Município vai avançar com infra-estrutura em Paço de Arcos e privados na Cruz Quebrada
Apesar da crise, o negócio das marinas vai de vento em popa. Sinal disso mesmo é a constante lista de espera no Porto de Recreio de Oeiras que, ano após ano, mostra resultados muito positivos emotiva os dirigentes da autarquia a promoverem mais locais de atracação. Essa é, de facto, a intenção da Câmara de Oeiras, que projecta construir, por sua iniciativa, uma nova marina, que será consideravelmente maior do que a actual, localizada em Paço de Arcos (quase em frente ao Palácio dos Arcos). “Estamos a elaborar estudos preliminares, em conjunto com a APL”, dá conta Paulo Vistas. Mas há mais: de responsabilidade privada, uma outra estrutura semelhante deverá nascer na zona da Cruz Quebrada (junto das antigas fábricas, abandonadas, da Lusalite e dos Fermentos Holandeses), no âmbito do empreendimento Porto Cruz, do Grupo SIL, que prevê a construção de vários espaços de serviços, escritórios e comércio naquela área. Uma intenção cuja concretização está dependente, no entanto, de aprovação por parte da Administração Central. “Oeiras tem uma enorme potencialidade também na área do turismo náutico, por força da sua frente ribeirinha, local de passagem de muitos barcos em viagem transatlântica ou para o Mediterrâneo”, destaca o vice-presidente,acrescentando: “É um tipo de turismo de elevado poder de compra, que gera muito valor do ponto de vista económico”. A propósito, a autarquia prepara-se para aproveitar a onda de promoção que se está a formar com a chegada a Lisboa de uma das etapas da famosa Volvo Ocean Race, no próximo dia 31 de Maio, um evento com a João Lagos Sports ao leme. Aquela que é considerada a maior competição de vela do mundo atracará em Pedrouços, concretamente nas antigas instalações da Docapesca. Mesmo ao lado, já em território oeirense, situa-se o Centro Náutico de Algés (uma concessão pública recente) que está preparado para acolher embarcações para reparação. A seguir, há um restaurante mexicano, depois o aterro onde costuma realizar-se o festival Optimus Alive, e à frente todo um concelho para descobrir a pé ou até de barco... Por agora só o Porto de Recreio de Oeiras tem beneficiado desta vertente turística e de lazer. Os números de 2011 falam por si: uma taxa de ocupação de cerca de 90% estabilizada, cerca de 480 mil visitantes por terra (a confluência com o Passeio Marítimo ajuda a explicar a cifra), 806 embarcações passantes, e um número de pernoitas na ordem de 3650. O balanço entre custos e proveitos reflecte-se em 796 mil euros e 1,26 milhões de euros, respectivamente. Valores que, ainda assim, revelam uma ligeira retracção face a 2010. Em termos de projectos futuros, José Manuel Constantino lembra o projecto, apresentado à Câmara, de criar uma espécie de ginásio ao ar livre na área do Porto de Recreio (a replicar no Passeio Marítimo...), com aparelhos de ‘fitness’ de características intergeracionais. Mas também a necessidade de continuar a promover um conjunto de actividades que possam ser atractivas em terra e mar, sejam as competições náuticas, a recreação de lazer (a pesca ou mergulho), uma maior abertura a organizações desportivas e associativas, para além do uso como espaço de treino e estágio para profissionais de alta competição... Jorge A. Ferreira
quinta-feira, 15 de março de 2012
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