Parque Natural de Sintra-Cascais vai dispor de vários equipamentos de apoio aos visitantes
As dunas da Cresmina, património natural que esteve sempre longe do olhar de quem passa no Guincho, vão passar a ser redescobertas com o futuro Núcleo Interpretativo Ambiental, que irá abrir em breve com exposições e aplicações multimédia, complementado por percursos (passadiços em madeira) sobre aquele areal. O novo equipamento, que irá ser inaugurado até ao Verão, será uma nova forma de redescobrir as dunas da Cresmina e insere-se num projecto da Câmara de Cascais, através da Cascais Natura, co-financiado pelo FEDER ao abrigo do Programa Operacional Regional de Lisboa que apoia a Gestão Activa de Espaços Protegidos e Classificados, em articulação com o PIT – Programa de Intervenção Turístico. Está integrado numa candidatura QREN e PIT-Turismo de Portugal, cujo valor total é de 3,6 milhões de euros. O JR acompanhou o vice- presidente da Câmara de Cascais, Miguel Pinto Luz, numa visita à Cresmina e o autarca explicou o que vai ser o futuro Núcleo de Interpretação Ambiental: “Este espaço de visitação irá permitir a interpretação deste sistema dunar em particular, com painéis interpretativos, mapas, uma aplicação multimédia e um miradouro virtual para perscrutarmos o horizonte e interpretar a paisagem que rodeia o núcleo. Vai permitir ainda o desenvolvimento de percursos de interpretação guiados ou com guia digital para interpretação do sistema, bem como o aluguer de bicicletas e ‘segways’ para um passeio de exploração pelo Parque Natural de Sintra-Cascais”. O novo equipamento vai dispor, ainda, de “uma cafetaria para apoio aos visitantes, cujo concurso de concessão está neste momento a decorrer e que deverá abrir na mesma altura que o núcleo”. Ainda sem data de abertura, Miguel Pinto Luz adianta que tal acontecerá em breve, já que “estão a ser finalizados os conteúdos de exposição e pretende-se ter o espaço aberto até ao Verão”, ocasião em que estará também concluído o estacionamento na praia da Cresmina: “A requalificação do estacionamento da praia da Cresmina está prevista estar concluída até ao início da próxima época balnear”, garantiu o autarca. Para além das dunas da Cresmina, outros núcleos interpretativos vão nascer no litoral do Abano e da Biscaia. Miguel Pinto Luz explicou que “a construção do Núcleo do Abano está inserida no âmbito da recuperação do Forte do Abano, não sendo possível adiantar, para já, data para a sua execução. Este espaço pretende interpretar a componente geológica e da flora de grande valor e raridade no troço entre as praias do Abano e da Grota”. Sobre o Núcleo Interpretativo da Biscaia, “está, para já, suspenso.Não foi possível chegar a acordo com o proprietário da propriedade onde se pretendia instalar o mesmo. Trata-se de uma antiga pedreira que se previa transformar em observatório de aves, numa lagoa de descanso e alimentação para aves aquáticas e migratórias que passam pela nossa costa em direcção ao Norte de África”, revelou o vice-presidente. A Serra de Sintra também vai ter núcleos de interpretação ambiental na Peninha e na Quinta do Pisão. O autarca revela que “na Peninha, o centro está já a ser criado em parceria com o Parque Natural, através de uma intervenção integrada na estratégia de visitação do parque. Este espaço irá contemplar um centro de interpretação sobre o património existente, e toda a fauna e flora associadas aos ‘habitats’ existentes de influência atlântica. Terá também uma cafetaria de apoio, e uma casa-abrigo para permitir a pernoita de visitantes”. Na Quinta do Pisão, vai ser criado um Centro de Interpretação e Recepção a Visitantes, bem como outros núcleos museológicos associados aos vários valores existentes. “Esta intervenção está prevista para breve e tem por base a recuperação do edificado existente na quinta. Com 480 hectares, esta quinta tem uma grande capacidade para receber visitantes e amantes da Natureza, onde através dos percursos existentes ou organizados (caso dos roteiros culturais) é possível interpretar a paisagem rural e a sua importância para determinadas espécies e ‘habitats’ existentes na quinta”, realça Miguel Pinto Luz. Francisco Lourenço
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