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Criar duas entradas principais no Parque Natural de Sintra-Cascais (PNSC): Uma na sede em Sintra e outra no LINEU – Centro de Estudos e Interpretação da Natureza, situado no Pisão de Baixo (em Alcabideche); organizar caminhos de visitação concentrados num espaço contido com programas distintos; dispor de seis núcleos de interpretação (Crismina, Abano, Biscaia, Cabo da Roca, Peninha e Adraga), oferecer percursos pedonais, cicláveis e equestres e uma gestão integrada em rede com monitorização da capacidade de suporte do território, é o que pretende fazer a Cascais Natura (CN) no PNSC. O objectivo da estratégia de visitação e interpretação, numa parceria que envolve a CN, as Câmaras de Cascais e de Sintra e o Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade, foi apresentada na passada sexta-feira, na Peninha, por ocasião do Dia Aberto do Parque. Na ocasião, foi revelado que a aposta passa por disciplinar os acessos à área protegida com vista a preservar o seu espaço natural e a fauna. Este sistema, que já está a ser implementado como é visível através da actual regeneração das dunas do Guincho e da Crismina, está orçado em 3.6 milhões de euros que serão comparticipados em 50% com verbas do QREN – Quadro de Referência Estratégico Nacional, 22,5% pelo Instituto Turismo de Portugal e o restante pela Câmara de Cascais. De acordo com João Melo, administrador da agência municipal, “pretende-se implementar um plano de visitação integrado num sistema de rede com base num centro de interpretação da natureza (LINEU) e em núcleos de interpretação específicos, com uma rede de equipamentos e infra-estruturas de apoio ao visitante”. O LINEU, espaço com 110 hectares, servirá como porta de entrada no parque. Situado na Quinta do Pisão de Baixo, próximo da Pedra Amarela, “será constituído por uma exposição interpretativa, espaços multimédia activos, percursos pedonais, observatório de faunas, oficinas, centro de estudos e biblioteca”, informou João Melo. “Os núcleos interpretativos serão dinamizados por privados empreendedores e devem seguir um protocolo de negócio, definido pelos parceiros (Cascais Natura) tal como um ‘franchising’”, disse João Melo, com os privados a serem responsáveis ainda pela sinalética informativa dos diferentes espaços. O concelho de Cascais terá três núcleos interpretativos: Crismina terá uma exposição interpretativa das dunas; Abano, uma exposição interpretativa vocacionada para fenómenos geológicos e a Biscaia (núcleo construído em terreno particular – pedreira abandonada) para a geomorfologia e observação da avifauna. No concelho de Sintra, haverá núcleos interpretativos no Cabo da Roca – dirigido a uma interpretação da paisagem e dinâmica da vegetação; na Peninha – interpretação vocacionada para a fauna e flora; na Adraga – para a paisagem dinâmica da vegetação. Nestes serviços, os visitantes vão ter acesso, além da exposição interpretativa, a espaços multimédia, percursos pedonais, miradouros virtuais e cafetarias de apoio. Em declarações ao JR, Maria de Jesus Fernandes, directora-adjunta do Departamento de Gestão das Áreas Classificadas do Litoral de Lisboa e Oeste, disse que “este projecto é importante para ajudar à restituição das visitas no Parque. É uma alavanca que ajuda a reutilizar e potenciar a utilização deste património natural e edificado”. O primeiro núcleo interpretativo a estar disponível será o da Crismina. Tem a sua inauguração prevista para 5 de Junho de 2011 (Dia Mundial do Ambiente). “Os restantes serão inaugurados até ao final do próximo ano”, revelou João Melo ao JR.
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
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