diminuição de verbas provenientes da Segurança Social e da própria Câmara de Oeiras, a PFG vai inaugurar a sua Loja Solidária, no próximo dia 20, assumindo que esta será uma fonte de receita importante para manter a instituição à superfície enquanto aguarda que seja retomada a construção do Centro Multiusos da Outurela, no mesmo bairro, onde ficarão as suas novas instalações. A futura sede e espaços, obra de iniciativa camarária – no âmbito de parceria público-privada que engloba outras empreitadas (como o Centro de Congressos) actualmente paradas por razões às quais a edilidade se declara alheia – deverão marcar, quando concluídos, o início de uma etapa de maior desafogo financeiro para a Família Global. Até lá, porém, sobreviver é a palavra de ordem. “A Segurança Social, que pagava uma quantia por cada refeição que nós dávamos aqui aos alunos da escola, invocou duplicação de gastos para nos retirar 1600 euros argumentando que eles podem comer no estabelecimento de ensino; por outro lado, o subsídio anual que a Câmara costuma atribuir, na ordem dos 8000 euros, baixou este ano para apenas dois mil e tal euros”, expõe Carlos Ribeiro, sem peias, adiantando, pela positiva: “O que nos tem valido são as doações de mecenas, que até aumentaram”. Foi, aliás, através de uma dessas dádivas, particularmente generosa, da parte de “uma empresa amiga” do ramo têxtil, que surgiu a ideia de avançar com a Loja Solidária. A doação de produtos de elevada qualidade (e preço) levou os dirigentes da PFG a optarem pela venda dos mesmos por valores fora do habitual neste tipo de iniciativas. “Tem que ser assim”, não hesita Carlos Ribeiro. “Porque, desta forma, estamos a garantir que esse dinheiro será reinvestido no apoio social em prol da comunidade, coisa que não poderíamos assegurar se vendêssemos a preços simbólicos”, justifica. O receio é que, por falta de controlo eficaz, os artigos acabassem por ser vendidos, logo de seguida, pelo preço real ou perto disso, perdendo-se os efeitos socialmente positivos da venda. “Não podia ser de outra maneira, a instituição precisa de compensar a perda de verbas para poder manter a qualidade dos seus serviços”, reforça Anabela Fonseca, tesoureira da instituição. De qualquer maneira, é de salientar que além dos referidos casacos de pele, dos fatos “totalmente novos” a algumas dezenas de euros, das camisas a 10 euros, luvas de boa qualidade a cinco e botas infantis de uma marca muito conhecida no mercado a “4,5 ou 7,5 euros”, também não faltarão os artigos e os preços mais “normais”, desde 50 cêntimos a dois ou três euros para peças de roupa e não só. Aparelhagens de som, um frigorífico, candeeiros e brinquedos fazem parte, igualmente, do recheio... A loja da Projecto Família Global – Associação para a Inserção Sociocultural e Profissional da Família situa- se na Alameda João da Mota Prego, ocupando uma sala que era usada para diversos cursos de formação profissional que a PFG deu ao abrigo do Programa Operacional Potencial Humano (POPH), com fundos nacionais e, sobretudo, europeus. Finaram- se os cursos, os computadores estão encaixotados e as secretárias dos antigos alunos encavalitadas a um canto ou a servirem de expositores para os artigos da novel loja. Esta estará aberta às terças e quintas- feiras, entre as 10 e as 17h00. Jorge A. Ferreira

