Ver edição completa
Novo projecto prevê menor número de câmaras a instalar e limita-se às zonas circundantes às estações da CP
O novo projecto para a instalação de um sistema de videovigilância na cidade da Amadora prevê a implementação de 61 câmaras, distribuídas por apenas três zonas, circundantes às estações da CP em território do concelho. Vão funcionar entre entre as 20 e as 8 horas. As alterações à proposta inicial, rejeitado pela Comissão Nacional de Protecção de Dados (CNPD), resultaram na redução do perímetro de abrangência, no número de equipamentos capazes de recolher imagens na via pública, assim como do horário de funcionamento. Por isso, presidente da Câmara Municipal da Amadora (CMA), Joaquim Raposo, não esconde a sua “meia-surpresa” e alguma desilusão por não ter conseguido fazer vingar o projecto inicial. No primeiro núcleo que abrange as freguesias da Venteira, Mina e Falagueira, junto à estação da CP da Amadora, a PSP defende a colocação do maior número de câmaras, com a presença de 32 equipamentos, colocados nas zonas centrais com mais comércio e de forma a vigiar também o parque Delfim Guimarães (a sul da linha férrea) e o Parque Central (norte). Aliás, para o Parque Central, a proposta da PSP é no sentido da videovigilância funcionar 24 horas sobre 24 horas, sendo a única zona com horário alargado. Para a zona da Reboleira, o segundo núcleo, o estudo da PSP prevê a instalação de 12 câmaras, espalhadas pelos principais acessos à estação de comboios. Assim como, na Damaia os 17 equipamentos estão apontados para as principais artérias de ligação à estação. “Este é um elemento fundamental para a dissuasão da criminalidade, importante para constituir elemento de prova, mas pode também contribuir para que as pessoas se sintam mais seguras”, adiantou o Intendente Luís Elias, do comando distrital da PSP. O presidente da autarquia da Amadora, no final da sessão de apresentação levada a cabo pela PSP, considerou que o projecto, agora apresentado “é insuficiente para o que era esperado para uma cidade como a Amadora” e mostrou-se “meio-surpreendido” com a redução das zonas abrangidas e do horário de funcionamento. No entanto, durante a apresentação, o autarca considerou que a implementação deste projecto “é essencial para que as pessoas se sintam seguras”. O autarca salientou também que, na Amadora, “a maioria da população é favorável ao sistema de videovigilância”. Joaquim Raposo lembrou que “o primeiro projecto apresentado em Agosto previa a colocação de 113 câmaras distribuídas por todas as freguesias, tratando-se de uma cobertura global, mas tendo em conta a redução, foi dada prioridade a zonas de maior circulação de pessoas, onde há comércio e transportes”. Mas, mostrou- se preocupado com a vigilância apenas entre as 20 e as 8 horas. “Para uma maior protecção dos cidadãos preferia que fosse 24 horas, porque todos sabemos que há zonas em que os assaltos ocorrem durante o dia”, considerou. O autarca não esconde estar a pensar em alargar no futuro este projecto a outras zonas da cidade que ficaram de fora, como a o bairro do Zambujal, a Cova da Moura (Buraca) ou até mesmo zonas mais inseguras da Damaia, São Brás ou Mina. “É necessário que primeiro, este projecto seja aprovado e posto em prática”, referiu aludindo ao parecer negativo vinculativo dado pela CNPD ao primeiro projecto apresentado. O autarca mostrou-se, porém, seguro que “depois de se analisarem os resultados da implementação deste projecto poderemos avançar para outras zonas do concelho”. Ainda sem orçamento para o novo projecto, o autarca admite que a instalação das 61 câmaras “ficará abaixo de meio milhão de euros”. Armando Paulino, presidente da Junta de Freguesia da Brandoa, uma das que fica de fora deste projecto, e onde está situado o parque Jardim de Camões, a necessitar de videovigilância, tem esperança no alargamento do projecto no futuro. “Tem que se começar por algum lado”, considerou. Mas acrescenta que “o problema de se escolher ou não viver no Big Brother seria resolvido com a realização de um referendo municipal”. A secretária de Estado da Administração Interna, Dalila Araújo, fez questão de estar presente durante a apresentação do projecto, adiantando que “nos locais onde há videovigilância é notável a redução da criminalidade, mas também a percepção do cidadão em relação ao sentimento de segurança tem melhorado”. A responsável acrescentou, porém, que “estes projectos devem ser implementados pelas autarquias e não devem ser impostos pelo Ministério”, salientando que “compete à PSP analisar os melhores locais para a sua implementação”.
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário