quinta-feira, 3 de maio de 2012

AMADORA Apoios tardam em chegar


Associação Amigos da Damaia à espera da Segurança Social e da Câmara da Amadora

Fundada há 38 anos, a Associação dos Amigos da Damaia presta apoio a cerca de 400 crianças que ali dispõem de várias valências e actividades, desde as modalidades desportivas, berçário ou ocupação de tempos livres. Porém, a instituição aguarda há muito pela concretização de um apoio do Estado através da celebração de um acordo com a Segurança Social que teima em não avançar. De acordo com o presidente, Vítor Ferreira, “as excelentes instalações poderiam apoiar ainda mais famílias e mais projectos, não fosse esta situação de impasse”. A Associação dos Amigos da Damaia luta pelo apoio da Segurança Social para que as famílias cujos filhos estejam ao cuidado da instituição possam beneficiar de maiores descontos no pagamento das mensalidades nas valências de creche  ou ATL. Mas, esta luta ganhou uma maior dimensão com a construção da nova sede da instituição, em 2008. "Temos uma cozinha industrial com óptimas condições e sabendo que a população da Damaia, muito envelhecida, passa dificuldades temos todo o interesse em cozinhar refeições para estas pessoas, mas nunca nos foi dada essa oportunidade”, lamenta o responsável. A concretizar-se, o acordo com a Segurança Social no que
toca ao apoio para berçário, creche e ATL, valências frequentadas por quase 200 crianças, aliviará as mensalidades cobradas aos pais, mas servirá sobretudo para que “a instituição possa avançar com outros projectos”, refere Vítor Ferreira. O responsável acusa ainda a falta de apoio da autarquia: “Temos tido falta de apoio da Câmara Municipal da Amadora no que toca a esta matéria, mas também ao projecto de apoio domiciliário a que a associação se tem vindo a candidatar, sucessivamente”. “Até agora não obtivemos qualquer resposta por parte da autarquia, temos uma cozinha equipada que poderia confeccionar as refeições para a população idosa desfavorecida, mas necessitamos do apoio municipal, pelo menos, para a aquisição de uma carrinha de transporte”, acrescenta. Vítor Ferreira lembra ainda que “devido à crise económica temos tido muitas famílias com dificuldades a pagar as mensalidades e chegámos a ter um caso de desistência”. Situações a que a instituição não pode ficar alheia, mas que se tornam cada vez mais difíceis de ultrapassar. “Vivemos apenas das mensalidades dos pais e das cotas dos nossos cerca de 950 associados”, acrescenta Vítor Ferreira. A funcionar no edifício cedido pela autarquia que foi construído em 2008 ao abrigo de um programa comunitário, a associação espera voltar a renovar o contrato de cedência no próximo ano.  

Milene Matos Silva

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