sexta-feira, 11 de março de 2011

Pais ameaçam fechar escola secundária

Ver edição completa Falta de funcionários em Linda-a-Velha Os encarregados de educação dos alunos da Escola Secundária Professor José Augusto Lucas, em Linda-a-Velha, continuam “preocupados” com a falta de funcionários, admitindo vir a fechar o estabelecimento no 3.º período lectivo, caso o Ministério da Educação (ME) não contrate uma empresa de limpeza conforme acordado. Este era o estado de espírito reinante após a Assembleia-Geral de Pais realizada na passada quinta-feira à noite e que juntou mais de 100 pessoas para debater o “mau funcionamento da escola”. Pavilhão gimnodesportivo encerrado por falta de limpeza, apenas duas casas de banho disponíveis para quase 1100 alunos, alguns professores a limparem sanitários e alunos a limparem salas de aula, bem como o aumento de assaltos, são os principais problemas atribuídos à falta de auxiliares de acção educativa. “Desde 2008, a escola perdeu 12 funcionários. Desde então que a direcção da escola tem pedido ao ME a colocação de novos funcionários, mas a tutela nunca autorizou. Os pais e os alunos mandaram cartas, e só com este aviso de encerramento da escola [por parte das associações de pais, estudantes e antigos alunos] é que o Governo deu uma resposta”, salientou Viriato de Sousa, porta-voz dos encarregados de educação. Entretanto, no próprio dia da Assembleia-Geral de Pais, na sequência de uma reunião havida entre a direcção da escola e a Direcção Regional de Educação de Lisboa (DREL), ficou “assegurada a contratação [através de concurso público] de uma empresa de limpeza da escola a partir do 3.º período”. Até lá, a escola tem autorização para “contratar quatro funcionários, no máximo de quatro horas diárias, a três euros por hora”. Quanto à insegurança (nas últimas semanas, ainda segundo Viriato de Sousa, foram encontradas armas brancas), o Gabinete de Segurança do ME deslocou um piquete de três elementos para vigiar a escola, mas rotativo, já que é responsável por outras escolas da zona. Mesmo assim, os pais “não ficaram muito sossegados”, disse Viriato de Sousa: “Temos boa-fé nas intenções, mas se isto não ficar resolvido até ao início do ano lectivo fechamos mesmo a escola”. Muitos pais declararam-se “desconfiados”, considerando que até ao início do 3.º período lectivo (a 26 de Abril) “não há tempo suficiente para contratar uma empresa”. Outro encarregado de educação disse que as soluções apresentadas “mais parecem um balde de água fria para desmobilizar os pais”, e não faltou mesmo uma proposta a exigir que “a situação tem de estar resolvida antes do terceiro período”. A Associação de Pais convocou nova reunião para o próximo dia 7 de Abril.

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