quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Antigo submarino vai abrir ao público

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Barracuda ganha nova vida para atrair turismo. Autarquia e Marinha reforçam relação com o mar A cidade de Almada vai ser o centro das comemorações do Dia da Marinha em 2012. O anúncio foi feito pela presidente da Câmara de Almada no mesmo dia (7 de Dezembro) em que a vereação aprovou, por unanimidade, a instalação do antigo submarino Barracuda na doca 1 dos ex-estaleiros navais Parry & Son, junto à Fragata D. Fernando II e Glória. “Conjuntamente com o Farol de Cacilhas, estas duas peças são importantes motivos de atracção para o futuro núcleo museológico da Marinha”, afirma Maria Emília de Sousa. Um pólo que a presidente vê como um“forte” contributo para a projecção cultural do concelho. O ex-NRP Barracuda, entretanto abatido ao activo, deverá estar pronto para exposição ao público em Janeiro de 2013, mantendo todo o equipamento como se estivesse pronto para missões de navegação, recreado assim o mais fielmente possível a atmosfera que se vivia a bordo. Será uma oportunidade para os visitantes sentirem e conhecerem, em poucas horas, a diferença entre duas épocas da história naval portuguesa, uma vez que o antigo submarino, lançado à água em 1967, vai ficar ao lado daquela que foi a última nau do “Caminho da Índia” construída em 1843, actualmente fundeada na doca 2. Com o Barracuda disponível para musealização desde Agosto de 2011, diz a presidente da Câmara de Almada que houve um fácil entendimento entre a Marinha Portuguesa e a autarquia. Para a Marinha fica assegurada a presença e manutenção de um elemento da sua história e para o município, particularmente Cacilhas, ganha um importante motivo que vai ao encontro da “promoção turística do concelho”. Por outro lado, reforça a estratégia prevista para o futuro desta freguesia. Aliás, a curiosidade do público por submarinos “é reconhecida”, aponta Maria Emília de Sousa que, na apresentação da proposta à vereação, lembrou o exemplo da base naval de Keroman, França, onde foi carenado o submarino “Flore”, da classe do Barracuda, que “após 18 meses de exposição foi visitado por 100 mil pessoas”. Entretanto a carenagem do Barracuda obriga a obras de reparação na doca 1 que depois de vários anos sem uso “apresenta evidentes sinais de degradação”, uma operação da responsabilidade da autarquia com o apoio da Marinha. Vai ainda ser necessário diligenciar com a Transtejo a remoção de sucata no passadiço pedonal existente sobre a referida doca. O protocolo para que o Barracuda seja carenado em Cacilhas será assinado entre a Câmara de Almada e a Marinha Portuguesa, representada pelo chefe de Estado-Maior da Armada, almirante José Carlos Torrado Saldanha Lopes, no próximo dia 19 de Dezembro, às 12h30, no gabinete do chefe de Estado-Maior da Armada, no Terreiro do Paço, Lisboa. Humberto Lameiras

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