Monte Estoril aposta na requalificação

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Diversas entidades reiteram propostas apresentadas à Câmara de Cascais em 2002 A requalificação do Monte Estoril ganha novas forças. Diversas entidades da sociedade civil cascalense, entre as quais a ALA – Academia de Letras e Artes, a Associação de Moradores do Monte Estoril (AMME), o Movimento Cidadania Cascais, a Junta de Freguesia do Estoril e o Movimento Ser Cascais, deliberou recentemente, por unanimidade, ratificar o Projecto Integrado de Requalificação do Monte Estoril (PIRME), elaborado em 2002 pela AMME e, dessa maneira, responder ao repto público lançado pelo presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras, na sessão de lançamento do livro “Turismo do Estoril”. Regressar ao ambiente romântico que caracterizou o Monte Estoril no início do Séc. XX, com árvores e bancos, preservar o património e respeitar o passado do Monte Estoril é o que defendem aquelas entidades. Apresentam como projectos específicos a requalificação da Alameda Columbano – Jardim da Estação; da Rua e Escadinhas de Santa Cruz; do Jardim Carlos Anjos – Monte Estoril Centro; das Cocheiras do Monte – Avenida de S. Pedro; de requalificação do Cruzeiro – Estoril Praia –Mercado. Propõe também que a AMME seja uma parceira da Junta de Freguesia do Estoril e da Câmara Municipal de Cascais e funcione, no âmbito do Monte Estoril, como uma gestora de condomínios global em consonância com as administrações dos vários condomínios e com os restantes moradores. Segundo o projecto, a requalificação dos Estoris (troço compreendido entre Cascais e S. João do Estoril) implica, entre outros factores, que “seja impedida toda e qualquer construção nova, interditando a divisão dos lotes actualmente existentes; sejam tomadas medidas incentivadoras ao restauro de imóveis degradados e penalizadoras para os imóveis em estado de abandono; seja impedido todo e qualquer abate de árvores; se proceda a uma exaustiva classificação do património histórico, arquitectónico, paisagístico, ecológico, cultural e ambiental; se definam os princípios de uma política clara de recuperação, revitalização e requalificação do edificado e dos espaços existentes; se estabeleçam regras estritas de circulação automóvel e de estacionamento, tendo em conta o princípio da prioridade total ao peão; seja delineado um projecto integrado e coerente de arquitectura paisagística; sejam tomadas medidas tendentes a uma drástica diminuição dos fluxos de trânsito, de atravessamento e mesmo local”. A segurança pública é também uma das exigências invocadas pelas forças vivas. O documento que, agora, recebe a concordância das várias entidades foi assinado por uma comissão promotora de que fazem parte Alfredo Dias Valente de Carvalho, António Aguiar, Diogo Pacheco de Amorim, Jaime Roque de Pinho de Almeida (Lavradio), João Aníbal Henriques, Joaquim Cardoso Mendes, José Santos Fernandes, José Luís de Athayde, Luís Lupi Alves Caetano, Manuel Pinto Barbosa, Paulo Maia de Loureiro e Salvador Correia de Sá. Este documento já tinha sido entregue à Câmara de Cascais pela AMME em 2002. Confrontado com esta posição relativa à requalificação do Monte Estoril, o presidente da Câmara de Cascais revelou ao JR que está disponível para ouvir todas as propostas. “Já me reuni e tenho vindo a trabalhar com a AMME sobre a anulação do Plano de Pormenor do Hotel Miramar. Recentemente, a associação teve a amabilidade de me enviar um ‘e-mail’ onde solicitava uma reunião no âmbito da discussão do PDM. Terei, como já o manifestei em resposta, toda a disponibilidade para ouvir os moradores do Monte Estoril, algo que presumo possa acontecer até ao final da primeira quinzena de Janeiro", salienta Carlos Carreiras. "Terei todo o interesse em reunir com os moradores do Monte Estoril, bem como com todas as associações de defesa do bem comum, da qualidade de vida e das políticas de desenvolvimento do concelho”, concluiu o edil. Francisco Lourenço

