Bairro Amarelo ganha equipamentos de topo
Dentro de um ano o Plano Integrado de Almada (PIA), na Caparica, vai assistir à inauguração de uma biblioteca e de uma piscina com seis pistas de 25 por 12,5 metros. Dois equipamentos que tiveram a cerimónia de lançamento da primeira pedra no passado sábado, embora as obras já estejam avançadas. Um método que se tem repetido em Almada e que a presidente da Câmara justifica com a urgência das populações. E aproveitando a presença da presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo, Teresa Almeida, na Caparica, Maria Emília de Sousa voltou a contestar o “atraso” que o visto do Tribunal de Contas implica nas obras. “É negativo”, afirma, e mais ainda “num tempo em que é preciso criar oportunidades de trabalho”. Para a edil é necessária mão política para alterar este procedimento. “Os processos podem ser fiscalizados ‘a posteriori’”, sugere. No caso da biblioteca e da piscina no PIA, a obra foi consignada há 4 meses, o que quer dizer que se o empreiteiro esperasse pela autorização do Tribunal de Contas para começar a receber da Câmara, só agora começariam os trabalhos. Teresa Almeida ouviu e afirmou que em Almada, particularmente na zona do PIA, “podemos comprovar que é possível continuar a trabalhar pelo progresso”. A responsável pelo Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) lembrou que o objectivo deste programa é precisamente a “melhoria da qualidade de vida das populações” e que Almada “tem sabido aproveitar os recursos”. Sem fazer qualquer referência ao futuro do QREN no novo contexto de ajuda externa pedida por Portugal, Teresa Almeida limitou-se a dizer que “devido à situação económica difícil”, a comparticipação foi aumentada de 50 por cento para 65 por cento e “Almada vai beneficiar disso”. Enquanto a presidente da Junta de Freguesia de Caparica, Teresa Coelho, afirmava que estes dois equipamentos ficam a marcar o progresso do PIA, que “há 20 anos atrás não tinha recursos”, Maria Emília de Sousa lembrou que o progresso deste território poderia ter avançado mais cedo não fosse a decisão governamental, com mais de dez anos, de o ter retirado da vigência do Plano Director Municipal. Mesmo assim, a Câmara delineou para aqui uma área de equipamentos e mais recentemente conseguiu um acordo com o Governo e o Instituto da - Habitação e da Reabilitação Urbana para um plano de urbanização e aproveitar os dinheiros do QREN. E avançou com uma candidatura conjunta. Os dois equipamentos em obra fazem assim parte de um programa de regeneração urbana na zona do PIA, e enquadra-se na visão estratégica de Almada Poente – Cidade Aberta. Está ainda prevista a requalificação do Parque da Filipa D’Água, a construção de um parque urbano e a dinamização cultural recreativa e lúdica da zona, entre outras intervenções envolvendo vários parceiros. A biblioteca, que o vereador da cultura, António Matos, classifica como “uma das mais modernas do concelho” terá uma sala polivalente, uma sala de expressão plástica e uma área infanto-juvenil. A sua construção representa um encargo de um milhão de euros. Quanto à piscina, será a décima construída no concelho e a quarta municipal. Segundo António Matos, esta vai permitir que, para o ano, o concelho tenha 25 mil pessoas semanalmente a praticarem natação.Para além do tanque, este complexo terá um ginásio para actividades físicas e de manutenção. A construção implica um investimento de 1,8 milhões de euros.
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