quinta-feira, 15 de março de 2012

CACILHAS Falências na Cândido dos Reis

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Socialistas insistem no apoio ao comércio de Cacilhas Desde o início das obras de requalificação da Rua Cândido dos Reis, em Cacilhas, “já encerraram cerca de uma dezena de lojas”, entre estas “três restaurantes”, afirma o socialista Manuel Baptista, elemento da Assembleia de Freguesia local e da Assembleia Municipal de Almada. Estes números foram apurados no terreno em recente visita organizada pelo PS de Almada. “Os comerciantes estão muito preocupados”, afirma. Os socialistas continuam a apontar o dedo à gestão da Câmara de Almada por não ter tomado medidas quando “em Agosto do ano passado soube” que as obras nesta rua iam derrapar no tempo – deveriam ter terminado em Dezembro de 2011 – e insistem que a Câmara avance com um mecanismo de compensação para o comércio local em Cacilhas. Aliás, como o Jornal da Região noticiou na última edição, esta matéria foi apresentada pelo grupo parlamentar do PS na Assembleia Municipal de Fevereiro e foi chumbada com os votos da CDU. Manuel Baptista esclarece que este mecanismo de compensação para os comerciantes “para minimizar a perda de negócio durante as obras pode não ser monetário, mas sim ao nível da isenção de taxas”. Sobre este plano acrescenta que a Junta de Freguesia de Cacilhas durante este período “deixou de cobrar taxa pelas esplanadas”, mas também diz que esta operação “não teve qualquer efeito porque com a rua em obras não podiam montar esplanadas”. Entretanto a nova empresa que vai retomar as obras de requalificação e pedonalização desta artéria da cidade, uma das mais povoadas com restauração, já montou o estaleiro mas “as obras ainda não começaram”, refere o socialista lembrando que se tudo correr agora como o planeado “só deverão estar concluídas no Verão”. O problema é que “muitos dos proprietários da restauração afirmam que não têm capacidade financeira para resistirem até lá”, a iminência “é fecharem”. Mesmo os que resistirem receiam que a pedonalização da rua não venha ajudar ao negócio. Do que ouviu dos proprietários, Manuel Baptista conta que uma boa parte da facturação destes “é ao almoço durante a semana” e com a rua sem trânsito e o estacionamento “relativamente afastado, as pessoas optam por outros lados”. A hipótese é recuperarem negócio ao fim-de-semana, mas “os comerciantes não acreditam que seja suficiente”. Mas para já “é preciso compensar a quebra do negócio por causa das obras”, afirma o socialista que revela existir um grupo dentro do partido a estudar “medidas específicas” sobre esta matéria. “A Câmara de Almada não avança com qualquer medida, mas o PS não vai ficar parado”, garante. Humberto Lameiras

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