Louçã visita unidade de Carnaxide
Velho e desadequado em construção de mobilidade, mas com uma equipa de médicos, enfermeiros e administrativos que tem permitido “ultrapassar todas as metas e indicadores”. Assim é o Centro de Saúde de Carnaxide, nas palavras com que Vítor Cardoso, director-executivo do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) de Oeiras, recebeu o líder do Bloco de Esquerda, no passado dia 17. Acompanhado por João Semedo, deputado à Assembleia da República, e por Miguel Pinto, deputado municipal em Oeiras, Francisco Louçã mostrou-se solidário com o antigo anseio de um novo centro de saúde, que até tem terreno e projectos disponibilizados pela autarquia, faltando apenas a luz verde do Ministério das Finanças. “Os profissionais não aguentam o sufoco de trabalharem nestas condições”, salientou Vítor Cardoso, adiantando que “a obra foi retirada no ano passado, mas este ano está outra vez em cima da mesa”. “Já cá vieram os técnicos e comprovaram que é muito importante haver um novo centro de saúde em Carnaxide”, acrescentou, concluindo: “Com este investimento, mais o que se prevê para Barcarena, ficam resolvidos os problemas de saúde no concelho”. Mesmo assim, na Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados de Carnaxide (UCSP), que atende quase 20 mil utentes, os progressos têm sido muito significativos, salientou aquele responsável, mencionando a passagem do número de utentes sem médico de família de 15 mil para sete mil ou o fim das filas de madrugada. Entretanto, já se prepara ali a formação de uma nova Unidade de Saúde Familiar que funcionará no futuro edifício a par da UCSP. Está, ainda, na forja o lançamento de programas para segmentos específicos da população, além de uma parceria com as juntas de freguesia do concelho. Um dinamismo, apesar dos cortes no investimento público, que Francisco Louçã anotou para concluir: “Em todo o lado o que nós temos é um Serviço Nacional de Saúde esforçado de médicos, enfermeiras, trabalhadores, gente que se dedica à saúde neste país”. O líder do BE acusou o Governo de “desperdiçar” recursos em parcerias público-privadas na saúde e de dar o “sinal contrário” nesta área: “Se há uma boa maternidade vamos fechá-la; se há um SNS competente, vamos torná-lo mais caro e favorecer a desigualdade de uns poderem ter medicina privada e outros terem que ter uma medicina empobrecida”.
Jorge A. Ferreira
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