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Percurso dos medicamentos dentro do Garcia de Orta com maior controlo
O Hospital Garcia de Orta (HGO) reforçou as medidas de controlo no percurso dos medicamentos dentro da unidade até serem administrados aos utentes. A medida foi tomada na sequência do acidente que em Junho deste ano afectou duas crianças, uma de três anos e outra de 18 meses, com a troca de medicamentos enquanto realizavam um exame de diagnóstico no serviço de Otorrinolaringologia. Às apertadas regras de rotulagem dos medicamentos exigidas pelo Infarmed, a unidade de Almada acrescentou “uma medida proactiva que permite distinguir através de cores os selos externos e alertas relativos à administração do medicamento”, refere Ana França, directora clínica do HGO.Ao mesmo tempo foi reforçada a actuação dos grupos de trabalho que “observam todos os serviços para detectarem possíveis anomalias”, acrescenta. Estas medidas foram referidas pela directora clínica na conferência de imprensa, de terça- feira, onde foi apresentado o resultado do inquérito que apurou responsabilidades no acidente da troca do medicamento administrado às duas crianças. Apesar de considerar “exemplar” a competência profissional da médica e da técnica de audiologia envolvidas, o conselho de administração da unidade entendeu que foi “violado o dever de cuidado a que estavam adstritas no desempenho das suas funções”. A consequência foi a punição com penas de repreensão escritas, que passam a acompanhar o seu currículo. Questionado sobre a possibilidade dos familiares das duas crianças avançarem para tribunal, como aliás já foi aludido, o director do conselho de administração do HGO, Daniel Ferro, afirmou desconhecer que exista qualquer acção neste sentido. Decidido está que a unidade de Almada irá compensar as famílias por causa deste acidente. “Sempre dissemos que o hospital assumia a responsabilidade por estes acidentes. As famílias serão compensadas financeiramente ou através de serviços”, garante. Por agora o HGO aguarda que as famílias tomem uma decisão. Quanto ao estado de saúde das duas crianças, diz Ana França que o quadro está a evoluir favoravelmente. A mais velha que sofreu lesões no esófago, “está completamente recuperada” e a outra, com lesões ao nível do intestino, “ainda requer alguns cuidados”. Ambas estão a ser observadas dentro de uma periodicidade semanal.
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
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