Parques de Sintra abre ao público, no próximo Verão, novo pólo de visita no Parque da Pena
À semelhança do que sucedeu com o Chalet da Condessa, também a Abegoaria, em pleno Parque da Pena, vai renascer das cinzas. Neste caso, o imóvel vai integrar o novo pólo de visita da Quinta da Pena, que deverá abrir ao público no próximo Verão, assumindo-se como um edifício de apoio às actividades agrícolas e equestres. Situada no extremo do parque oposto ao palácio, entre os Lagos e o Chalet, a Quinta da Pena está a beneficiar de uma ampla intervenção de requalificação, com destaque para o edifício da Abegoaria, um conjunto de estufas e pequenos imóveis de apoio a actividades agrícolas. "À moda das quintas ornamentais, os edifícios eram desenhados de modo a ser aprazível passear e ver a quinta", realça António Lamas, presidente do conselho de administração da Parques de Sintra-Monte da Lua (PS-ML). Na próxima época estival, aQuinta da Pena vai recuperar a sua atractividade, ao justificar, por si só, uma visita àquela parcela do Parque da Pena e comuma entrada directa autónoma. "A Quinta da Pena vai aliar as funções de produção agrícola com o usufruto para o lazer, onde vai ser possível, por exemplo, observar pequenos animais", revela o responsável da PS-ML. "As estufas estão a ser restauradas, vai haver uma cafetaria, pequenas lojas e instalações sanitárias em alguns dos edifícios existentes", adianta António Lamas. Um dos pólos centrais da quinta é a Abegoaria,"um edifício extraordinário que está a ser recuperado e adaptado", que também ardeu, tal como sucedeu com o Chalet da Condessa. António Lamas recorda que a Abegoaria contava nas suas traseiras comum edifício, que serviu de apoio e alojamento para a formação do pessoal florestal, nos anos 50/60. "Era um edifício muito grande, desadequado daquele local e fizemos um projecto de demolição", salienta este responsável,comas novas utilizações a implicarem a construção de dois equipamentos nas traseiras do edifício da Abegoaria: "Um reservatório
contra incêndios, para aquela zona não voltar a ser alvo de chamas, e uma fiada de boxes para cavalos". No primeiro caso, o reservatório, enterrado, replica um investimento já realizado no Chalet da Condessa, "que tem em frente, também enterrado, um sofisticado depósito para acudir a qualquer incêndio". Em relação às boxes para cavalos, o espaço vai acolher os exemplares da raça Ardennais, de origem belga, que se encontram no Parque da Pena a realizar trabalhos de exploração e manutenção florestal. As boxes vão alojar, também, os cavalos que se enquadrem no roteiro de turismo equestre dinamizado pela Companhia das Lezírias e que, além dos parques históricos de Sintra, abrange a Tapada Nacional de Mafra. A Quinta da Pena vai, assim, aliar a produção agrícola ao lazer, um pouco à semelhança do que já ocorre na Quintinha de Monserrate, que recria uma exploração agrícola com áreas destinadas a diferentes tipos de plantações e animais. Com uma área de 2ha, situada na Tapada de Monserrate, a Quintinha permite a recriação de usos e costumes da região, através da utilização da antiga casa do caseiro. Além dos cercados para animais, como burros e ovinos, uma coelheira e um abrigo para aves de capoeira, o espaço está dotado, ainda, de zona de piquenique, anfiteatro ao ar livre, celeiro com alfaias agrícolas e abrigo para a produção de cogumelos. Uma verdadeira quinta pedagógica que, no próximo domingo, dia 29, a partir das 10h30, recebe a actividade "Pão, Coentros e Bicharada" em que os mais pequenos são convidados a confeccionar pão e a participar em jogos tradicionais. João Carlos Sebastião
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