Associação sindical denuncia falta de efectivos, direcção da PSP nega razões para alarme
A Associação Sindical dos Profissionais de Polícia (ASPP) diz que o número de polícias nas divisões de Sintra, Amadora e Loures é insuficiente e põe em causa a segurança das populações e das esquadras, nestes concelhos. Mas esta afirmação é rejeitada pela direcção da PSP que garante que o número de agentes “é suficiente”. De acordo com a Direcção Nacional da Polícia de Segurança Pública, as divisões dos três concelhos possuem um “efectivo policial de cerca de 1720 elementos” e estes têm-se revelado “suficientes para dar cumprimento às necessidades de segurança” das populações. No entanto, o presidente da distrital de Lisboa da ASPP/PSP, José Mendes, afirma que há um número mínimo de entrada de elementos ao serviço nos turnos das esquadras – um graduado, um sentinela e dois elementos para o carro patrulha –, mas nas três divisões nem sempre é cumprido. O sindicalista explicou que quando não há elementos suficientes fica somente um polícia na esquadra e dois no carro patrulha ou a viatura da esquadra não sai. “O mínimo é sempre quatro pessoas. Estamos a falar num mínimo que nem sequer é razoável, pois quatro elementos numa esquadra como Mem Martins, que tem cerca de 120 mil moradores, onde moram tantas pessoas, dois para andarem a fazer patrulha e dois na esquadra é insuficiente”, disse o responsável à agência Lusa. José Mendes adiantou que há cerca de um mês apenas deram entrada dois agentes no turno da noite da esquadra de Mem Martins: “Claro que não houve carro patrulha e ficaram os dois na esquadra, mas por vezes o carro patrulha tem que cobrir a área desta esquadra e também a de Mira Sintra, ou seja, tem o dobro da área”. O sindicalista explicou que esta situação acontece por norma aos fins-de-semana e durante o turno da noite nas divisões de Sintra, Amadora e Loures. “Estão praticamente todas nestas circunstâncias. Existem situações particulares em cada uma delas, tendo em conta a área abrangida e a densidade populacional, mas o que é certo é que em todas estas divisões – as mais complicadas em termos de criminalidade – existe grande deficiência ao nível dos meios humanos e materiais”, disse. José Mendes considerou que, tendo em conta estas circunstâncias, as próprias “esquadras estão vulneráveis”, lembrando o caso da esquadra de Moscavide, em Lisboa, que em 2008 foi invadida por um grupo de homens que pretendia agredir um jovem que se encontrava no espaço para apresentar uma queixa. “Um só elemento numa esquadra é o mesmo que estar a dizer que esse departamento, onde há muitas armas, munições e material que só pode ser utilizado por polícias está em risco, está vulnerável. Um só elemento vai ter dificuldades em manter a segurança da própria esquadra”, disse. Numa nota enviada à Lusa, a Direcção Nacional da PSP assegura que o número de elementos nos três concelhos (cerca de 1720) permite efectuar a gestão do efectivo que se encontra em ausência de serviço motivados por férias, faltas e licenças. “As existências em termos de meios materiais são também adequadas a garantir o serviço a que se destinam, considerando assim que a segurança quer do efectivo como da população não está posta em causa”, refere esta autoridade policial.
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
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