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Ao fim de 15 anos, novo quartel foi inaugurado
Operacional desde o início do passado mês, o novo quartel dos Bombeiros Voluntários de São Pedro de Sintra foi oficialmente inaugurado no passado domingo, com a presença do ministro da Administração Interna, Rui Pereira. A escassos dias de completar os 105 anos de actividade, que se assinalam a 6 de Junho, a corporação de São Pedro de Sintra comemorou, com pompa e circunstância, a concretização de um sonho com mais de 15 anos. Um quartel a pensar no futuro, com todas as condições para receber o corpo activo, constituído por 90 elementos, e as 25 viaturas que integram o respectivo dispositivo de socorro e emergência. As novas instalações, situadas junto à Estrada Nacional 9, com designação oficial de Avenida de Cascais, representam um investimento de dois milhões e meio de euros, com comparticipação de 630 mil euros da Autoridade Nacional de Protecção Civil e 500 mil euros da Câmara de Sintra, que adquiriu ainda, por 870 mil euros, o antigo quartel no centro de São Pedro de Sintra. Um espaço que, com mais de meio século ao serviço da corporação, há muito não respondia às suas necessidades. As limitações físicas eram penalizadoras para os recursos humanos, com camaratas exíguas e salas improvisadas para formação, mas também para as viaturas... estacionadas, a esmagadora maioria, nas estreitas ruas adjacentes. "Uma parte do quartel dos bombeiros é na rua", aludia o comandante dos Bombeiros de São Pedro, Pedro Ernesto Nunes, em declarações ao JR em Janeiro de 2009, quando começava, finalmente, a ver a luz ao fundo do túnel, com o arranque das obras de construção do quartel na Quinta do Anjinho. Com um parque coberto com capacidade para 30 viaturas, uma ampla parada interior que permite o acesso à Casa- Escola e à zona de oficinas, acabam por ser as instalações reservadas aos elementos operacionais ‘a encher as medidas’ de quem visita o novo quartel. Camaratas, vestiários, balneários, zona de refeições e espaços de convívio, oferecem todas as condições para que os ‘Soldados da Paz’ de São Pedro de Sintra cumpram a sua missão de forma mais eficaz. Avertente associativa também sai reforçada no novo quartel, através do espaço reservado aos serviços administrativos e aos corpos sociais, mas, em especial, pela existência de uma piscina, um restaurante eumginásio (que vai ocupar o Salão Nobre), valências imprescindíveis para a obtenção de receitas que assegurem a sobrevivência da associação. O novo quartel vai oferecer "maior espaço para os sócios poderem conviver entre si e com os bombeiros", realça Pedro Nunes que, desde 1989, assume o comando do corpo de bombeiros. Mas, acima de tudo, o novo quartel "reúne todas as condições para que os homens e mulheres, que servem esta associação, possam continuar a prestar o socorro às populações". Pedro Nunes frisa que não há comparação possível entre as novas instalações e o velhinho quartel, mas não esconde "uma profunda tristeza" ao deixar para trás o imóvel situado na Rua Álvaro dos Reis. Um turbilhão de emoções na vida do comandante a quem todos enalteceram pelo árduo combate em prol da concretização do sonho. O presidente da assembleia-geral da associação, Silvano Inácio, salientou que, ao longo da vigência de vários órgãos sociais, o principal "impulsionador deste projecto" foi, sem dúvida, o comandante da corporação. "Para além do justo mérito da direcção, o comandante Pedro Ernesto foi o grande obreiro deste quartel, empenhando, ao longo de muitos anos, a sua vida particular em prol da associação, quase como numa guerra... não sem quartel, mas sim por um quartel". Para Pedro Nunes, "valeu a pena o esforço e a dedicação despendidos", até porque "vale sempre a pena quando os homens sonham e as obras nascem". Uma obra que começou a ser sonhada há 30 anos, em que os últimos 15 anos foram marcados por "avanços e recuos, dificuldades e alegrias" e só chegou a bom porto com "a força de vontade, espírito combativo e força tenaz de vencer" que caracteriza o corpo de bombeiros. Aliás, uma referência especial mereceu a comissão de voluntários "Por um Futuro Melhor", "que tudo fez para a aquisição de diversos equipamentos como mobiliário e de lavandaria". O novo quartel foi, também, "um sonho de muitos homens e mulheres dos órgãos sociais", frisou Joaquim Duarte, presidente da direcção da associação, que recordou quatro momentos que se revelaram decisivos para o avanço do processo: "A regularização jurídica das antigas instalações" em 1996; a cedência do terreno por parte da Autoridade Nacional de Protecção Civil; a celebração do protocolo de financiamento e a alienação das antigas instalações. "Sem a venda deste património não seria possível ter os recursos financeiros suficientes para realizar esta importante obra", realçou Joaquim Duarte.
quarta-feira, 18 de maio de 2011
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