quinta-feira, 25 de novembro de 2010

SAÚDE Utentes ganham condições

Ver edição completa Unidades mais acessíveis e humanizadas em Oeiras Entre reformulações de serviços previamente existentes e inaugurações de novas instalações, o concelho assistiu, nos últimos dias, a importantes melhoramentos na prestação de cuidados de saúde. Foi o caso da oficialização da abertura da Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) de Oeiras e da Unidade de Saúde Familiar (USF) “Conde de Oeiras”, ocorrida no passado dia 18, e da inauguração, esta segunda- feira, das instalações, no Dafundo, cedidas pelo município à Equipa Comunitária de Carnaxide do Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental. Boas notícias que vêm contrabalançar os projectos estruturantes que estão em “lista de espera”. Resultante de um investimento de cerca de 50 mil euros, repartido entre o Agrupamento dos Centros de Saúde (ACES) de Oeiras/Carnaxide e a Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo, o projecto de obras e apetrechamento da UCSP e USF "Conde de Oeiras" resultou em melhores condições para profissionais e utentes. “Há muito melhores acessibilidades porque as pessoas em vez de ficarem em fila para atendimento num único balcão como antigamente, passaram a poder aceder a três balcões diferentes consoante as suas necessidades específicas; em alternativa, podem fazer um 'check-in' electrónico nas máquinas disponíveis em cada serviço, através do cartão de utente, ficando logo assegurado o registo e o encaminhamento”, explicou ao JR Victor Cardoso, director-executivo do ACES Oeiras/Carnaxide, após uma visita às instalações na companhia do vice-presidente da ARS, Luís Afonso, e da vereadora Madalena de Castro (em representação do presidente da Câmara), entre outros responsáveis. Refira-se que a UCSP agora inaugurada tem cerca de 30 mil utentes e 12 médicos, enquanto a USF "Conde de Oeiras" assegura cobertura a cerca de 13 mil munícipes. Estas mudanças são o corolário da reestruturação que avançou com o Plano de Reforma dos Cuidados Primários de Saúde (2008) e resultou na criação do ACES Oeiras/Carnaxide, em Março de 2009. Uma estrutura que aglutinou várias unidades autónomas e com carteiras próprias de utentes, tendo em vista uma prestação de serviços mais eficiente e próxima dos beneficiários, e com as quais a direcção do ACES estabelece contratualização para cumprir determinadas metas em várias áreas. Actualmente, o concelho dispõe de seis UCSP, quatro USF (uma segunda funciona ao lado daquela que foi agora inaugurada, existindo outra na Extensão de Saúde de Paço de Arcos e uma última no Dafundo), duas Unidades de Cuidados na Comunidade (a UCC Saudar, a funcionar no mesmo edifício da UCSP de Oeiras, e a Cuidar+, que em Dezembro se mudará de Linda- a-Velha para novas instalações, cedidas pelo município, em Queijas), uma Unidade de Saúde Pública, uma Unidade de Recursos Assistenciais Partilhados (que engloba profissionais de áreas diversas, como higiene oral, psicologia ou nutrição, que não estavam na Medicina de Clínica Geral), a Unidade de Apoio à Gestão (que assume a gestão do ACES) e o Gabinete do Cidadão. Além das duas unidades inauguradas, a visita incluiu passagem pela UCC Saudar, que já funcionava, mas aguardava por aprovação oficial do Ministério da Saúde. Este serviço abrange quase 90 mil utentes em metade das freguesias do concelho e dispõe de uma equipa de 15 enfermeiros, com uma forte componente de deslocação ao domicílio para atender munícipes com dificuldades de mobilidade ou doença crónica. Da sua missão faz parte a intervenção em diversificadas áreas dos cuidados na comunidade, desde a prestação de cuidados continuados integrados (por agora, uma carteira de 20 utentes) à saúde materno- infantil, passando pela promoção de saúde nas escolas e acções em bairros carenciados. No final da visita, a vereadora Madalena de Castro salientou o aspecto “muito humanizado” das instalações inauguradas e comunicou aos responsáveis dos serviços que “podem continuar a contar com o apoio da Câmara de Oeiras na medida do possível”. Por seu turno, o vice-presidente da ARS, Luís Afonso, regozijou-se pelas mudanças realizadas e pelo “trabalho de equipa que se sente existir neste espaço”.

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