A Associação de Moradores da Quinta da Carreira (AMQC), emSão João do Estoril, está preocupada com o decurso das obras de reformulação das acessibilidades à estação ferroviária daquela localidade, por não contemplar rampas que permitam o acesso a ambas as margens e por considerar que a segurança do atravessamento, tal como está previsto, não está devidamente acautelada. O projecto, da autoria da Refer, tem como finalidade a supressão da última passagem de nível da Linha de Cascais. Os trabalhos, além de preverem uma rotunda descaída para o mar na zona da Marginal,p erto do centro de saúde, e uma requalificação dos espaços exteriores, assegura ainda duas acessibilidades pedonais, com escadas e ascensores, que funcionam independentemente do horário de funcionamento da estação. A alternativa das rampas não consta do projecto. Carlos Guimarães, presidente da direcção da AMQC, defende que deveriam ser feitas pequenas alterações”. “E se os elevadores variam?”, questionou. “A Quinta da Carreira é um bairro com quarenta anos. As primeiras pessoas que cá vivem são os avós da Quinta da Carreira, têm 60 ou mais anos e dificuldade na mobilidade. Deveriam ter sido introduzidas rampas. Veja-se o que existe na Estação do Estoril: há rampas e mesmo que não satisfaçam os limites legais de inclinação, o que é certo é que os deficientes com rampas ainda sobem, mas com escadas não. O que vai existir aqui é o que os moradores já apelidaram de ‘Muro do Capucho”’. Carlos Guimarães adianta que a AMQC já reuniu com a Refer e alertou a Câmara Municipal de Cascais para a situação. Ao JR, este responsável adianta que “já propusemos à Refer uma rampa de 90 metros, mas temos consciência que no local é difícil”. “Por outro lado, há o centro de saúde. Vejamos o que se passa com uma consulta de pediatria, com um recém-nascido. Há ali um muro”, lamenta este responsável. Carlos Guimarães revela que aRefer refugia-se “dizendo que tem um protocolo assumido com a Câmara de Cascais. O presidente da Câmara de Cascais, por seu turno, diz que não haverá rampas e a situação é irreversível. Consideramos que está a pôr-se à frente o interesse da Refer em detrimento do da população”. O porta-voz dos moradores da Quinta da Carreira critica ainda as actuais acessibilidades com o decorrer das obras. “Hoje,u ma pessoa de cadeira de rodas que chegue de comboio e pare em São João, no sentido Lisboa/Cascais, não consegue passar de um lado para o outro da estação,porque o acesso só é possível através das escadas da passagem superior”. Entretanto, frisa, “as obras da rotunda na Marginal, que foram anunciadas que iam decorrer em simultâneo com as da estação ferroviária, ainda não começaram”. Confrontado com a reivindicação de rampas em S. João, o presidente da Câmara de Cascais, António Capucho, disse ao JR que “a Refer recusa essa rampa, que não está conforme o exigido por lei”.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
É para mim completamente absurdo de fazer obras sem pensar nas pessoas que não têm forças/podem subir as escadas na saída sentido Cascais. E mães com carrinhas de bébés. Têm que voar??
Não há critérias de inspecção??
Parece trabalho a balda ??
Enviar um comentário