quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Escola sem funcionários

Ver edição completa EB2,3 António Pereira Coutinho debate-se com falta de auxiliares de acção educativa “É uma vergonha”. As críticas são provenientes de pais que aguardam à porta da Escola EB2,3 Prof. António Pereira Coutinho (sede do Agrupamento de Escolas de Cascais) que o estabelecimento de ensino reúna as condições mínimas para garantir a segurança, vigilância e eficiência no apoio aos cerca de 700 alunos que a frequentam. Uma situação que, só a partir desta quinta-feira, com diligências junto do centro de emprego, poderá ter um epílogo feliz. A escola tem cerca de 700 alunos, dos quais 28 têm necessidades especiais, mas na segunda-feira passada apenas estavam ao serviço três auxiliares e dois funcionários na cantina para assegurar os almoços. Em vez de melhorar a situação, em relação a sexta-feira, ocasião em que os encarregados de educação se concentraram pela primeira vez junto ao portão, com a escola sem funcionar, o número de auxiliares baixou de quatro para três funcionários. O diálogo prossegue entre uma recém-nomeada comissão de pais (que substituiu a demissionária associação de pais) e a direcção da António Pereira Coutinho. Mas, a última palavra e decisão final de disponibilizar mais auxiliares depende da DREL (Direcção Regional de Educação de Lisboa). E essa tarda em chegar para resolver uma situação que remonta ao início do corrente ano lectivo, conforme contou ao JR Sónia Esteves. “O início do ano já começou com os problemas. Os miúdos não têm ninguém para os acompanhar. Há filas intermináveis para os almoços. Houve funcionários que entraram de baixa. Há outros que só saem às 8h00 da noite de rastos. São as salas e as casas de banho que precisam de ser limpas. Estão a tirar daqui funcionários para outras escolas do mesmo agrupamento”, lamentou esta encarregada de educação. Na passada sexta-feira, Ana Filipe, da comissão de pais, pediu calma aos pais e salientou que “a direcção da escola tem as melhores intenções para resolver os problemas”. “As coisas não podem ser levadas nem com gritos, nem com peixeiradas”, frisou. “Aquilo que está proposto à DREL é ser facultado à escola uns quantos funcionários”. Mas, “ainda não está nada decidido”, respondeu a encarregada de educação a um dos pais que a abordou. “Neste momento”, adiantou na altura, “não nos parece que haja condições para a escola funcionar. Aquilo que foi oferecido não garante o funcionamento da escola”, disse, acrescentando que “temos muitos auxiliares em baixa e outra funcionária que está grávida. A situação agravou-se porque o pessoal tentou dar resposta com os meios que tinham e não conseguiram. Se os recursos eram poucos, então agora diminuíram". Na passada segunda-feira, eram esperadas melhores condições. Mas não chegaram, sendo agora remetidas novidades para esta quinta-feira, com a eventual disponibilização de funcionários resultantes das diligências no centro de emprego. Depois de reunir com a direcção, Ana Filipe disse aos pais que o assunto continuava a ser tratado. Esta responsável informou que “vamos fazer uma exposição por escrito aos responsável da DREL e entrar em contacto com uma série de parceiros como o pelouro da Educação da Câmara de Cascais, uma vez que as pessoas responsáveis pela situação não conseguem dar uma resposta”. “A escola precisa de 15 funcionários e só tem três ou quatro”, lamentou esta responsável. Mas, frisou, “a escola tem 718 alunos, são 718 pessoas em permanente agitação, brincadeira e a escola não pode continuar a funcionar nestas condições”. Ana Filipe frisa que, “neste momento, se algum aluno caísse, não haveria ninguém para o levar ao hospital. A escola não está fechada, está interditada e as faltas estão justificadas. Imaginem o que são 718 alunos a utilizar as casas de banho sem funcionários para limpar, e os alunos do ensino especial a andar à balda porque não há quem os leve às salas de aula e à casa de banho”. Entretanto, a vereadora da Educação da Câmara de Cascais vai receber, esta quarta-feira, a comissão de pais. Em declarações ao JR, Ana Clara Justino revelou que conhece "o problema da escola mas tenho zero oportunidades para o resolver. O Ministério demora meses para pagar o que quer que seja. Considero que a melhor solução seria a descentralização de certas competências, como a possibilidade de os agrupamentos fazerem contratações. Enquanto autarquia, estamos preocupados”.

4 comentários:

Anónimo disse...

-LI com atenção este artigo; e de facto não se percebe o que se passa eu como Municípe considero gravissímo este artigo, gasta-se tanto dinheiro em publicidade superfula em várias áreas, como é possível uma escola ter três Munitoras para 718 crianças, como este caso á uma série deles completamente surrialistas de um desperdício de dinheiro que não serve para nada como construções de Prédios Novos Sociais prontos há anos e as pessoas´á espera de habitação, como Edifícios com optímas instalações sem pessoal no interior do mesmo que se justifique um empredimento com uma área brutal coberta e envolvente, havendo nas próximidades um outro podendo dar o mesmo tipo de informação aos possíveis empresários com meia dúzia de empregados para dar uma simples informação com panfletos, onde placares publicitários informativos espalhados pela Região não têm qualquer razão de ser e não se justifica para o efeito, gastos superfulos pagos com dinheiros comunitários, que agora estão a ser exigidas contas das despesas de toda uma pessíma gestão. Há de facto uma catafarda de histórias mal contadas que a população devia pedir uma solução, porque enquanto autarquia estou deveras preocupada com o desintere-se num investimento contratual onde as competências informam acompanhamentos de ajuda de ninhos de empresas projectos onde o Capital de risco foi ter sido entregue aos nossos governantes, que no meu entender é mais um faz de conta!... Business Angels (dna) CASCAIS

Anónimo disse...

tenho imensa pena para lhe dizer que tem razão apesar de a escola ser bom para o bom funcionamento para as crianças

Anónimo disse...

Há muita gente desempregada ponhao as pessoas a trabalhar mas não so para ums meses as pessoas precisao de ter trabalho seguro e as crianças terem confiança nos funcionarios.

Ana disse...

Com tanta falta de trabalho esto é uma palhacada..na verdade há quem quer emprego mas nao quer trabalhar e isto é o problem mas tambem colocam as pessoas a trabalhar para fica nao mandarem embora depois de 6 meses..sempre caras novas isso tambem nao é bom para as crianças!!