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Há 21 anos que assim é: entre Outubro e Novembro, a Amadora transforma-se na capital da nona arte. Este ano, como não poderia deixar de ser, o tema central do festival é dedicado ao Centenário da República, “um momento importantíssimo para a história da BD”, afirma Nelson Dona, director do Festival da Amadora. Entre 22 de Outubro e 7 de Novembro é isso que se vai poder ver nos vários locais da cidade. Assinalando o Centenário da República, a 21.ª edição do Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora vai centrar-se neste período histórico, dedicando uma grande parte das exposições aos autores portugueses. Trata- se de “um olhar sobre o período histórico muito importante para a história de arte”, como sublinhou Nelson Dona, director do Festival de BD da Amadora, no decorrer da conferência de imprensa de apresentação do certame, que inaugura no dia 22 de Outubro, sexta-feira. Este ano, a Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República (CNCCR) estabeleceu uma parceria com a Câmara Municipal da Amadora (CMA) e o Centro Nacional de Banda Desenhada e Imagem (CNBDI), com o objectivo de apoiar a realização do Festival. “Entendemos que valia a pena olhar de forma mais aprofundada, com o apoio que recebemos da CNCCR, para os artistas portugueses da I República, mas também para artistas que pudessem demonstrar o que poderá vir a serem termos artísticos o futuro desta República”, sublinhou Nelson Dona. Motivos que levaram a organização a apostar durante esta edição em artistas nacionais, mas também devido “aos tempos de crise que se vivem é importante olharmos para nós próprios”, acrescentou o director do festival. No entanto, Nelson Dona lembra que “este é um festival internacional e não nos esquecemos disso, por isso, iremos contar com a presença de muitos autores estrangeiros”. “A Banda Desenhada é um elemento muitíssimo rico para percebermos a I República quer pelos seus autores, quer pelo património iconográfico que ajuda a perceber com um sentido de humor a história da I República”, adiantou Fernanda Rolo, comissária da CNCCR. O Festival Internacional de BD da Amadora está orçado em cerca de 700 mil euros. “Apenas metade são custos com a programação, o restante são custos de logística, como a montagem, etc.”, sublinha Nelson Dona, referindo que o apoio financeiro dado pela CNCCR foi de 38 mil euros. “I República na Génese da Banda Desenhada e no Olhar do Século XXI” é a exposição central do Festival. A imagem desta edição foi feita por Richard Câmara, autor que é também responsável pela reinvenção de “Quim e Manecas”, de Stuart de Carvalhais. Para além das várias exposições dedicadas à Banda Desenhada, no decorrer do certame será ainda editado um álbum sobre a história da I República, intitulado “É de noite que faço as perguntas”, de David Soares com ilustrações de Richard Câmara, André Coelho, Daniel Silvestre Silva, Jorge Coelho e João Maio Pinto. O núcleo central do Festival, que este ano celebra 21 anos, volta a ser no Fórum Luís de Camões, na Brandoa. Mas a nona arte espalha-se, uma vez mais, com diversas exposições por vários locais da Amadora. Assim a Galeria Municipal Artur Bual, a Casa Roque Gameiro, os Recreios da Amadora e o Centro Nacional de Banda Desenhada e Imagem terão núcleos expositivos. Este ano, será ainda alargado ao espaço comercial Dolce Vita Tejo, com uma exposição na Kidzania. Os bilhetes custam 3 euros, sendo gratuito até aos 12 anos. Há ainda descontos para escolas, que pagam apenas 5 euros por turma. Os estabelecimentos de ensino da Amadora têm entrada gratuita. O Festival abre portas todos os dias às 10h00. Dias úteis, domingos e feriados encerra às 20h00, às sextas e sábados encerra às 23h00. A organização está à espera de alcançar o mesmo número de visitantes do que no ano passado. “Em 2009, conseguimos ultrapassar a barreira dos 30 mil visitantes, com 31 mil e 200 entradas. É pelo menos essa afluência que esperamos ter este ano”, revela Nelson Dona. Longe vão os tempos em que o Festival de BD da Amadora que se realizava na mítica Fábrica da Cultura chegava a ter cerca de 34 mil visitantes por edição. Desde a mudança para outros locais da Amadora, o Festival começou a perder visitantes. “A conjuntura era outra, não existiam tantos Centros Comerciais, nem tanta oferta cultural na Grande Lisboa”, recorda Nelson Dona.
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
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