segunda-feira, 5 de março de 2012

CACILHAS Obras recomeçam dia 12

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PS exige compensações para o comércio da Rua Cândido dos Reis As obras de requalificação e pedonalização da Rua Cândido dos Reis, em Cacilhas, deverão ser retomadas a “12 de Março”, afirma a vereadora Amélia Pardal, responsável pela Administração do Território e Obras, mas os partidos da oposição ao executivo camarário consideram que este tem de “criar um mecanismo de compensação para o comércio local” nesta artéria. As obras deveriam estar concluídas em Dezembro do ano passado, mas a falência do empreiteiro obrigou a que os vários partidos representados na vereação se entendessem para dar continuidade aos trabalhos com a adjudicação a outra empresa. A previsão agora é que as obras terminem no Verão deste ano. Mas para os socialistas “não basta resolver o problema da obra” e exigem que a Câmara tome medidas, particularmente para a restauração sob pena de terminada a obra “termos uma rua falida”. A deliberação apresentada na última Assembleia Municipal pela socialista Odete Alexandre foi acompanhada dos votos a favor do PSD, CDS e BE, mas acabou por ser chumbada pela CDU, com o voto de qualidade do presidente deste órgão. O documento acusa ainda a Câmara de saber, em Agosto de 2011, existirem “dificuldades de execução da empreitada” e não o reflectir no Boletim Municipal. Mais, aponta que o mesmo órgão de informação, quando a Câmara “sabia dos atrasos imputáveis ao empreiteiro”, referiu em Outubro e Janeiro de 2012: “A obra estar a decorrer com toda a normalidade”. Para o PS a informação transmitida aos cidadãos ao longo de 2011 “foi incorrecta e gerou uma expectativa de normalidade”. Tratou-se por isso de um “embuste”. E com isto justifica a necessidade da Câmara criar um mecanismo municipal de compensação ao comércio local “prejudicado com o atraso das obras”, “cuja expectativa foi criada por sucessivas informações incorrectas”, o que os “levou a planear a sua actividade com um pressuposto que hoje se confirma errado”. Ao mesmo tempo que “repudia” a acusação de “embuste”, a presidente da Câmara de Almada, Maria Emília de Sousa, garantiu que o Boletim Municipal “deu todos os detalhes sobre a obra”. E o mesmo confirmou a vereadora Amélia Pardal que, especificando datas de reuniões com os residentes e comerciantes, garantiu que quando a Câmara soube que a obra ia parar deu-lhes conhecimento. “Consideramos que este processo teve um acompanhamento exemplar”, acrescentou. Entretanto o PSD, através do deputado municipal Miguel Salvado manifestou o desejo de que a pedonalização da Rua Cândido dos Reis não tenha o mesmo destino que o Centro de Almada, e considera que não está a ser devidamente acautelado o estacionamento em Cacilhas. “Quando o morro for urbanizado e a Câmara construir um parque urbano na zona da Parry & Son, o espaço de estacionamento restante não vai ser suficiente”. E questionava: “Quem vai à Rua Cândido dos Reis se não tiver onde estacionar”. E a seguir ouviu Maria Emília de Sousa lamentar que “quem está de acordo com o aumento do IVA esteja tão preocupado com o comércio local”. Humberto Lameiras

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