Modalidade radical motiva dezenas de queixas nas praias da Costa
A prática de kitesurf entre a praia da Bela Vista e o Terminus (Fonte da Telha) está a gerar um sentimento de insegurança entre alguns banhistas. As queixas já chegaram aos nadadores-salvadores da Caparica Mar que já viram operações de salvamento atrasarem-se por causa das velas e cabos estendidos no areal. Nem mesmo os profissionais deste desporto radical aceitam que esta prática esteja a ser feita de forma desorganizada. Sábado, as praias a sul da Costa da Caparica voltaram a encher-se e, como começa a ser comum, banhistas e praticantes de kitesurf dividiram o areal e o mar. A uma súbita falta de vento, um dos praticantes não conseguiu segurar a vela que veio bater com estrondo na beira-mar, bem junto a uma mãe que acompanhava o filho. Esta protestou, o ‘kiter’ abastou-se uns metros e continuou. “Já fui interpelado por algumas pessoas na zona do Terminus por causa do ‘kite’”, diz o comandante da Caparica Mar. Segundo Luís Vitorino “ainda não foi registado qualquer acidente com banhistas por causa de um ‘kite’”, mas há “várias reclamações”. “As pessoas sentem-se inseguras”, acrescenta. E pelo meio surgem outros problemas. Conta o comandante da Caparica Mar que este domingo uma das moto-quatro ficou enleada nos cabos de um ‘kite’ quando acorria a uma emergência. “Até a nós estão a causar transtorno”, comenta. O Jornal da Região sabe que a Delegação Marítima da Trafaria está atenta a esta actividade nas praias, mas só pode agir caso
os praticantes de kitesurf ocupem praias concessionadas, as restantes são consideradas de lazer livre e não são aconselhadas para uso balnear. No entanto, apesar dos agentes não proibirem este desporto radical nestes espaços, recomendam aos praticantes que o façam com o devido cuidado quando há banhistas. Verdadeiramente autorizada para a prática do kitesurf está a Praia Nova Vaga onde funcionam duas escolas legalizadas. Só que “os praticantes já são muitos e por vezes não conseguem ficar dentro desta área”, refere Gustavo Martins, um dos proprietários da Katavento. Mas esta parece ser apenas uma das causas dos ‘kiters’ acabarem perto dos banhistas, outra será os “instrutores sapateiros que não se preocupam em ensinar como deve proceder um praticante”, afirma. Aliás, Gustavo Martins denuncia existirem “escolas ilegais de kitesurf” ao longo da frente de praias a partir da Nova Vaga para sul, e é aqui surgem problemas. “Já falei com a Polícia Marítima para que multe os praticantes que vão para as praias concessionadas”, afirma o responsável da Katavento, que não quer ver o odioso cair sobre os praticantes desta modalidade por causa de quem transgride. Embora ainda não tenha recebido queixas por causa da prática de ‘kite’ nas praias da Costa da Caparica, o presidente da Junta de Freguesia afirma-se preocupado. Para António Neves estes praticantes deviam ficar-se pela zona que lhes está reservada, pelo que vai indagar da situação junto da Delegação Marítima. “As pessoas vão para a praia para se divertirem, não para estar sujeitas a uma série de riscos”, comenta.
quinta-feira, 15 de julho de 2010
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1 comentário:
é necessario os praticantes estarem mais atentos para que nao aconteça o que ja aconteceu noutros paises, a proibiçao dentro e fora das areas concessionadas.
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