Ver edição completa
Certame reúne cerca de 300 expositores
A Feira Internacional de Artesanato da Costa do Estoril (FIARTIL) já tem as portas abertas com um programa repleto de animação que, até ao final do mês de Agosto, promete dezenas de espectáculos para diferentes públicos e artesãos a trabalharem ao vivo, num total de 300 expositores. Já na sua 47.ª edição, a mostra, que decorre no recinto fronteiro ao Centro de Congressos do Estoril, afirma-se, mais uma vez, como lugar de peregrinação nas noites mais quentes de Verão. A promoção das artes manufacturadas é um dos objectivos principais do que é considerado “o mais antigo evento do género a nível nacional”, ao qual estão associados também uma oferta de restaurantes e tasquinhas, onde se pode petiscar ou simplesmente beber uma ginjinha em copos de chocolate. A organização do evento é da responsabilidade da empresa municipal Turismo Estoril (TE), que prevê investir cerca de 300 mil euros. Este ano, o espaço tornou-se mais amplo para quem gosta de andar e conta com mais um restaurante que vai servir comida alentejana. Segundo Duarte Nobre Guedes, presidente do TE, “esta feira tem um grande interesse para o Turismo Estoril, pela animação. É, de facto, a grande animação de Verão e convém preservar. Mas, também é um evento importante para a promoção do património nacional, o artesanato, a música e a gastronomia”. O espírito e o alinhamento do certame não vão sofrer alterações, frisou Oliveira Martins, director da FIARTIL, porque, adiantou, “em equipa que ganha não se mexe”. “A novidade deste ano é um novo restaurante que fizemos, para evitar filas de espera das pessoas em frente aos restaurantes, como acontecia em dias com cerca de 1200 ou 1500 visitantes”, disse o responsável, que “estima receber, até ao final do mês de Agosto, 120 mil a 130 mil visitantes”. A cerimónia de abertura, que decorreu no dia 1 de Julho, contou ainda com a presença do vice-presidente da Câmara, Carlos Carreiras, e do administrador da TE, Manuel de Andrade. Com 47 anos, o certame é o mais antigo a nível nacional e vai reunir, no mesmo espaço, várias manifestações de arte popular comum vasto elenco de espectáculos e gastronomia portuguesa e o Lugar da Fantasia, um espaço vocacionado para as crianças e orientado por monitores. Os visitantes podem contar com artesãos, oriundos de muitas regiões do país, muitos deles, cerca de 150, a trabalharem ao vivo e a cores as suas peças. É o caso de Maria João Coelho, do Ateliê Pincelado, em São Domingos de Rana, que traz à feira, há sete anos, peças de madeira pintadas à mão, como cadeiras, molduras, entre outros, para além de fazer restauros de peças. “Esta feira é muito importante para divulgar o trabalho na zona de Cascais. Normalmente, nota-se um bocado que há menos procura, mas como há muitos estrangeiros na feira, a ‘crise’ é ultrapassada. Nos restauros é que se nota que há menos procura. As pessoas dizem que não é tão urgente, podemos fazer mais tarde”. Ana Moura, por seu turno, tem um ateliê de decoração para quartos de criança. Está na feira há sete anos, dois deles o tempo todo. “Esta é uma das mais importantes feiras do país. É a única que eu faço. É um sítio onde vêm muitas pessoas. Há sempre portugueses e turistas a visitar”. Sobre a crise, nem quer falar. “Para mim, a procura tem evoluído. Tem sido muito bom. Dos estrangeiros, são os espanhóis que mais têm procurado o nosso artesanato”. Presente há mais tempo no certame está Isabel Ferreira, da Ayutha, com produtos tailandeses, do Nepal e Índia. “Já estou presente na feira há 15 anos. É um evento muito bom para divulgar os artigos. Faço um balanço positivo. Já tenho clientes da zona que aguardam que a feira abra para me visitar. Vêm cá todos os anos e até mais do que uma vez. A crise tem sempre influência, mas as pessoas também precisam de decorar as suas casas. Por isso, todos os anos compram, mas já não compram tanto, ou compram artigos mais pequenos”.
quarta-feira, 7 de julho de 2010
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário