Assembleia Municipal estuda condições do Mercado da Caparica
O funcionamento do Mercado Municipal da Caparica está a ser alvo de um levantamento conjunto entre as forças políticas que compõem a Assembleia de Freguesia. Este estudo pretende definir as intervenções necessárias para melhorar o espaço, identificar o público-alvo que o frequenta e suas exigências, e avançar com propostas para acabar com a venda ambulante na rua junto do mercado. “Não é aceitável que este mercado, um dos mais tradicionais do concelho, ainda tenha a cobertura em amianto, o que não é legalmente permitido”, comenta Augusto Rosário. “É inaceitável”, acrescenta. Este é um dos exemplos que o eleito do PSD na Assembleia de Freguesia coloca entre os problemas que considera terem de ser corrigidos. “A iluminação interior foi substituída, mas a cobertura não”, protesta. Durante uma visita ao mercado, Augusto Rosário referiu ainda ao Jornal da Região que "chove em cima das bancas”, o espaço “precisa de ser reorganizado” e as “acessibilidades melhoradas”. Aliás, estas são algumas questões que o social-democrata gostaria de ver inscritas no estudo, para além de “orientações para a promoção do mercado” e “eventual ajustamento do horário de funcionamento” de “acordo” com o ‘target’ de consumidores. Outro dos problemas que aponta é a venda ambulante “ilegal” fora do mercado. Para Augusto Rosário a Junta de Freguesia “tem de ser mais pressionante para que as autoridades actuem”. É que “não é justo que os vendedores do mercado paguem as suas contribuições e tenham outros na rua a fazerem-lhes concorrência sem nada pagarem”. Mais ainda quando “existem bancas desocupadas dentro do mercado”. Estas são questões conhecidas pela presidente da Junta de Freguesia que não concorda com algumas das críticas levantadas por Augusto Rosário, nomeadamente quando o eleito do PSD afirma que “as queixas dos vendedores e público não podem ficar paradas”. Garante Teresa Paula Coelho que a actividade do mercado “é acompanhada permanentemente pela Junta de Freguesia”. Quanto à resolução de problemas de funcionalidade deste espaço municipal, a presidente eleita pela CDU lembra que no início do ano, através de protocolo financeiro com a Câmara de Almada, “foi substituída a iluminação interior”, o que representou um investimento de “70 mil euros”. A presidente lembra ainda que foi “substituída a canalização e a rede eléctrica” e, para além disso, a Junta assumiu a construção de “uma casa de banho para deficientes”. Entretanto, “periodicamente são executadas obras de manutenção”. Quanto à troca da cobertura, Teresa Paula Coelho lembra que quando o Mercado Municipal da Caparica foi construído “eram permitidas as coberturas em amianto”, mas adianta que a autarquia “está a negociar com a Câmara de Almada um novo protocolo para a substituição”. Uma obra que não terá avançado ainda porque “é uma intervenção complexa que tem de ser feita por uma empresa com recursos técnicos específicos para este tipo de trabalho”, explica. A presidente esclarece ainda que as bancas não ocupadas têm sido colocadas em hasta pública, mas “não têm surgido propostas”. Quanto à venda ambulante fora do mercado, afirma que “é proibida” e que “já foi dado conhecimento à GNR para actuar”. E aproveita para reiterar uma antiga exigência da Câmara e da Junta: “É fundamental que exista um posto da GNR na Freguesia para que os agentes possam agir com maior proximidade”, mas isso “depende da decisão do Governo”. Humberto Lameiras
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