sexta-feira, 9 de julho de 2010

DE ALMADA A CACILHAS - Flexibus já começou a circular

Ver edição completa Exemplo de serviço público na zona antiga da cidade Dois Flexibus começaram esta segunda-feira a percorrer as ruas das áreas antigas das freguesias de Almada e Cacilhas e, até dia 31 deste mês, durante o período experimental, a sua utilização é gratuita. Depois as viagens são a 59 cêntimos para seniores a partir dos 65 anos e jovens até aos 21 anos.Os restantes utentes vão pagar 1 euro. Quem já experimentou gostou e até ficou surpreso por apanhar um transporte em ruas inesperadas de Almada. Às 15 horas o primeiro Flexibus arrancou do Parque de Estacionamento da Avenida Afonso Henriques com dois motoristas ainda vestidos informalmente. “As pessoas olham curiosas mas ainda não mandam parar”, refere um deles. Uma possível resposta viria mais tarde de Ana, uma das primeiras passageiras do Flexibus. A jovem, acompanhada de Raul, mandou parar o pequeno autocarro na Rua Cândido dos Reis, em Cacilhas. “Queremos ir para o Forte (em Almada Velha) e em vez de subirmos até lá, resolvemos experimentar este transporte”, diz Raul. Os dois jovens souberam do Flexibus pelo jornal, mas para Ana “ainda falta informação” e assim que entrou quis saber percursos e preços. “Óptimo” comenta a jovem, “é barato, quase irreal”. O vereador Rui Jorge Martins, que acompanhou o Jornal da Região nesta primeira viagem, sorri. Momentos antes, o vereador responsável pela Empresa Municipal de Estacionamento e Circulação de Almada explicava que o Flexibus “não foi propriamente pensado como transporte turístico”, mas tendo em conta o percurso e o preço do bilhete, “pode justificar esse uso”. O certo é que o Sistema de Mobilidade Inclusiva foi criado essencialmente para responder às necessidades de deslocação de pessoas idosas, por isso o seu percurso foi desenhado para passar junto a Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS). Pelo meio foi aproveitada a passagem pelo mercado de Almada e escolas. E porque a cidade ganhou outra mobilidade, passa também junto a parques de estacionamento. “A cidade foi reabilitada com o metro e outras intervenções em curso. O Flexibus faz parte deste processo de desenvolvimento”, refere Rui Jorge Martins. Mas o vereador deixa bem patente que este transporte patrocinado pela autarquia “é uma resposta social” pelo que “não é concorrente ao serviço de transportes públicos da TST”. Aliás, garante mesmo que vai continuar a “pressionar” a transportadora para que “cubra as zonas mais carenciadas de transportes”. “O transporte público não pode ser visto apenas na lógica do lucro e esquecer o seu carácter de serviço público”, acrescenta. O Flexibus está noutro patamar,para além do baixo preço, outra das suas particularidades é parar onde as pessoas quiserem, isto apesar de existirem cerca de vinte pontos de encontro. E mandar parar o pequeno autocarro foi o que fez Manuel Grade, na Rua Capitão Leitão. O primeiro utente do Flexibus conta que pensou estarem a brincar com ele quando lhe disseram para mandar parar o autocarro, mas fez sinal e o motorista parou. Desta vez o já menos jovem Manuel Grade queria ir para a Praça Gil Vicente, e foi de Flexibus. “Nunca pensei ter transportes em Almada Velha”, refere. Ainda por cima com bilhetes que “não são caros para os idosos” e depois, “quanto mais transportes existirem na cidade melhor”. Grade vai olhando pela janela como se as ruas antigas tivessem ficado diferentes e quer confirmar se o pequeno autocarro é eléctrico. “Funciona com baterias”, explica o vereador. Por isso, faz menos ruído e é ausente de emissões locais de poluentes. Quanto às baterias, são mudadas no parque de estacionamento da Avenida Afonso Henriques. E entretanto estamos na Praça Gil Vicente junto à paragem do metro. O primeiro passageiro do Flexibus sai e confirma com Rui Jorge Martins: “Este autocarro passa nas ruas que têm um traço verde pintado?”; “Sim”, responde o vereador.

3 comentários:

Debaixo do Bulcão disse...

Deixem-me só corrigir uma gralha (e nem peço para publicarem isto como comentário). É que "Depois as viagens são a 50 cêntimos para seniores a partir dos 65 anos e jovens até aos 21 anos". No texto lê-se que as viagens são "a 59 cêntimos"...

Cumprimentos,

António Vitorino

Debaixo do Bulcão disse...

Deixem-me só corrigir uma gralha (e nem peço para publicarem isto como comentário). É que "Depois as viagens são a 50 cêntimos para seniores a partir dos 65 anos e jovens até aos 21 anos". No texto lê-se que as viagens são "a 59 cêntimos"...

Cumprimentos,

António Vitorino

Jornal da Região - Blog disse...

Agradecemos a correcção!!