Parceria entre a Junta da Buraca e a Associação ‘A Partilha’ dá trabalho a moradores do Zambujal
Seis moradores do Zambujal, na Buraca, e beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI) vestem a pele de cantoneiros e têm ajudado a equipa de Higiene Urbana e Espaços Verdes da junta de freguesia na limpeza das ruas do bairro. O projecto iniciado há um ano termina já no final do mês, mas é com pena que a maioria destes homens volta para o desemprego. Alguns deles nunca trabalharam, mas “funcionaram muito bem em equipa”, faz questão de salientar Rute Gravata, técnica da Junta de Freguesia da Buraca, responsável pelo sector da Higiene Urbana e EspaçosVerdes. Esta responsável lamenta, por isso, “que este projecto não venha a ter continuidade, caso a nova candidatura não venha a ser considerada”. De acordo com Rute Gravata, “estamos neste momento a aguardar”. Os seis homens foram contratados através de uma candidatura apresentada ao Centro de Emprego da Amadora, numa parceria entre a junta e a Associação de Moradores “A Partilha”. “Pretendíamos que por um lado fossem os próprios moradores do bairro a proceder à limpeza porque têm outra dedicação e o outro objectivo era ajudá-los na sua integração no mercado de trabalho”, refere o presidente da Junta de Freguesia da Buraca, Jaime Garcia. Pautado pela degradação dos edifícios, apesar dos serviços de limpeza passarem todos os dias pelo bairro do Zambujal, as ruas ficam logo sujas por falta de civismo de alguns residentes. Com o reforço dos seis homens, “o bairro, embora longe da situação ideal, está muito melhor”, salienta Jaime Garcia. Victor Costa, 51 anos, é um dos seis cantoneiros que desde Junho do ano passado contribui para a limpeza das ruas do bairro que habita.Garante que nem sempre é fácil manter algumas zonas limpas, porque “alguns moradores não ajudam, depois de passarmos por lá a limpar, eles atiram o lixo pela janela”. No entanto, foi com gosto que agarrou a oportunidade de ter um emprego. “Estava desempregado há mais de dois anos, embora não seja na minha área, em casa é que não podia ficar mais tempo”. Com quatro filhos para cuidar este homem pretende integrar, caso seja possível o próximo projecto, embora prefira a carpintaria, a sua área Já Moisés Pascoal, 26 anos, outro morador a falta de colaboração dos vizinhos não é problema. “Sem lixo não havia trabalho”, refere este jovem que nunca tinha trabalhado, excepto, “um mês aqui, outro mês ali”. O trabalho de cantoneiro foi uma oportunidade que não quis perder, porque até então não tinha tido nenhuma profissão.
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1 comentário:
É ótimo que se os benificiários do rendimento RSI tenham a possibilidade de trabalhar - se estiverem em idade ativa e suficiente robustez física - PORÉM, há que ter cuidado e não cairmos num sistema exploração daqueles indelizes: se for para trabalhar o dia todo, então paguem-lhes pelo menos o salário mínimo e caso recusem não vejo inconveniente em que o RSI lhes seja retirado.
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