CASCAIS Reorganização das empresas municipais avança em Janeiro

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‘Cascais Ambiente’, ‘Cascais Próxima’ e ‘Cascais Dinâmica’ são as novas estruturas Ano novo, vida nova. A Câmara de Cascais vai implementar, já a partir de Janeiro de 2012, o novo modelo de organização administrativa que contempla uma concentração das empresas municipais, mas também uma mudança visual, onde a marca “Cascais” se vai destacar. Em declarações ao JR, o presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras, explicou que a reorganização administrativa passa pela fusão ou integração das empresas municipais em estruturas existentes. “A ampla reforma do sector empresarial local, uma obrigação de todas as autarquias que decorre dos acordos que o Estado celebrou no âmbito do programa de resgate, já aprovada pela Assembleia Municipal e alvo de amplo consenso político também no executivo, passa por dois eixos: fusões ou integrações das estruturas existentes.As agências Cascais Natura e a Cascais Atlântico são incorporadas na EMAC, em virtude da natureza do seu objecto social, dando origem à “Cascais Ambiente”. Pelo mesmo motivo, a Agência Cascais Energia é integrada na ESUC e dá origem à “Cascais Próxima”. A fusão por integração da Fortaleza de Cascais e da Ar Cascais na Ar Cascais dará origem à “Cascais Dinâmica”, adianta Carlos Carreiras. No caso da remoção do lixo, desaparecerá das ruas e dos olhares dos munícipes, a sigla EMAC, mas os serviços prestados serão os mesmos: “Os munícipes sabem com o que contam quando se fala da EMAC. Numa palavra: competência. A EMAC assumiu-se, em apenas cinco anos, como uma referência na prestação de serviços públicos no espaço urbano. A EMAC é uma marca de excelência. Isto é o essencial. Quanto ao resto, falamos de pequenas diferenças de semântica numa empresa que mantém o mesmo gene. A ‘Cascais Ambiente’ não é mais nem menos do que a EMAC, agora com competências mais alargadas”. Carlos Carreiras fundamentou as vantagens na fusão das empresas municipais: “Note-se que foram eliminadas 50% das entidades empresariais locais e que isto é feito sem criar ou eliminar um único posto de trabalho"."Do ponto de vista organizacional, ficamos com uma estrutura mais musculada e ágil para enfrentar as dificuldades do presente e do futuro. Ganhámos escala através de processos de fusão/integração. Daqui decorrem naturalmente todos os benefícios ligados às economias de escala e à eliminação de custos de contexto”, revela o autarca. Francisco Lourenço

