Amadora lidera o ‘ranking’ dos grandes municípios com melhor gestão financeira
Pelo terceiro ano consecutivo a Câmara Municipal da Amadora (CMA) ocupa o primeiro lugar no ‘ranking’ global dos melhores municípios de grande dimensão em eficiência financeira. Para o presidente da autarquia, Joaquim Raposo, este é “um resultado do trabalho desenvolvido nos últimos anos que se deve a uma rigorosa gestão”, que tem por base o corte “na despesa e não no investimento”. “Este resultado deve-se ao rigor nas contas, só se gasta o que se tem”, sublinha o autarca, justificando assim os bons resultados da Amadora alcançados no Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses, referente às contas consolidadas de 2010, divulgado, na semana passada, pela Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas, com o patrocínio do Tribunal de Contas e do Centro de Investigação em Contabilidade e Fiscalidade. Numa altura em que os municípios defrontam fortes restrições orçamentais, “estes resultados alcançados pela Câmara têm ainda maior significado. Decorrem de uma política de gestão criteriosa de gestão de dinheiros públicos ao serviço do desenvolvimento e apoio de projectos e acções centrais para a prossecução da estratégia global de qualificação do quadro de vida das pessoas e das empresas que aqui trabalham e vivem”, refere a autarquia em comunicado. Mas, apesar das boas contas da Câmara Municipal, esta vê-se impedida de contrair um empréstimo “para conseguir cumprir os compromissos assumidos pelo Estado, nomeadamente para resolver as questões da habitação”, lamenta o autarca que apontando o dedo ao Governo. Raposo considera mesmo que “os municípios que cumprem são penalizados”, tendo em conta que, neste momento, a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) conseguiu negociar uma linha de crédito para que as autarquias com dívidas a fornecedores possam fazer os respectivos pagamentos.“É injusto que os municípios que não cumprem possam contrair empréstimo, mas os que não têm dívidas continuam impedidos de o fazer”, reafirma o autarca. Apesar da posição da Amadora garantir um lugar “confortável”, caso a autarquia necessite de “recorrer a crédito bancário”, considera o autarca. Alcançar estes resultados pelo terceiro ano consecutivo, é para Joaquim Raposo “motivo de orgulho”, mas só é possível graças ao “corte na despesa”. O município, ainda assim, vai continuar a apostar na área da coesão e inclusão social e, simultaneamente, na inovação e da modernidade. Para chegar a estes resultados, há já alguns anos, por exemplo, os vereadores da CMA não têm direito a cartão de crédito e cada um deles tem apenas um adjunto. Milene Matos Silva
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
Também com um concelho minúsculo com uma enorem densidade de população, construção e comércio, só podia. Muita receita, despesa muito inferior aos concelhos maiores como Sintra por exemplo. Não fazem nada de mais.
Enviar um comentário