Secundária Sebastião e Silva tem novo visual
Dentro de um mês deverão estar totalmente concluídas as obras de requalificação realizadas no antigo Liceu de Oeiras, orçadas em cerca de 14 milhões de euros, investidos pelo Estado (incluindo comparticipação de fundos da União Europeia) através da empresa pública Parque Escolar. Ainda há mobiliário amontoado e portas fechadas, algumas zonas por acabar de arrelvar, vestígios de construção por limpar definitivamente, mas já se vê, quase totalmente, o quadro completo e renovado. E este é bastante diferente do que existia antes da empreitada: um acréscimo de quase o dobro da área construída, entre novos pavilhões, salas de apoio, restaurante, cafetaria, além da mudança de vocação de alguns espaços e a criação de novas áreas de estar, sem esquecer o aparato tecnológico introduzido a nível de segurança, material de apoio em laboratórios e salas de aula... Claro que o preço a pagar incluiu o abate de quase 120 árvores, logo no início da requalificação, o que, embora haja sido compensado em termos numéricos com a plantação de novos exemplares, também alterou muito a imagem do estabelecimento de ensino e mexeu com os afectos de quem frequentou e frequenta aquele estabelecimento de ensino (ver caixa). Mas o director da Escola Secundária Sebastião e Silva não tem dúvidas de que a mudança valeu a pena: “Isto vai ficar muito melhor, com condições que não tínhamos. E eu ousaria mesmo dizer que do ponto de vista de espaços e equipamentos não seria possível melhor”, frisou Domingos Santos, durante uma visita-guiada ao antigo Liceu de Oeiras. A entrada da escola foi das zonas que sofreram mais alterações. Foram-se as grandes árvores que ladeavam o corredor central de acesso à entrada principal e os campos de jogos existentes do lado direito (norte) foram deslocados para as traseiras, dando lugar a um espaço de relva sintética, servida por algumas árvores de porte médio, por onde os alunos se espreguiçam e convivem, tendo ainda uma estrutura dedicada ao clube da rádio. Do lado oposto (sul) há um lago e um jardim com onze cerejeiras de cores diferentes, além de um casa/abrigo para acolher pássaros. Mais para o interior da escola, o Parque das Tílias manteve o lago e a respectiva escultura e, mais importante, os pinheiros mansos com 60 anos (apenas foi cortado um dos que existiam), tendo-se acrescentado quatro novas tílias. “Este pátio interior passa a ser agora servido por uma esplanada coberta da cafetaria ali instalada com a execução do projecto, a qual é um espaço amplo e que inclui, ainda, duas esplanadas descobertas para o campo de jogos (a poente). Esta será, sem dúvida, uma óptima área de socialização”, congratula-se Domingos Santos, lembrando outras boas opções para este fim, desde a nova biblioteca às arcadas, passando pelo restaurante ou os pátios exteriores... A requalificação “foi feita em torno de algumas bandeiras muito importantes”, sublinha aquele responsável. Desde logo, a descentralização. “Antes estava tudo organizado em volta da sala de professores e das salas de aulas; agora há diferentes pólos ao longo da escola”, explica. Assim, a título de exemplo, a norte/nascente situa-se agora o pólo da Matemática e das Ciências Experimentais, com laboratórios, salas com muitos quadros interactivos, o gabinete do coordenador do departamento, duas salas de trabalho, mais um gabinete para os professores poderem preparar aulas, discutir estratégias... Os demais pólos existentes replicam este tipo de estrutura e de apoios. O director da Sebastião e Silva destaca, ainda, a qualidade colocada nos laboratórios, a visibilidade que agora se obtém para as salas através do uso generalizado do vidro, a qualidade acústica das salas de aula, que estão equipadas com acesso a televisão, à internet, têm um computador, um videoprojector com som, sendo que num terço delas existem modernos quadros interactivos. Em jeito de balanço, Domingos Santos não tem dúvidas em declarar a sua satisfação: “Temos condições agora, como nunca tivemos, para os alunos poderem estar na escola, desenvolverem competências, fazerem teatro, experimentarem o clube de rádio, o clube da ciência, o da televisão, as acções de solidariedade, o desporto escolar... Acho que vão poder ser aqui mais felizes do que antes das obras. Sem esquecer que os professores têm, também, melhores condições para desenvolverem o seu trabalho”. Agora resta rentabilizar o investimento “procurando a excelência para a formação dos nossos alunos”, conclui o director do antigo e renovado Liceu de Oeiras.
quinta-feira, 19 de maio de 2011
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