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Freguesias criticam sistema de recolha
A limpeza urbana e recolha de lixo têm sido tema constante com várias freguesias a apontarem deficiência neste serviço camarário. Localidades como a Trafaria, Charneca da Caparica, Sobreda e Costa da Caparica são das que mais se queixam e o próprio vereador responsável pelo pelouro, Rui Jorge Martins, admite existirem problemas ao nível da frota, mas “com a contenção financeira a que os municípios estão obrigados não há capacidade para fazer mais investimentos”, afirma. Mas a presidente da Junta de Freguesia da Trafaria, Francisca Parreira, acredita que este problema pode ser resolvido com uma “reorganização e planificação do serviço”. “Há zonas como o bairro social e a Corvina em que a recolha de resíduos sólidos é feita apenas uma vez por semana, e em muitas outras também não é diária”, afirma a autarca que aponta ainda que os contentores e ecopontos “nunca são lavados”. “E as pessoas pagam a taxa de resíduos como todas as outras”, acrescenta. A deficiente recolha de resíduos urbanos é também apontada pelo presidente da Junta de Freguesia da Costa da Caparica. Para António Neves o problema passa pela “falta de meios”, mas isto “não é bem aceite por uma população que paga uma taxa de IMI mais elevada que os outros residentes do concelho”. Contudo, reconhece que muito do problema de limpeza deve- se à “falta de civismo, essencialmente de quem não é da Costa da Caparica”. “Despejam lixo onde lhes apetece”, diz. Também na Charneca de Caparica têm chegado várias queixas ao presidente da Junta de Freguesia, de tal modo que Fernando Jorge Fernandes diz que a assembleia de freguesia aprovou uma moção onde “exige uma maior intervenção do serviço camarário de limpeza urbana”. O problema é que “a Câmara de Almada trata todos os territórios do concelho de igual modo, sem considerar as suas características geográficas, tipologia de habitação e população”, diz. Um argumento usado também pelos presidentes de junta da Costa da Caparica e Trafaria. Estas são questões que têm estado em cima da mesa em reuniões entre o vereador responsável pela limpeza urbana e os presidentes das onze freguesias do concelho. “Está a ser feito um estudo relativo aos processos de recolha de resíduos urbanos e varredura”, afirma o vereador Rui Jorge Martins que aponta as freguesias rurais como aquelas onde existem mais dificuldades. Nomeadamente por causa da deposição de entulhos. É o que acontece na Rua Quinta da Cerieira na Sobreda, num terreno aberto junto à moradia de Maria de Fátima onde constantemente são vazados “todo o tipo de entulhos”. Diz esta munícipe que é frequente camionetas carregadas de entulho despejarem naquele terreno. “Quando protestamos ainda nos ameaçam”, afirma. Para esta moradora, uma das soluções seria a Câmara de Almada, em zonas de moradias, substituir os contentores de rua por contentores individuais. Uma proposta que já foi feita ao presidente da Junta de Freguesia da Sobreda. “Já fomos contactados pela Câmara para estudarmos a zonas onde podem ser colocados contentores individuais”, avança António Abrantes de Almeida. Mas o receio do autarca é se os moradores vão respeitar as regras de uso destes contentores que “são para serem colocados à porta segundo a calendarização de recolha de lixo urbano”.
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
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