Câmara justifica corte com o aumento do IVA, PSD contesta medida
Almada reduziu o número de horas de iluminação pública e a decisão está a motivar controvérsia entre a população e autarcas. Para além da iluminação ser ligada mais tarde, é também desligada por volta das 6 horas, ou seja ainda durante a noite. Para a autarquia esta é uma medida para fazer frente ao “brutal aumento” que a factura energética sofreu, através da passagem do IVA para a taxa máxima, justifica a presidente da Câmara. Mas os deputados do PSD na Assembleia Municipal acreditam noutras explicações e levaram-nas à discussão na última sessão deste órgão, com a mesma a ser chumbada pela CDU. Para o PSD, a falta de iluminação em Almada, para além de provocar insegurança nos cidadãos também incentiva o aumento de assaltos, mas o problema pode ser resolvido com uma melhor “manutenção da iluminação pública” por parte da EDP, cabendo à autarquia almadense exigir que esse trabalho seja efectuado. A moção apresentada pelo deputado António Salgueiro refere que o trabalho de manutenção desta rede “não segue um critério uniforme” existindo uma maior falha “sobretudo em espaços urbanos já de si bastante degradados”. Perante isto, os social-democratas pretendiam que a Câmara de Almada imponha a renegociação do contrato com a EDP e a revisão do horário de funcionamento da iluminação pública. Mas entretanto o deputado socialista José Joaquim Leitão lembrava que para melhorar a segurança “é importante uma boa iluminação pública”, mas também “é importante o reforço das forças de segurança”. Talvez um recado para os deputados do PSD ajudarem a lembrar o Governo que há muito que o concelho de Almada exige umr eforço do efectivo policial. Mas dar mais luz às ruas do concelho não parece ser matéria fácil de resolver. É que, para além do inflacionamento que a subida do IVA teve nas facturas da EDP e gás, há ainda o problema dos contratos entre as autarquias e a EDP, que as obrigam por 25 anos, lembra a presidente da Câmara de Almada. Já na parte financeira,Maria Emília de Sousa afirma que a nova taxa de IVA levou a uma despesa acrescida em 1,2 milhões de euros. E agora, “o orçamento municipal de 2011 deverá ter que ser reforçado em mais 600 mil euros, só para pagar iluminação pública”. Entretanto, a autarquia decidiu, por conta própria, iniciar em Junho uma experiência para reduzir o período de funcionamento da iluminação pública, com recurso a relógios astronómicos. O objectivo é acertar esta iluminação com a variação das horas solar ao longo do ano. Uma experiência que está já a funcionar no paredão da Costa da Caparica, Avenida Torrado da Silva e Avenida 23 de Julho. “Com isto é possível reduzir a despesa com a iluminação pública em cerca de 40 por cento”, contabiliza Maria Emília de Sousa. Mas para implementar este sistema em todo o concelho o investimento ronda os 14 milhões de euros, devendo o mesmo “ser realizado pela EDP”. A questão é saber se a empresa está disposta a realizar um investimento que, ao reduzir o consumo, vai implicar também uma redução na factura que aplica às autarquias.
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1 comentário:
Já vi isto em Cuba, mas a situação por cá não é exactamente a mesma, ou será? Ou será que, por cá, é mais prioritário mais um jardim, daqueles baratinhos em que se assiste todos os dias à movimentação de toneladas de terra quando se vai do Centro-Sul para a ponte? Ou talvez se possa até apagar a luz toda a noite para construir mais uma ciclovia (só para andar de dia, é claro)? Ou, quem sabe, voltar a refazer a ciclovia Costa-Trafaria com mais uns canteiritos ao lado do pinhal (pode ser que a consigam voltar a fazer tão boa como antes)? Ou, talvez, colocar mais umas palmeiras em cima da areia, para as deixar secar como as que envolvem o edifício da policia marítima na Caparica? Ou mais uns barrotes de Madeira no chão, muito típicos (disto não vi, nem em Cuba, nem em lado nenhum...) Enfim... Poupar dinheiro?!? De acordo, mas, p.f., no desperdício e não no que é essencial! Obrigado.
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