quinta-feira, 15 de março de 2012

OEIRAS 'A nossa aposta é o turismo de negócios'

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Mais e melhor oferta para rentabilizar deslocações empresariais ou académicas a Oeiras Duas novas marinas (uma de iniciativa camarária e outra privada), vários novos hotéis (dois em construção e sete em estudo), a 3.ª fase do Passeio Marítimo, a 2.ª fase do Parque dos Poetas, os percursos pedonais e cicláveis nas margens das ribeiras, o Cabanas Golfe, o reforço da oferta cultural e, claro, a conclusão do famigerado Centro de Congressos, Feiras e Exposições… Estes são os principais argumentos com que Oeiras pretende aumentar a sua atractividade turística. Depois de uma análise aos factores diferenciadores em relação aos concelhos vizinhos, e numa lógica de complementaridade, o vice-presidente da Câmara, Paulo Vistas, não tem dúvidas quanto ao enfoque estratégico: “A nossa aposta é o turismo de negócios”, sustenta. “Independentemente de, nos últimos anos, termos já registado uma evolução muito positiva, esta área tem, ainda, um grande potencial de crescimento, seja em número de turistas, gasto médio ou tempo de permanência”, revela aquele responsável, em entrevista ao JR. Para concretizar os objectivos neste sector, o vereador do Turismo advoga mais diversidade e qualidade na oferta turística para quem vem a Oeiras no âmbito das actividades empresariais ou académicas que o concelho acolhe, mormente nos seus parques tecnológicos e empresariais. “Uma intervenção transversal que permita responder às variadas necessidades das pessoas que trabalham nessas empresas e instituições”, especifica o vereador do Turismo, propondo, sem rodeios: “Temos de ser mais fortes naquilo que os outros não têm”. Ora, se Cascais brilha pelas suas praias e pelo casino, Sintra tem trunfos insuperáveis a nível do património natural e histórico, e se Lisboa é um íman poderoso devido à própria condição de capital, deverá Oeiras explorar de forma incisiva o seu filão mais óbvio, aquele que as estatísticas destacam desde há vários anos: "As maiores empresas de tecnologias de informação e comunicação do país estão em Oeiras e mais de 10% das maiores empresas têm a sua sede no concelho, o qual foi considerado recentemente o melhor para trabalhar em Portugal”, recorda Paulo Vistas. Sem esquecer o vasto conjunto de instituições de investigação científica e universitárias que são, também elas, focos de disseminação do saber e de atracção de novos capitais humanos e financeiros. Um manancial cuja expressão turística urge potenciar, agora mais do que nunca. Por ser uma resposta possível à crise e independentemente da mesma. Paradoxal? Talvez não… “Qual o país da Europa que tem um clima como este?Ea gastronomia? Se juntarmos mais e melhores condições para recebermos os turistas, nomeadamente os que se deslocam a Oeiras em negócios ou actividades académicas, com mais hotéis, mais lazer, mais oferta cultural, teremos tudo para sermos ainda mais bem-sucedidos”, antevê Paulo Vistas. É que, “apesar da recessão económica, os nossos centros empresariais e tecnológicos e de investigação continuarão em actividade, a promover encontros e eventos, a receber inúmeros especialistas…”. Razão pela qual, o Centro de Congressos, Exposições e Feiras, malparado na Quinta da Fonte por falha de financiamento por parte dos parceiros privados, “é muito urgente, pois poderá gerar uma grande dinâmica neste segmento, sobretudo quando tivermos outras infra-estruturas turísticas concluídas, também, gerando os benefícios próprios dessa complementaridade”. A finalizar, o autarca ressalva um aspecto basilar, “a que nem sempre se tem dado o devido valor”, que é a segurança pública. “Para o turismo em geral, para o de negócios em particular, é essencial que haja um clima de segurança. E é um facto que Oeiras, desde há vários anos, projecta um sentimento positivo nesta área, muito mais do que qualquer outro concelho vizinho. Isso acontece graças à sua coesão social, que é essencial para cativar, ou pelo menos para não afastar, os turistas”, frisa Paulo Vistas, acrescentando que “paralelamente, o turismo é importante para criar emprego e riqueza, ajudando, assim, a reforçar a própria coesão social”. O que, numa altura de crise, não é coisa pouca. Jorge A. Ferreira

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