Mais fácil e agradável aceder ao Jamor
A obra de reordenamento viário da zona Sul do Complexo Desportivo do Jamor, entre aAvenida Pierre de Coubertin e a Cruz Quebrada, foi inaugurada no passado dia 21. A empreitada, que visou melhorar a fluidez do tráfego e tornar a circulação viária neste troço mais segura, acabou por demorar bastante mais tempo do que o prazo previsto devido a imprevistos ao nível do subsolo. A reperfilagem daquela avenida, incluindo a construção e o arranjo paisagístico de uma nova rotunda, a criação de uma zona de estacionamento frente do edifício da piscina e a implementação de um separador central arborizado, para além da reformulação dos passeios e das redes pluvial, eléctrica e de telecomunicações, orçaram em quase 480 mil euros. O presidente da Câmara de Oeiras salientou a importância da obra, lembrando que a mesma vem beneficiar as freguesias da zona no acesso àquela estrutura desportiva, para além de melhorar a imagem do Jamor numa das suas entradas principais. Mas Isaltino Morais fez notar, igualmente, que esta é uma despesa que incumbia ao Estado e que o Município só tomou a iniciativa porque a mesma data de “um tempo em que ainda não havia sido violado o contrato social existente entre a Administração Central e a Local e que levava a que Oeiras se adiantasse ao Estado em várias obras”. Uma época que, entretanto, ‘acabou’, quando freguesias e municípios foram “transformados em bodes expiatórios da dívida do país”. Ainda assim, o autarca não quis deixar de apontar, em registo conciliatório, que o projecto ora inaugurado também pode ser visto como “uma demonstração de que se o Estado e o Município se entendessem melhor para potenciar as virtudes deste espaço os cidadãos de Oeiras e de toda a área de Lisboa teriam a ganhar”, não escondendo que “desde sempre a Câmara de Oeiras teve aspirações a ter mais competências” na gestão do Complexo do Jamor. Todavia, “sucedem-se Governos que parecem ter boa-vontade,mas depois parecem tratar isto como a quinta deles e para tomarem qualquer decisão é muito complicado”, lamentou. O presidente da Câmara afirmou esperar, ainda, que não se repita “a duplicação, até triplicação de equipamentos e infra-estruturas, num e noutro sítio, quando, afinal, temos aqui o Complexo do Jamor”, apto para acolher um conjunto de actividades ligadas ao desporto “que é aqui que devem ser desenvolvidas, como o ténis, o golfe, mas também a Casa das Selecções". E não esqueceu de citar o exemplo dos novos estádios de futebol fechados “enquanto o Estádio Nacional, o primeiro que deveria ser requalificado”, continua à espera. Jorge A. Ferreira
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