Canil ilegal vai mesmo fechar, mas resta saber qual o destino a dar aos animais
O canil de Vale Cavala, na Charneca da Caparica, vai mesmo encerrar por ordem da Direcção-Geral de Veterinária DGV e agora é preciso dar um destino aos muitos cães que ali estavam. Um trabalho que parece não ser fácil e poderá envolver várias associações de protecção animal. Entretanto, há quem acuse a Câmara de Almada de não dar o tempo suficiente para a adopção dos cães e para o proprietário do canil vender alguns. A DGV esteve no Canil de Vale Cavala e, tal como o Jornal da Região adiantou na última edição, decidiu que este não reúne as condições de higiene necessárias e mandou encerrar o espaço. Mais, “queria que o proprietário encerrasse em 24 horas”, diz o vereador responsável pela Veterinária. Uma condição que Rui Jorge Martins não aceitou porque “é impossível dar destino a tantos cães de um dia para o outro”, assim sendo, “comprometemo-nos a conseguir um prazo mais alargado”. Ora também as associações de animais que entretanto se envolveram para ajudar a encontrar novos donos para este cães afirmam precisar de mais tempo. Falam em centenas de animais e pedem “pelo menos dois meses”, refere Patrícia Oliveira, membro do Grupo de Ajuda Animal DOVSKAPETS e uma das várias pessoas que na terça-feira levaram esta matéria à Assembleia Municipal de Almada. Algumas manifestaram mesmo o receio dos animais virem a ser abatidos no canil municipal. O vereador da Veterinária garante que os cães “não serão abatidos” e entende que “não é razoável manter os animais ali por mais dois meses”. “Mesmo que viesse a reunir condições de higiene aquele espaço nunca poderá ser licenciado para canil por estar muito próximo de casas”. No entanto, afirma que os serviços de veterinária da autarquia “vão colaborar com o proprietário”. Entretanto a Câmara vai proceder à limpeza do local, tal como ficou acordado com a DGV. Parte dos cães deverão ser vendidos por José Costa, proprietário do canil, e outros serão dados. Outra hipótese é encontrar novo terreno para instalar o canil. Mantendo este a sua criação de podengo nacional. Tal como José Costa já referiu ao Jornal da Região, apenas pretende continuar com esta espécie. Até porque “muitos dos animais do canil eram ali abandonados e era o sr. José que tratava deles e os vacinava”, afirma Patrícia Oliveira. O problema é mesmo “a falta de higiene”. Entretanto não foi possível saber, em concreto, o que pretende José Costa fazer. Para já reúne o apoio de associações animal e a garantia da Câmara para dar destino aos seus cães. Para já uma coisa é certa "precisamos de pessoas que queiram adoptar este animais", diz Patrícia Oliveira.
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