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23 mil carros circulam diariamente em vez dos 26 mil esperados
Cascais, Sintra e o nó de Belas da CREL, viu circular, no primeiro ano de existência, menos três mil utentes por dia do que era esperado, o que se deve, segundo a concessionária, aos atrasos na conclusão da CRIL. Inaugurada a 30 de Setembro de 2009, a concessionária da A16, Ascendi, esperava por dia cerca de 26 mil utentes diários a circular na auto-estrada. Um ano depois, segundo a Ascendi, são apenas 23 mil os que diariamente circulam pela A16. Para a Ascendi a queda "apesar de tudo não muito significativa", pode dever-se à interrupção, durante quase dois meses, da circulação na CREL (Circular Regional Externa de Lisboa), após a queda de um talude, mas "principalmente ao atraso na abertura ao tráfego do troço Buraca-Pontinha da CRIL". A concessionária da A16 considera que este troço de via vai "revolucionar a distribuição de tráfego nos acessos a Lisboa garantindo então que a A16 se constitua verdadeira alternativa à A5 e ao IC19, nomeadamente para todo o tráfego que se dirige para as zonas oeste e central da cidade". No entanto, para os utilizadores da auto-estrada, o motivo pode prender-se com "os elevados custos das portagens". Rui Leitão, morador de Rio de Mouro, considera que "a auto- estrada é boa, facilitou muito os acessos, principalmente entre Cascais e Sintra, mas é cara". O utilizador de 39 anos, que trabalha na construção civil, usa "com frequência a A16 para o trabalho", mas considera que a estrada "não é alternativa ao IC19 (que liga Sintra e Lisboa), como se previa, que continua entupido". Também para Sofia Domingues, de 23 anos e residente em Cascais, "a estrada foi óptima para se chegar a Sintra e Mafra, de quem vai de Cascais, menos perigosa, mais rápida e sem trânsito". No entanto, para a jovem, que usa a auto-estrada "sempre que tem de ir a Sintra em trabalho", a A16 "não é cara, em comparação com a A5 (Auto- estrada Lisboa-Cascais)". "Na A5 pago 1,25 euros de portagem. Na A16 pago 0,90¤ e depois apanho o IC19", descreveu Sofia Domingues. A utilizadora admite que "quase compensa, para quem mora na zona de Alcabideche [junto à entrada da A16 em Cascais], ir para Lisboa pela A16 e depois apanhar o IC19". No entanto, Sofia Domingues continua a preferir a conjugação Marginal e A5 para chegar a Lisboa. A circulação nesta auto-estrada que abriu ao tráfego há um ano é paga em parte dos 23 quilómetros de extensão: nó de Sacotes-Telhal, 50 cêntimos; Idanha-IC16/CREL, 50 cêntimos; Ranholas-Linhó, 90 cêntimos. Com um investimento de 256 milhões de euros, a A16 divide-se entre IC16 do nó de Lourel ao nó da CREL, e IC30 entre Lourel e Alcabideche, articulando o IC19 e a A5, ligando Cascais e Sintra ao nó de Belas da CREL.
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
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