quarta-feira, 3 de novembro de 2010

SINTRA Ladrões do esgoto

Ver edição completa Roubo de grelhas de sarjetas e tampas de esgoto preocupam SMAS “Um roubo organizado”. É assim que os SMAS(Serviços Municipalizados de Água e Saneamento) de Sintra classificam o desaparecimento de grelhas dos sumidouros (sarjetas) de águas pluviais, um pouco por todo o concelho, mas que teve o seu ponto alto na madrugada do passado dia 15 de Outubro. Nessa ocasião, desapareceram cerca de 125 grelhas, em especial na zona da Abrunheira e de Albarraque, mas também no Casal do Cotão (São Marcos). Face à dimensão do problema, os serviços não têm capacidade de repor de imediato as grelhas, o que está a inquietar as populações das zonas afectadas, pelos perigos que decorrem para a circulação pedonal e automóvel. Opresidente dos SMAS, Baptista Alves, já alertou o executivo municipal sobre esta situação e os factos foram participados ao Ministério Público (MP), para tentar travar esta onda de roubos. Se, até esta data, se tratavam de episódios pontuais, a situação está a assumir contornos de alguma gravidade. “Havia actos de vandalismo de forma pontual, mas agora estamos perante uma situação em que, só numa noite, nos roubaram 125 grelhas, em especial na zonas de Abrunheira, Albarraque e também no Casal do Cotão”, frisa Baptista Alves. A necessidade de repor as grelhas dos sumidouros, para cumprirem a sua missão de escoamento das águas pluviais, “levou a uma ruptura de ‘stocks’”, mas também a uma reflexão sobre como evitar esta criminalidade na via pública. Os SMAS“estão a adquirir grelhas anti- roubo, algumas das quais já estão a ser instaladas, e vamos utilizar todos os meios possíveis para tentar dissuadir este tipo de roubos”, acentua o presidente dos serviços municipalizados que, além da participação ao MP, têm efectuado reuniões com as forças de segurança. Nos últimos dias, foram também roubados cerca de 35 contadores na zona de Pero Pinheiro e Montelavar e, além das grelhas, também as tampas de esgotos são recorrentemente vítimas dos 'amigos do alheio'. “Ainda ontem (dia 26 de Outubro), recebemos a notícia da GNR de Loures de que tinha sido apreendida uma carrinha com 35 tampas de esgoto, que estão identificadas com Câmara de Sintra ou SMAS”, acentua Baptista Alves. Numa contabilidade efectuada pelos serviços municipalizados, já estão identificados cerca de 170 buracos 'semeados' na via pública, mas este número poderá ascender a mais uma centena de casos, o que justifica a preocupação dos seus responsáveis. Baptista Alves considera que “dentro de uma a duas semanas” o problema estará controlado, se, entretanto, também estancarem os desaparecimentos. As grelhas anti-roubo, “que não evitam mas dificultam a sua retirada”, vão ser instaladas de forma progressiva. Mas, até lá, os SMASreconhecem os perigos que resultam da inexistência de tampas e das grelhas. “O risco para as pessoas, em especial para as crianças e para os idosos,mas também para os automobilistas e, por exemplo, para os ciclistas, naturalmente que nos preocupa e estamos a tentar resolver esta situação omais rapidamente possível”, frisa o presidente dos SMAS de Sintra. Para além dos perigos para a população em geral, também os cofres públicos estão a sofrer com estes roubos e, sem contabilizar os custos de montagem, cada grelha anti-roubo pode chegar a um preço unitário a rondar os 80 euros. “Mas, a nossa preocupação essencial é mesmo a segurança das pessoas”, reforça o autarca. “Quer seja como ferro-velho, quer seja para serem reutilizados, porque já encontrámos contadores roubados que estavam instalados, há gente organizada a fazer este tipo de roubos”, acentua Baptista Alves.Também preocupado está Fernando Seara, que sublinhou estarmos perante “uma estrutura organizada” e que, para travar estes roubos, “foram desencadeados procedimentos internos e de articulação com as forças policiais”.

1 comentário:

Anónimo disse...

Sim, provavelmente por isso e