Utentes e autarcas não poupam críticas a decisão do Governo
O Governo vai reintroduzir o pagamento de portagens na Ponte 25 de Abril durante o mês de Agosto, mas nem a Câmara de Almada nem a Comissão de Utentes de Transportes da Margem Sul (CUTMS) estão de acordo com a decisão. Para o ministro da Economia e do Emprego, Álvaro Santos Pereira, pretende-se “fazer face às dificuldades financeiras que o país atravessa e aos compromissos de redução de despesa pública assumidos pelo Estado português”, mas autarquia e utentes falam em “injustiça”. É o prolongamento de “uma injustiça de todos os dias do ano”, comenta fonte do gabinete de imprensa da Câmara de Almada, através da agência Lusa. “O problema da travessia do Tejo vai muito para além do mês de Agosto. É uma injustiça de todos os dias do ano, que prejudica os cidadãos da Área Metropolitana de Lisboa (AML) e as suas actividades económicas”. Perante isto, “não se pode aceitar tamanha injustiça”. Aliás, para a autarquia a travessia da Ponte 25 de Abril devia funcionar como na Área Metropolitana do Porto, em que não existe portagem na ponte sobre o rio Douro. E o mesmo acontece com a travessia do Mondego (Coimbra) e Guadiana (Algarve). Com o Governo a entender que as poupanças do Estado têm de passar pela AML, falando mesmo em amealhar cerca de 48 milhões de euros até 2019, Luísa Ramos, porta-voz da CUTMS, não aceita que sejam os residentes de ambas as margens desta região a serem penalizados. “É uma injustiça”, afirma. Para a comissão os transportes públicos “não conseguem ser” uma verdadeira alternativa ao transporte particular, pelo que exige a “abolição permanente” das portagens na Ponte 25 de Abril.Acrescenta Luísa Ramos que esta decisão do Governo é ainda mais grave quando surge numa altura em que as dificuldades económicas das famílias são maiores. “Esta medida é para defender os interesses da Lusoponte e de outras empresas”, conclui.
quinta-feira, 14 de julho de 2011
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