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Câmara já adquiriu vinte imóveis degradados
Casas de banho pouco maiores do que uma cabina telefónica, juntando sanitários e chuveiro, ou varandas com uma pia a um canto, são sintomas claros de habitações feitas à medida do proverbial desenrascanço lusitano. Felizmente, imagens como estas fazem cada vez mais parte do passado, mormente em Oeiras, como o comprovam as obras de recuperação em curso num imóvel adquirido pela Câmara no Dafundo, junto à Marginal, e que serão estendidas a mais outros três edifícios degradados situados na mesma zona e igualmente comprados pela edilidade para reabilitação. Dois dos referidos imóveis (num total de oito fogos) estão destinados a realojar famílias que ali residiam e que saíram para outras casas camarárias de forma a possibilitar o avanço das obras, enquanto os dois restantes imóveis (16 fogos) serão vocacionados para acolher moradores jovens. “Esta política permite-nos manter as famílias idosas que vivem nos centros históricos em melhores condições e ao mesmo tempo rejuvenescer esses mesmos centros facilitando o acesso de juventude a essas casas”, destacou o presidente da Câmara de Oeiras, Isaltino Morais, após a visita de trabalho ali efectuada recentemente. Segundo adiantou o edil, no total, as obras já em curso e a efectuar naqueles quatro prédios, para atingir 24 fogos remodelados, implicam um investimento “para cima de 1,5 milhões de euros”. Esta é, no entanto, apenas uma parte do programa camarário de Habitação Jovem nos Centros Históricos, por sua vez, integrado no plano estratégico Habitar Oeiras. Na verdade, a componente especialmente dedicada a rejuvenescer o tecido social nas zonas mais antigas do concelho prevê um investimento de 15 milhões de euros nos próximos cinco anos. O objectivo é cumprir a meta de 300 fogos até 2015. Segundo dados avançados pela autarquia a propósito da referida visita às obras em curso na zona da Cruz Quebrada-Dafundo, até ao momento, a Câmara já adquiriu 20 imóveis no âmbito do programa Habitação Jovem nos Centros Históricos, o que corresponde, sensivelmente, a metade do objectivo traçado, ou seja, 150 fogos. Da vintena de edifícios, já foram recuperados três (num investimento de cerca de 5,5 milhões de euros). Situados em Oeiras e em Paço de Arcos, estes três imóveis deram lugar a oito fogos que hoje em dia estão habitados por jovens, com rendas controladas entre os preços sociais e os de mercado, ou seja, cerca de 300 euros mensais. Dos restantes 17 edifícios já adquiridos, 16 encontram- se em fase de projecto e um está em obras (o que foi alvo de visita no Dafundo). Durante este ano, a Câmara de Oeiras pretende concretizar a aquisição de mais dois imóveis degradados, desta feita no casco histórico de Carnaxide, além de avançar com os trabalhos de reabilitação já programados.
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