Parque tecnológico avança com construção de edifício de escritórios e nova praça central
Duas décadas após a sua criação, o Taguspark integra o pouco numeroso conjunto de instituições que está a investir e a crescer quando a regra é encolher e esperar por melhores dias. Já em Março ou no mês seguinte, o Parque de Ciência e Tecnologia localizado em Porto Salvo vai iniciar a construção de um edifício ‘premium’ de escritórios que, juntamente com uma grande praça (10 000 m2), pretende gerar uma nova centralidade no seio dos 130 hectares ocupados pelo maior e mais antigo parque do género no país. O imóvel, com cerca de 6000 m2 e que deverá ficar pronto em Junho de 2013, está já arrendado, quase na sua totalidade, a uma multinacional da área farmacêutica. Quanto à praça que nascerá em frente, abarcando também o actual Núcleo Central, o objectivo é que seja um local de lazer, cultura e comércio, com muito espaço livre aprazível para cativar trabalhadores e estudantes instalados no Taguspark, mas também a população dos bairros vizinhos e do concelho, mesmo aos fins-de-semana. Sem esquecer a correspondente oferta em estacionamento, para o que surgirão dois pisos subterrâneos. A este projecto de maior envergadura junta-se a construção da residência de estudantes do Instituto Superior Técnico (100 camas numa 1.ª fase), correspondendo a mais 2,5 milhões de euros de investimento, obra cuja adjudicação estava prevista ocorrer no final de Fevereiro. No âmbito estratégico, assiste-se, por outro lado, ao relançamento da Incubadora de Empresas do Taguspark, com a entrada em funcionamento, em Janeiro, de novas instalações num edifício remodelado e equipado para o efeito, incluindo laboratórios. Uma aposta que se relaciona já com a decisão de remover um novo “cluster” – o da Biotecnologia, Saúde e Ciências da Vida – beneficiando da prevista transferência das formações nesta área do IST para as suas instalações no Taguspark (onde, aliás, o Instituto já montou um laboratório de células bioestaminais).Realce, ainda, para a possibilidade, bem encaminhada, de o Parque de Ciência e Tecnologia de Oeiras vir a acolher um hotel de uma cadeia internacional que está a lançar, em vários países, um conceito diferente, oferecendo uma espécie de cinco estrelas em requinte dentro de um três estrelas em termos de espaço e de preço. Muitas e boas razões, segundo Victor Calvete, presidente da comissão executiva do Taguspark, para olhar o horizonte numa perspectiva essencialmente positiva. “Eu diria que o Taguspark é um oásis no panorama actual do país, com uma série de investimentos que garantem o seu crescimento. Aqui continua a fazer-se futuro”, salienta aquele responsável, em declarações ao JR, fazendo questão de lembrar o papel do seu antecessor, o actual ministro da Educação e da Ciência, Nuno Crato: “Estava tudo em marcha quando eu aqui cheguei, há quatro meses”. Deste optimismo faz parte o balanço de 2011 em termos da ocupação dos espaços disponíveis. “No fim do ano passado havia uma taxa de ocupação na ordem dos 81%, com mais 1740 m2 ocupados do que no início do ano. Mesmo contando só as mudanças internas (empresas que diminuem e aumentam os espaços ocupados) o saldo é positivo em 692 metros quadrados”. Números que, ainda assim, não são, para Victor Calvete, o factor essencial para atestar o dinamismo do Taguspark, o qual se expressa melhor através das várias obras e ideias que se estão a concretizar “quando à nossa volta as incertezas e as cautelas inibem as acções”. Jorge A. Ferreira
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