Ver edição completa
Corredor ciclável será inaugurado esta quarta-feira, durante a Semana da Mobilidade
A partir desta quarta-feira, dia 22, já é possível a circulação de bicicletas no Paredão. O passeio marítimo que liga Cascais à praia da Azarujinha, em São João do Estoril, conta com um corredor ciclável, pintado na semana passada, que corresponde a uma faixa central com 2,20 m de largura, destinada à circulação de bicicletas, patins, trotinetas e meios afins. Os peões poderão circular de ambos os lados do “corredor ciclável”, em corredores com 2,50 m do lado do mar e um mínimo de 2,00 m de largura do lado oposto. A criação deste corredor permite, assim, o convívio entre ciclistas e peões em algumas partes do Paredão, mediante o respeito do regulamento aprovado e no horário criado para o efeito. De acordo com a autarquia, “na ‘época alta’, de 1 de Abril a 31deOutubro, não é permitida a circulação de bicicletas aos fins-de-semana e feriados, enquanto nos dias úteis será possível fazê-lo a partir das 18h00 e até às 10h00.Na‘época baixa’, de 1 de Novembro a 31 de Março, nos dias úteis, a circulação de bicicletas pode efectuar- se a qualquer hora, sendo que aos fins-de-semana e feriados só é possível fazê-lo entre as 18h00 e as 10h00”.
Ciclistas criticam corredor Tendo em conta a existência de apoios de praia já instalados, o corredor ciclável apresenta-se dividido em quatro troços: entre o Escotilha Bar e Bar Baiuca – 270 m; entre o Bar Pica e o Jonas Bar – 480 m; entre os Bares do Tamariz e Restaurante Bolina – 190m; e entre o Restaurante Bolina e o Snack-Bar Surpresa – 290 m. Para uma melhor informação dos diferentes utilizadores, estão disponíveis painéis informativos no início e final de cada troço do corredor ciclável, onde constam as regras de utilização, o mapa e a explicação do grafismo utilizado na demarcação do corredor. No passado fim-de-semana, já houve quem pedalasse na ciclovia do Paredão ou andasse de patins ou segway. As maiores críticas chegaram da parte dos ciclistas que contestam as interrupções feitas no percurso. José Andrade fez o percurso da Praia da Poça até Cascais de bicicleta. Ficou surpreendido com o novo corredor ciclável. “Não estava à espera de encontrar uma ciclovia. Ia distraído. Acho bem fazerem este percurso, mas deveria ser sem interrupções”. A mesma opinião é partilhada por Pedro Machado: “A ciclovia está bem pensada. O problema é as paragens. Quando se anda de bicicleta, só se quer parar quando se chega ao fim e não aos bocejos”. Maria Augusta costuma caminhar ao final de tarde pelo Paredão, e considera que “a ideia da ciclovia parece- me muito bem. Cada um anda no seu lugar e acabam- se as razias. É mais seguro assim”.
Solução mais segura Em declarações ao JR, o presidente da Câmara de Cascais disse que “a actual solução, designadamente a implementação de um corredor ciclável dividido em quatro troços, é fruto de um processo participado pelos interessados. Acreditamos que esta será a melhor opção para conciliar os interesses em jogo”. Sobre os critérios tidos em conta na distribuição dos espaços, o autarca adianta que “o critério principal foi delimitar áreas específicas para a circulação pedonal e em bicicleta, de modo a minimizar conflitos. Os peões têm dois espaços exclusivos – um corredor com 2,5 m do lado do mar e outro com uma largura mínima de 2 m do lado contrário.Os ciclistas têm um corredor com 2,20 m de largura, dividido em quatro troços devido a zonas onde a existência de apoios de praia não permite a sua implantação”. O Tamariz continua a ser a zona mais congestionada para a circulação das bicicletas. Aí, os ciclistas “não circularão.A zona é uma das áreas de circulação mista onde as bicicletas só circulam pela mão, pois, o espaço disponível não permitiu a implantação do corredor ciclável neste local”, adianta ainda o edil de Cascais.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário