Autoridades já receberam várias queixas e há quem fale em matilhas
O abandono de cães junto à área florestal da Costa da Caparica está a comprometer a segurança de banhistas e já há nota de algumas queixas às autoridades locais. O Jornal da Região sabe que a Delegação Marítima da Trafaria já foi alertada para casos entre a praia da Saúde e Fonte da Telha em que os animais agiram em matilha e, quando as pessoas os tentaram afastar, foram atacadas e mordidas. Caso consigam dominar os cães, as autoridades tentam identificar se têm dono e participam à Câmara de Almada. Também o presidente da Junta de Freguesia da Costa da Caparica afirma já ter participado à Câmara de Almada da presença destes cães. “Este não é um problema de agora, e no Inverno ainda é pior”. Diz António Neves que “durante o Verão os animais sempre conseguem encontrar comida, mas no Inverno andam com fome e tornam-se mais perigosos”.De facto, o presidente da Associação de Concessionários da Costa da Caparica e Fonte da Telha afirma que “não temos tido queixas sobre ataques de cães vadios”, contudo João Carreira reconhece que “há muitos cães abandonados nas matas junto às praias”. A solução, infere António Neves, “é a Câmara de Almada e o Porto de Lisboa estabelecerem um acordo para resolverem este problema”. E de facto a edilidade “já enviou um ofício para o Porto de Lisboa para reunir esforços e resolver a situação”. Segundo nota da autarquia, que conhece a existência destas matilhas, têm sido tomadas medidas para as controlar, mas é preciso uma acção concertada com o Porto de Lisboa, entidade que tutela a zona de costa. A questão é que os funcionários da autarquia do serviço de veterinária “quando detectam esses cães vadios disparam um tranquilizante sobre eles, mas até que faça efeito os cães desaparecem na mata”. Mas para “Os Amigos dos Animais de Almada” esta acção por si só não é suficiente sendo necessário agir a montante. “É preciso ser severo a agir criminalmente sobre quem abandona animais”, afirma Maria Helena, presidente desta associação, que reconhece existirem “imensos cães abandonados nas matas”. E para controlar estas matilhas está pronta para colaborar com a autarquia. Para Maria Helena não é solução apanhar os animais, levá-los para o canil e abatê-los. Defende que é preciso apanhar as fêmeas e “esterilizá-las”, mas como a associação não tem meios para as capturar “é preciso a colaboração da Câmara”. Aliás, conta que na Trafaria há tês cadelas que a associação quer apanhar para esterilizar, mas “não temos conseguido a colaboração da autarquia”. A esterilização das fêmeas pode inclusivamente controlar a agressividade das matilhas uma vez que “os cães tornam-se mais agressivos nessas alturas”. Quando surgem nas praias “as pessoas assustam, reagem e podem ser atacadas”, infere Maria Helena que mais uma vez reafirma a disposição da associação para trabalhar ao lado das autoridades. “Temos feito esse trabalho apenas com voluntários. Esterilizar um animal custa 70 euros, mas estamos dispostos a colaborar com a Câmara”.
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1 comentário:
Nao criam condições para as pessoas poderem levar os cães para algumas praias e depois nas férias é isto. Pelos vistos cães abandonados cheios de doenças, agressivos e a defecar por tudo quanto é lado incomodam muito menos as pessoas que cães domesticados. Cães não são monstros, não precisam de colocar placas por tudo quanto é lado para proibi-los.
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