quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Monte Estoril aposta na requalificação

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Diversas entidades reiteram propostas apresentadas à Câmara de Cascais em 2002 A requalificação do Monte Estoril ganha novas forças. Diversas entidades da sociedade civil cascalense, entre as quais a ALA – Academia de Letras e Artes, a Associação de Moradores do Monte Estoril (AMME), o Movimento Cidadania Cascais, a Junta de Freguesia do Estoril e o Movimento Ser Cascais, deliberou recentemente, por unanimidade, ratificar o Projecto Integrado de Requalificação do Monte Estoril (PIRME), elaborado em 2002 pela AMME e, dessa maneira, responder ao repto público lançado pelo presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras, na sessão de lançamento do livro “Turismo do Estoril”. Regressar ao ambiente romântico que caracterizou o Monte Estoril no início do Séc. XX, com árvores e bancos, preservar o património e respeitar o passado do Monte Estoril é o que defendem aquelas entidades. Apresentam como projectos específicos a requalificação da Alameda Columbano – Jardim da Estação; da Rua e Escadinhas de Santa Cruz; do Jardim Carlos Anjos – Monte Estoril Centro; das Cocheiras do Monte – Avenida de S. Pedro; de requalificação do Cruzeiro – Estoril Praia –Mercado. Propõe também que a AMME seja uma parceira da Junta de Freguesia do Estoril e da Câmara Municipal de Cascais e funcione, no âmbito do Monte Estoril, como uma gestora de condomínios global em consonância com as administrações dos vários condomínios e com os restantes moradores. Segundo o projecto, a requalificação dos Estoris (troço compreendido entre Cascais e S. João do Estoril) implica, entre outros factores, que “seja impedida toda e qualquer construção nova, interditando a divisão dos lotes actualmente existentes; sejam tomadas medidas incentivadoras ao restauro de imóveis degradados e penalizadoras para os imóveis em estado de abandono; seja impedido todo e qualquer abate de árvores; se proceda a uma exaustiva classificação do património histórico, arquitectónico, paisagístico, ecológico, cultural e ambiental; se definam os princípios de uma política clara de recuperação, revitalização e requalificação do edificado e dos espaços existentes; se estabeleçam regras estritas de circulação automóvel e de estacionamento, tendo em conta o princípio da prioridade total ao peão; seja delineado um projecto integrado e coerente de arquitectura paisagística; sejam tomadas medidas tendentes a uma drástica diminuição dos fluxos de trânsito, de atravessamento e mesmo local”. A segurança pública é também uma das exigências invocadas pelas forças vivas. O documento que, agora, recebe a concordância das várias entidades foi assinado por uma comissão promotora de que fazem parte Alfredo Dias Valente de Carvalho, António Aguiar, Diogo Pacheco de Amorim, Jaime Roque de Pinho de Almeida (Lavradio), João Aníbal Henriques, Joaquim Cardoso Mendes, José Santos Fernandes, José Luís de Athayde, Luís Lupi Alves Caetano, Manuel Pinto Barbosa, Paulo Maia de Loureiro e Salvador Correia de Sá. Este documento já tinha sido entregue à Câmara de Cascais pela AMME em 2002. Confrontado com esta posição relativa à requalificação do Monte Estoril, o presidente da Câmara de Cascais revelou ao JR que está disponível para ouvir todas as propostas. “Já me reuni e tenho vindo a trabalhar com a AMME sobre a anulação do Plano de Pormenor do Hotel Miramar. Recentemente, a associação teve a amabilidade de me enviar um ‘e-mail’ onde solicitava uma reunião no âmbito da discussão do PDM. Terei, como já o manifestei em resposta, toda a disponibilidade para ouvir os moradores do Monte Estoril, algo que presumo possa acontecer até ao final da primeira quinzena de Janeiro", salienta Carlos Carreiras. "Terei todo o interesse em reunir com os moradores do Monte Estoril, bem como com todas as associações de defesa do bem comum, da qualidade de vida e das políticas de desenvolvimento do concelho”, concluiu o edil. Francisco Lourenço

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