Parques de Sintra comparticipa o dispositivo de prevenção contra os fogos florestais
A empresa Parques de Sintra- Monte da Lua (PS-ML), que gere os parques históricos classificados como Património da Humanidade, vai comparticipar, em cerca de 50 mil euros, o reforço da vigilância contra os fogos florestais. Em colaboração com a Protecção Civil Municipal, a empresa vai financiar a presença em permanência de dois veículos de bombeiros na zona dos Capuchos, um de combate a incêndios e um autotanque táctico urbano/ rural, além de comparticipar no funcionamento dos postos de vigia da Pedra Amarela, Alcoitão e Nafarros, a cargo da GNR. Para o efeito, além da parceria com a força de segurança, foram celebrados protocolos, na passada quarta-feira, com as associações de bombeiros de Algueirão-Mem Martins, Almoçageme, Montelavar e São Pedro de Sintra, numa parceria que se estendia ainda a Colares e Sintra. Um esforço financeiro suportado pela PS-ML no âmbito da sua missão de preservação da Paisagem Cultural. "Depois de termos limpo as propriedades que gerimos, depois de termos adquirido algumas propriedades que estavam por limpar, acabámos por concluir que o grande risco, remanescente, é o da zona periférica, sobretudo a zona sul: Tapada do Saldanha, zona de baldios e alguns proprietários particulares", frisou António Lamas, presidente do conselho de administração da empresa, que, recorde-se, adquiriu em 2009 a Tapada das Roças e parte da Tapada do Saldanha em 2010, numa área de 160 hectares. Após uma avaliação com a Protecção Civil Municipal, a Parques de Sintra chegou à conclusão de que "era importante apoiar, por carência de recursos das entidades no terreno, a manutenção de vigilância em todas as torres de vigia da serra e, ao mesmo tempo, apoiar as corporações de bombeiros para estarem em permanência no terreno", revelou o responsável, tendo ainda presente na memória o incêndio que ameaçou a Paisagem Cultural em 2008. A empresa está a apoiar igualmente a permanência de equipas do Exército na Serra de Sintra, durante o período nocturno, através da cedência de um imóvel. António Lamas advertiu, ainda, para a necessidade de recuperação do caminho entre Santa Eufémia e a Estrada dos Capuchos, como alternativa ao atravessamento do Centro Histórico, e para a sensibilidade do património edificado. Nesse sentido, alertou para a obrigatoriedade de salvaguardar o Convento dos Capuchos, por exemplo, aquando do combate aéreo a fogos florestais na Serra de Sintra. Em 2008, lembrou António Lamas, "caiu um daqueles despejos de água a 50 metros do Convento do Capuchos" e, se fosse em cima da construção, poderia ter consequências gravosas no edificado. Como alternativa, "instalámos nos Capuchos, no Palácio de Monserrate e no Chalet da Condessa um sistema para minimizar o risco de incêndios nestes edifícios: aspersores colocados nas coberturas que, em situações de emergência, molham todos os telhados e zonas circundantes". A parceria agora estabelecida foi saudada pelo presidente da Câmara de Sintra, Fernando Seara. "O esforço municipal, da Parques de Sintra, da GNR, do Exército, e a disponibilidade permanente das diferentes associações de bombeiros, merece ser realçado", frisou o edil, para quem "este património, que é Paisagem Cultural da Humanidade, envolve e implica um esforço permanente". O autarca fez votos para que "todas as ignições sejam, como nos anos anteriores, eliminadas até aos 50 minutos, porque significa êxito na actuação, eficiência e excelência". Segundo Pedro Ernesto Nunes, comandante operacional municipal, este protocolo vai permitir "posicionar mais meios das corporações de bombeiros na Serra de Sintra para uma primeira intervenção", entre as 9h00 e as 20h00, reforçando o dispositivo já delineado. À semelhança de anos anteriores, a Serra de Sintra está, assim, sob vigilância 24 horas por dia, com o envolvimento de bombeiros e de outros agentes da Protecção Civil.
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