Moradores da Estrada dos Salgados à espera

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Os moradores da Estrada dos Salgados, na Venda Nova (Amadora), queixam-se que as obras de construção da CRIL (Circular Regional Interna de Lisboa) provocaram danos dentro das suas habitações, nomeadamente fissuras nas paredes das casas e destruição de equipamentos eléctricos. Depois de terem recebido em suas casas, uma equipa técnica que avaliou a situação, ficaram à espera. No entanto, até à data, não voltaram a ser contactados, apesar de terem interpelado por várias vezes a direcção das Estradas de Portugal (EP). Lá passaram mais de seis meses desde a conclusão da CRIL e na Estrada dos Salgados ainda se aguarda pelas indemnizações referentes aos danos provocados pela obra. Edgar Figueiredo tem dado a cara pela Estrada dos Salgados, uma zona que diz “em muito beneficiou com a minha luta”. Ao longo dos últimos anos, este morador tem vindo a defender os interesses dos habitantes daquela zona da Venda Nova, após o início das obras para a conclusão da CRIL, no troço entre a Pontinha e a Buraca. Mas depois da obra ter sido concluída, Edgar Figueiredo contesta que “não nos têm dito nada, temos as nossas casas danificadas, escorrendo água pelas paredes e não podemos fazer nada porque estamos a aguardar as indemnizações”. Este morador acrescenta: “Já fomos muito prejudicados no decorrer das obras e continuamos a ser porque não podemos resolver o nosso problema”. Com fissuras na sua casa, garante que “escorre água pelas paredes” e “depois dos trabalhos de terraplanagem na rua fiquei sem máquina de lavar a roupa”. Diz terem sido múltiplos os seus pedidos atendidos ao longo do processo de construção da CRIL e salienta o apoio de que tem vindo a beneficiar da Câmara Municipal da Amadora (CMA). No entanto, critica que “as Estradas de Portugal depois de terem terminado a obra abandonaram-nos”. OJR tentou obter uma reacção das Estradas de Portugal sobre esta situação, mas sem sucesso até ao fecho desta edição. VENTEIRA Associação dá apoio alimentar Natal reciclado em Alfornelos REPÓRTER JR Natacha Brigham Natacha Brigham Gonçalo Português As decorações de Natal de Alfornelos foram feitas a partir de materiais reciclados pelos alunos das escolas de primeiro ciclo da freguesia. Esta iniciativa partiu da Junta com o objectivo de promover uma aproximação da comunidade aos estabelecimentos de ensino, assim como sensibilizar para as questões ambientais. O desafio foi lançado pelo pelouro de Ambiente da Junta. A Campanha “Eco- rotundas de Natal” foi criada, tendo como desafio “associar Natal e o Ambiente, promovendo a decoração de algumas rotundas, uma por cada escola de Alfornelos, sendo decoradas com material reciclado”, como referiu Filipa Albino, responsável pela área de Ambiente da Junta de Freguesia de Alfornelos. Em duas rotundas da Rua Luís Gomes podem ver-se os efeitos de Natal. Junto ao Centro de Saúde é visível a frase “Feliz Natal”, feita a partir de CD reciclados. Já junto à Igreja de Alfornelos foi colocada uma árvore feita a partir de garrafas de plástico. “O objectivo foi embelezar na época de Natal as ruas de Alfornelos, aproveitando os materiais reciclados, contribuindo simultaneamente para a sensibilização ambiental, mas também colocar as crianças a trabalhar para a comunidade”, conclui a responsável.

VENTEIRA Associação dá apoio alimentar

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Famílias carenciadas recorrem à Recolha Solidária O Natal fortalece o espírito de solidariedade entre as pessoas, mas não é só nesta quadra festiva que a Recolha Solidária, recentemente criada na Venteira, realiza as suas campanhas. Todavia, para ajudar cerca de 100 famílias carenciadas, é nesta época que a associação aproveita uma maior predisposição para aumentar os bens armazenados, através de várias campanhas realizadas em locais “onde há mais gente”. Estações da CP ou do Metro, supermercados e centros comerciais são alguns dos locais onde a Associação Recolha Solidária monta a sua banca e promove a angariação de fundos através da venda ao público da sua mascote, mas também da recolha de roupas, calçado, brinquedos e géneros alimentares. Tudo é bem-vindo para ajudar as cerca de 100 famílias que estão a ser apoiadas pela associação. “A ideia é ajudar estas pessoas resolvendo o problema imediato de alimentação, enquanto não encontram uma solução para as suas vidas. A ideia não é criar dependência, mas ajudar numa fase menos boa destas famílias”, adianta António Carvalho, director-geral da associação sem fins lucrativos, fundada em Setembro de 2010. As famílias são encaminhadas através dos serviços sociais da Junta de Freguesia, Câmara Municipal e da Santa Casa da Misericórdia da Amadora, sendo-lhes distribuídos, duas vezes por mês, cabazes alimentares. “Alguns alimentos são provenientes do Banco Alimentar, instituição com a qual somos parceiros, outros são doados através das nossas campanhas”, refere ainda o responsável. Se os alimentos são recolhidos junto das bancas na altura das campanhas, assim como as verbas, já a roupa, calçado e brinquedos têm que ser entregues num armazém da associação, situado na Tapada das Mercês (Sintra). “Este Natal estamos a preparar uma festa, onde serão distribuídos os bens que dispomos nesse armazém, em Sintra”, avança António Carvalho. Para já a recolha de fundos vai continuar em várias iniciativas espalhadas na grande Lisboa, onde voluntários ajudam a recolher os bens doados. Para além da venda da mascote, os voluntários fazem também a medição da tensão arterial. Milene Matos Silva