quinta-feira, 28 de julho de 2011

FÉRIAS NA REGIÃO - Mafra

Reviver a época de Napoleão
Porque o Verão não é só praia, propomos que se faça à estrada, ainda que não tirando o litoral de vista, e descubra as nossas riquezas arqueológicas. Conhecer o património edificado por alturas das invasões napoleónicas é, aliás, a proposta da Câmara de Mafra que apresenta a “Rota Histórica das Linhas de Torres”. No Claustro Sul do Palácio Nacional de Mafra há um centro interpretativo, mas o projecto visa percorrer obras militares reconstruídas e recuperadas, não só no concelho de Mafra, como nos municípios de Arruda dos Vinhos, Loures, Sobral de Monte Agraço, Torres Vedras e Vila Franca de Xira, que se constituíram na Plataforma Intermunicipal para as Linhas de Torres. Em Mafra foi possível estruturar um conjunto de circuitos de visita, representativos dos 42 fortes existentes no território concelhio: o Circuito da Enxara, o primeiro inaugurado na Rota Histórica (2008), integrando os Fortes da Enxara e a Serra do Socorro; o Circuito da Carvoeira (2009), estruturado na notável obra do Forte do Zambujal, com uma arquitectura única nas Linhas; o Circuito de Mafra (2009-2011), com a valorização do Forte do Juncal e o Centro Interpretativo; e o Circuito da Malveira (2011), centrado no Forte da Feira (na foto). Neste último poderá visitar uma fortificação em plena área urbana, representativa do grande conjunto de obras militares que foram construídas junto da Malveira e Venda do Pinheiro, verdadeiro “Nó das Linhas”. Situa-se na “Rua do Forte”, junto ao Estádio das Seixas, e o acesso encontra- se devidamente indicado por sinalética rodoviária. O extenso trabalho de arqueologia aqui desenvolvido permitiu pôr a descoberto estruturas complexas completamente ocultas. Destaca-se o paiol, estrutura subterrânea que foi escavada e reconstituída, sendo exemplar único na rota das Linhas. Aproveite esta fuga até ao Oeste e deixe-se ficar para uma noite de teatro, com toda a certeza inesquecível. “Memorial do Convento” é uma peça feita a partir do livro homónimo do Nobel José Saramago. Como imponente Palácio Nacional a servir de cenário, o que só por si já causa muito impacto, o espectáculo centra-se nas personagens e seus conflitos determinados na construção do Convento, símbolo do poder institucional, político e religioso. Pelo quinto ano consecutivo, a peça toma conta do Convento no Verão e já conquistou mais de 60 mil espectadores. A adaptação dramatúrgica é de Filomena Oliveira e Miguel Real. Para ver no Convento de Mafra, aos sábados, dias 30 de Julho, e 6 de Agosto, em duas sessões, pelas 18h00 e 22h00. Bilhetes de 10 euros (por cada bilhete oferta de uma entrada no Museu do Ar, na Base Aérea n.º 1).

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