Investimento a rondar os três milhões de euros
Os SMAS de Sintra vão investir cerca de três milhões de euros, nos próximos três anos, na remodelação da rede de distribuição de água do Algueirão. As obras vão arrancar de imediato e prometem acabar com as constantes rupturas nas condutas de abastecimento, algumas com mais de quatro décadas. Além do núcleo central do Algueirão, a intervenção abrange os bairros da Coopalme e da Cavaleira, cujo reservatório vai ser reactivado para aumentar a pressão de água nos pisos mais altos. O auto de consignação da obra, que assinala o arranque dos trabalhos, decorreu na passada semana, nas instalações oficinais dos SMAS. Actualmente composta por 32 quilómetros, a rede passará a ter uma extensão de 52 km, sendo substituídas as condutas em fibrocimento, material já obsoleto, numa extensão de onze quilómetros. A intervenção vai resolver os problemas de "roturas frequentes e fugas de água, motivadas pelo desgaste das condutas, fraca pressão, mau funcionamento das válvulas de seccionamento e inadequação dos diâmetros das condutas ao volume dos consumos", frisou Cardoso Martins, administrador dos SMAS de Sintra. A remodelação da rede vai compreender, em muitas ruas, "a duplicação das condutas", no sentido de "evitar os custos com o arranque e reposição dos pavimentos para substituição dos ramais". As obras vão ter lugar, pelo prazo de 880 dias, numa zona delimitada a norte pela Rua Vasco da Gama, a sul pela linha férrea, a leste pela Avenida Capitães de Abril e a oeste pelos reservatórios apoiado e elevado da Cavaleira. Neste caso, este equipamento, que já esteve para ser demolido por se inserir na servidão da Base Aérea n.º 1, vai ser reactivado e resolver os problemas de pressão que se sentem em alguns imóveis da urbanização. Apesar da dimensão das obras, os SMAS vão procurar "evitar perturbações no abastecimento e, por outro lado, evitar ou minorar, sempre que possível, os incómodos dos trabalhos", acentuou Cardoso Martins. Para minimizar esses incómodos, aliás, a empreitada terá uma maior duração, no sentido do empreiteiro poder acautelar os problemas. "Fizemos um caderno de encargos com muito cuidado, em que o empreiteiro é obrigado a fazer a obra com muita calma. Não vai abrir buracos em todo o lado: faz uma rua, fecha, e depois é que vai para outra artéria", acentua Baptista Alves, presidente do conselho de administração dos SMAS de Sintra, que garante acompanhamento junto de moradores e comerciantes a alertar para a realização das obras. O presidente da Junta de Freguesia de Algueirão-Mem Martins, Manuel do Cabo, reconhece que esta intervenção vai trazer incómodos para a população, que podem mesmo levar a alterar, pontualmente, alguns sentidos de trânsito no núcleo central do Algueirão, mas acentua a importância das obras. "É uma obra de uma envergadura extraordinária, num sector tão importante como o abastecimento de água, um bem de primeira necessidade", sublinha o autarca, que destaca o trabalho dos SMAS que, na freguesia de Algueirão-Mem Martins, têm ainda em curso uma intervenção em Coutinho Afonso, que se estende à execução da rede de esgotos. "As obras trazem sempre incómodos. Tive o cuidado de falar com os responsáveis do empreiteiro, que me garantiram que vão ter o cuidado de minimizar esses incómodos", frisou Manuel do Cabo sobre o andamento dos trabalhos, que devem avançar no terreno no início do corrente mês.
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