quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Centro Comunitário amplia instalações

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Paróquia de Carcavelos dispõe de berçário e creche com capacidade para mais de 60 crianças O ministro da Solidariedade e Segurança Social, Pedro Mota Soares, inaugurou as novas instalações do Centro Comunitário da Paróquia de Carcavelos, que acolhem uma creche projectada para 66 crianças, mas com possibilidade de receber 82 utentes. A cerimónia decorreu no passado sábado e teve a bênção do cardeal-patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, e a presença do presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras. A construção do novo edifício implicou um investimento de dois milhões e 113 mil euros e contou com o apoio da Câmara de Cascais na ordem de um milhão e 350 mil euros. A nova construção contempla um berçário, com capacidade para 16 bebés a partir dos quatro meses, e uma creche para 50 crianças. Pretende-se que a creche funcione de forma a facilitar a conciliação da vida familiar com a vida profissional e, neste sentido, funcionará durante todo o ano sem interrupção, incluindo o mês de Agosto, num horário que vai das 7h45 às 19h00. Esta nova valência implica um aumento do quadro de pessoal que passa a integrar mais 12 pessoas. As instalações contemplam ainda uma oficina de artesanato com capacidade para 10 jovens com dificuldades de integração no mercado laboral, duas salas do Espaço ABC– 'aprender, brincar e crescer', uma com capacidade para 25 crianças do 1.º ciclo e outra para 25 adolescentes do 2.º ciclo. E ainda duas salas de ateliês com capacidade para um total de 50 pessoas. No piso 0, as novas instalações têm condições para um serviço de refeições que pode chegar às 400 diárias, o que vem possibilitar alargar este serviço ao domicílio.O piso -1 será destinado aos equipamentos técnicos. Funcionará, ainda, o Banco Alimentar com capacidade para apoiar 90 famílias carenciadas e o apoio à toxicodependência com o programa“Esperança Renovar” com capacidade para 40 toxicodependentes sem abrigo. Haverá ainda serviço de lavandaria para os clientes do apoio domiciliário e que estará aberta à comunidade com preços mais acessíveis para os seniores com menos rendimentos. Conceição Fernando, directora do Centro Comunitário de Carcavelos, disse ao JR que “agora é que é o grande desafio: pôr isto a funcionar”. A responsável não escondeu que “finalmente podemos respirar. É muito bom poder juntar aqui todos os amigos que nos deram força para prosseguir esta obra, que nasceu numa altura de crise”. “Além da Câmara que nos deu uma ajuda fundamental, em termos de equipamento contámos com o apoio da EDP – Central do Carregado (através da cedência de grande parte do equipamento de cozinha), da Brisa, da Associação D. Pedro V e do Rotary Club Parede- Carcavelos também com apoio financeiro para este equipamento”, salientou Conceição Fernando. Segundo o presidente da direcção do Centro Comunitário, padre Manuel Marques Gonçalves, “a creche para 66 crianças (dos três meses aos quatro anos de idade) poderá alargar a sua actividade para 82 crianças se se justificar”. Ao ministro da Solidariedade, o padre Manuel Gonçalves pediu “estreita colaboração com as instituições”, adiantando que “falta ainda bastante equipamento que irá ser adquirido num investimento de 2400 euros”. O presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras, salientou a importância das novas instalações. “Hoje, estamos na última pedra, mas a ambição das gentes de Carcavelos é maior, por isso estamos a meio de um caminho”. Carlos Carreiras frisou que “entre a primeira pedra (lançada em Maio de 2009) e a última pedra há muitas pedras que se foram construindo, mas há pedras com muita ansiedade e com muitas dúvidas. Estes são tempos em que não podemos deixar nenhum de nós para trás. O dinheiro que se colocou aqui não é meu, é vosso, é dos contribuintes e a nós só nos cabe redistribuí-lo. Por isso, essas pedras foram constantes”. Fazendo uma “referência especial” a António Capucho, “que assistiu ao nascimento desta obra”, o ministro da Solidariedade e Segurança Social iniciou o seu discurso a alertar para a necessidade de “o Estado adoptar uma missão solidária”. “Se por um lado não abdicamos nunca das nossas responsabilidades e de melhorar os sistemas sociais e assegurar a sua sustentabilidade, por outro temos que ter a humildade de pedir ajuda junto daqueles que nasceram para ajudar, como as Instituições Particulares de Solidariedade Social, as misericórdias e as mutualidades”. Sobre as novas instalações do centro comunitário, Pedro Mota Soares realçou que “este centro poderá, se assim o entender, aumentar a capacidade de resposta. Onde hoje estão 60 crianças poderão estar mais algumas, pois há condições e capacidade para isso. Podem estar cerca de 80 ”. Segundo o ministro, “desburocratizando, facilitando, sem nunca hipotecar parâmetros de qualidade e segurança a que nos habituámos, estaremos a responder às necessidades do país”.

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